Paul Rudd (em entrevista) | Evangeline Lilly é uma atleta natural
No novo filme da Marvel, Paul Rudd é Homem-Formiga, super-herói que tem a capacidade de encolher o tamanho graças a um fato especial. Também nas gravações, o fato foi essencial para o ator consolidar a sua personagem heróica.
O fato do Homem-Formiga permitiu que Paul Rudd se sentisse rapidamente como um super-herói. “Quando se veste um fato, especialmente um destes, é uma grande ajuda para a construção da personagem”, afirma numa entrevista em que a Magazine.HD esteve presente.
Homem-Formiga possibilitou a Paul Rudd desempenhar cenas de luta, que se revelaram bastante divertidas para o ator. “Não o faço em muito filmes, e por isso ter que passar pelos treinos, coreografias e dedicar-me a isso é muito bom”, comenta.
A sua personagem, Scott Lang e Hope van Dyne têm uma sequência de treino em que parece que o está a chicotear. Fale-nos sobre essa cena.
Paul Rudd (PR): No filme, Scott Lang vai ter que passar por uma sequência de treino para aprender a ser o Homem-Formiga. Uma das tarefas é aprender a lutar e é derrotado várias vezes por Hope. É a mais dura no filme. Scott aprende realmente a lutar bem com ela.
Foi divertido filmar as cenas de luta com Evangeline Lilly?
PR: Evangeline é uma atleta natural. É rija. Suponho que na vida real não estaria muito longe de o conseguir fazer. Estas cenas são muito divertidas, porque é divertido lutar. Não o faço em muito filmes, e por isso ter que passar pelos treinos, coreografias e dedicar-me a isso é muito bom.
O seu duplo fazia o parkour?
PR: Sim, Colin Follenweider é doido por natureza. Esteve no Cirque du Soleil. No início, fazia parte da captura de movimentos, mas ao fim de 30 minutos a rolar e dar cambalhotas, precisava de uma pausa. É muito cansativo. Mas Colin, que caía da altura de 3 andares em cima de uma barra de metal continuava a fazer cambalhotas e nunca se queixava.
Gravou algumas cenas suspenso por cabos. Era desconfortável?
PR: Nem por isso. A única coisa que é desconfortável em estar suspenso nos cabos é o arnês. Entra em sítios que não queremos, mas não é assim tão mau. É divertido ser levantado e rodar pelo ar e logo de seguida cair em cima de caixas e voltar a ser levantado. Há momentos do dia em que estou a ser levantado no ar e penso “É este o meu trabalho. É isto que faço… é desta maneira que vou passar o meu dia.”
O que é que este filme significou para si?
PR: Coloco ênfase naquilo que realmente é importante no mundo e os filmes não estão no topo da lista como outras coisas. No final do dia são apenas filmes e estamos a fazer filmes de bandas-desenhadas. Mas da forma como vivo a vida, o que mais valorizo é rir – rir muito sobre o que se passa, porque o resto pode ser tão deprimente. Não tento minimizar o entretenimento, a evasão ou as mensagens positivas. Acho que são importantes e que têm um grande propósito. Mas diria que o que mais valorizo nisto tudo é que poderei partilhá-lo com os meus filhos. A minha filha tem 5 anos e possivelmente não vai estar interessada, mas o meu filho tem 10 e vai apreciar. Os miúdos foram até aos estúdios e o meu filho quando viu o fato e o capacete ficou perplexo. Achou que era a coisa mais incrível do mundo. Vou-me sentar e ver o filme com ele. Vai ser muito bom.
Fale-nos do fato.
PR: Tive de o experimentar várias vezes. É enganoso na sua complexidade. Não só pelo número de peças, mas pela forma como funcionam, como por exemplo a maneira como as peças do ombro se movimentam quando levanto um braço mas sem aparecerem. É uma obra excecional. Quando o vesti pela primeira vez, estava diferente. Não conseguia superar o fato de estar no fato de Homem-Formiga. Pensei “Uau, sei que há muitas pessoas neste momento que gostavam de saber como é estar assim” e foi espetacular. Era como se estivesse a passar dos limites. A ver algo que não era suposto.
Quando se vê no fato entra-se no espírito?
PR: Sim. Quando se veste um fato, especialmente um destes, é uma grande ajuda para a construção da personagem. Fica-se diferente, pensa-se de forma diferente e muda-se de postura. Fiquei boquiaberto quando o vi pela primeira vez. Quando me mostraram o capacete e o experimentei, recuei até à minha infância e à primeira vez que vi os capacetes dos Stormtrooper. Eram os melhores capacetes. Senti o mesmo com o capacete de Homem-Formiga. Pensei, “Isto é mesmo extraordinário”. Sei que se fosse uma criança ia desenhá-lo muitas vezes.
Os detalhes do fato são fantásticos. Fale-nos deles.
PR: Não parece tão detalhado quando se vê por ser todo coberto em pele. Parece um fato de motociclista vintage. Mas tem mesmo muitos detalhes, muitas peças na mochila e estão todas interligadas. No conjunto tudo faz sentido. Existem centenas de peças e demora a vesti-lo. Preciso de uma pequena equipa para me ajudar. Demoro cerca de meia hora.
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Explique-nos como é que o fato e as Partículas Pym funcionam.
PR: O fato tem um mecanismo que permite a quem o veste encolher. Scott e Hank Pym não têm super poderes, são as partículas Pym que funcionam como um complexo sistema de veias do fato e do capacete. Também é muito protetor, porque as partículas são voláteis. Se tivéssemos apenas partículas Pym sem o fato ou sem o capacete seria um caos.
Scott encolhe mas consegue manter a sua força normal enquanto Homem-Formiga?
PR: Não é sequer reter a força. Não é como se o Homem-Formiga fosse pequeno e tivesse a força de uma pessoa normal. Excede a força de uma pessoa normal porque a sua energia e massa compacta criam mais energia. É energia comprimida. Parte do treino de Scott passa por aprender como aproveitar esse tipo de poder quando é Homem-Formiga. Se der um murro e não souber como o fazer corretamente, pode matar alguém. É como uma bala. Assim, aprender as diferenças e a usar esse poder dá trabalho.