A polémica das escutas nos Smartphones continua | Agora é a Apple a defender a Siri
Com a chegada da Apple Intelligence surge novamente a velha questão – a Siri ouve as nossas conversas? A Apple diz que não.
Sumário:
- A Apple Intelligence está a chegar a conta gotas aos utilizadores portugueses estando já disponível nos dispositivos macOS (computadores pessoais);
- A chegada da nova era da Inteligência Artificial da Apple abriu novamente os velhos debates sobre a proteção da privacidade dos utilizadores;
- Muitos utilizadores acusam a Siri de ouvir as suas conversas enquanto que a Apple confirmou em comunicado que tudo é feito de forma legal e no anonimato.
A Apple continua a sua forte aposta na nova era tecnológica – a Inteligência Artificial – com a Apple Intelligence, um software que integra a IA para otimizar a experiência dos utilizadores nas suas aplicações com várias funcionalidades.
Apesar de já estar disponível em dispositivos macOS em Portugal, a sua chegada ao iPhone e iPad foi adiada devido a exigências regulamentares da União Europeia. A empresa anunciou que a atualização para dispositivos móveis será lançada em abril de 2025.
Mas com o aproximar da nova era da Apple, surge novamente a velha questão que continua a ser uma preocupação para milhões – as nossas conversas são ouvidas? Há quem aponte que a Siri os ouça, mas a Apple diz que não.
A Siri não ouve as conversas do utilizadores, garante Apple
Além do problemático lançamento, a Apple enfrenta questões legais relacionadas com a Siri. A gigante tecnológica concordou em pagar algo como 92 milhões de euros para encerrar um processo judicial nos Estados Unidos da América.
O caso envolvia a captura involuntária de dados pessoais durante a utilização da assistente virtual. O episódio reacendeu debates sobre a privacidade, mas a Apple reafirmou o seu compromisso em garantir a segurança dos utilizadores.
Num comunicado recente, a marca reforçou que a Siri foi desenhada para ser a assistente digital mais segura do mercado. Segundo a Apple, os dados dos utilizadores não são usados para criar perfis de marketing nem para fins publicitários. A empresa destacou ainda que aposta em práticas como a minimização de dados, são processados diretamente no dispositivo e a implementação usa mecanismos que asseguram o anonimato.
A Apple explicou que, em equipamentos compatíveis, o áudio dos pedidos feitos à Siri é processado localmente, graças ao Neural Engine. Apenas em situações onde seja indispensável, os dados podem ser partilhados com a empresa, e mesmo assim, sob autorização do utilizador. Sempre que é necessário recolher informações, são utilizados identificadores aleatórios, não associados a contas Apple ou números de telefone, garantindo o total anonimato.
Mas a Apple não é a única marca que está a ser acusada de escutas. Um relatório revelou a existência de uma tecnologia chamada “Escuta Ativa” (Active Listening), usada por empresas como o Cox Media Group (CMG) para marcas como Facebook e Amazon.
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