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Rocky Balboa regressa no novo filme da Amazon, mas com um rosto inesperado

Rocky Balboa. Um nome que soa a socos em câmara lenta, sinos a tocar e uma escadaria de Filadélfia eternamente gravada na memória coletiva do cinema. Mas desta vez, o lendário pugilista não regressa com luvas, suor ou um novo rival musculado. A Amazon MGM decidiu mergulhar na história por trás do mito e mostrar o verdadeiro combate que Sylvester Stallone travou fora do ringue: o de convencer Hollywood de que ele não só podia escrever Rocky, mas que tinha de ser o Rocky.

O resultado? Um filme sobre o filme. Uma espécie de “Rocky 0”, onde o oponente é o sistema, o adversário é o ego de estúdios e o prémio, a eternidade cinematográfica.

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Como nasceu o lutador que Hollywood não queria?

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Amazon MGM divulgou recentemente a primeira imagem de “I Play Rocky”, com Anthony Ippolito (o mesmo que brilhou em The Offer, a série sobre aa filmagens de O Padrinho) no papel de um jovem Stallone. O filme, realizado por Peter Farrelly (Green Book), promete ser uma carta de amor ao cinema independente, à teimosia criativa e ao poder de acreditar em si mesmo mesmo quando ninguém mais acredita.

“I Play Rocky” conta a história verídica de como um ator quase desconhecido, com metade do rosto paralisado e um discurso arrastado, escreveu um guião sobre um perdedor e insistiu em ser ele próprio a interpretá-lo, mesmo quando os estúdios ofereciam cheques de seis dígitos para ficarem com o guião. Como contou a Variety, “o filme narra a crença inabalável de Stallone de que não foi feito apenas para escrever Rocky, mas para ser Rocky”.

Portanto, a recusa em vender sem interpretar a personagem foi, na altura, vista como suicídio profissional. Mas Stallone acreditava que a autenticidade valia mais do que qualquer cheque. E tinha razão: o filme custou menos de um milhão de dólares e arrecadou o Óscar de Melhor Filme, derrotando Taxi Driver e Network.

 

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Porquê revisitar a história de Rocky agora?

Rocky AMC
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Num mundo saturado de biopics sobre músicos, atores e empresários, há algo deliciosamente meta em contar a história de um filme sobre um homem que lutou para contar uma história. Peter Farrelly, que aqui regressa ao drama depois do sucesso de Green Book, descreve o projeto como um retrato de “resiliência e teimosia artística”, qualidades que, convenhamos, definem tanto Stallone quanto o próprio Rocky.

O elenco é outro motivo de curiosidade: Stephan James interpretará Carl Weathers, o lendário Apollo Creed; AnnaSophia Robb dará vida à mulher que acreditou em Stallone quando ninguém mais acreditava; e há ainda Matt Dillon, Tracy Letts e Jay Duplass a completar o plantel. A produção está a cargo de Toby Emmerich, antigo chefe da Warner Bros., e Christian Baha.

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Assim, em tempos de reboots e nostalgia reciclada, “I Play Rocky” oferece algo mais honesto: o regresso à origem de um sonho improvável. É a história do homem que apostou tudo na arte e ganhou o jackpot da imortalidade. E, ironicamente, essa história é hoje mais inspiradora do que qualquer sequência de pancadaria.

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O verdadeiro legado de Rocky ainda bate forte?

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A saga Rocky (1976–2006) e o seu renascimento com Creed redefiniram o arquétipo do herói moderno, não o invencível, mas o persistente. Mesmo Michael B. Jordan reconheceu que “Rocky Balboa é mais do que um nome; é uma filosofia”. Mas “I Play Rocky” não quer ser apenas mais uma celebração da glória passada. Quer mostrar o preço da crença, o suor por trás da vitória e o absurdo de uma indústria que quase deitou fora o seu campeão.

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Mas há algo poeticamente justo em ver um ator como Anthony Ippolito, ele próprio emergente, vestir a pele de Stallone, um homem que começou como figurante em filmes B e terminou como ícone cultural global.  Assim, em breve, quando “I Play Rocky” estrear na Prime Video e nos cinemas, prepare-te: o sino vai voltar a tocar.


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