Sacred 3 (PS3) | Análise

 

 sacred 3  

  • Editora: Deep Silver
  • Produtora: Keen Games
  • Plataformas:  PS3, PC, Xbox 360

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Os fãs desta saga tiveram de esperar mais de 5 anos por um novo Sacred. Entre mudanças de equipas, alguns atrasos e também promessas, Sacred 3 chega às lojas sem que se fale muito dele. Mas poderá estar aqui uma surpresa?

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O que notamos de imediato é que o jogo é bastante apelativo graficamente, não por apresentar uma grande qualidade técnica, mas porque enche o ecrã com cores e detalhes muito interessantes. Rapidamente se torna óbvio que houve uma atenção especial na inclusão de pormenores que tornam os cenários mais agradáveis mas também credíveis, criando uma identidade para o jogo e ajudando a criar o ambiente de fantasia que este jogo pede. Existe cor, existe brilho, mas o melhor da parte gráfica aparece quando a ação se torna frenética e somos brindados com um ecrã cheio de movimento e efeitos de luz. Se existisse uma maior qualidade em termos técnicos estaríamos perante um jogo graficamente impressionante, todavia, é preferível ter um jogo que não falha nem abranda, do que um jogo que é deslumbrante quando não existe ação, mas que falha quando os cenários se enchem de inimigos.

Sacred 3

Em relação ao enredo, e sem querer revelar muitos pormenores, devemos afirmar que a narrativa está bem construída, leva-nos a gostar das nossas personagens e a odiar o vilão (personagem bem construída), criando uma necessidade no jogador de confrontar o derradeiro inimigo, e ganhar. No entanto, é no humor que este jogo se destaca, tal como aconteceu nos anteriores jogos da série. Existem diálogos e momentos que conseguem, genuinamente, fazer qualquer jogador rir enquanto joga e apenas lamentamos que alguns diálogos mais sérios sejam um repetitivos, e mesmo tendo em conta que se percebe serem resultado do objetivo de aprofundar as personagens, a repetição pode tornar-se monótona. Outro aspeto sobre o enredo é que ao acabarmos o jogo, percebemos que existem vários clichés do género que são aqui usados, mas dependerá de cada jogador gostar ou não de tal situação.

Falando agora da jogabilidade, este é um jogo divertido e frenético, com uma boa variedade de inimigos, mas que acabam por ser mortos sem que seja necessário um leque muito grande de poderes. Neste aspeto o jogo apresenta um bom potencial, com uma boa variedade de poderes e escolhas de evolução de personagens, mas peca por não nos obrigar a olhar para essas alternativas como essenciais, porque muitas não são necessárias para acabar o jogo. Mas, a jogabilidade, e toda a experiência de jogo, torna-se melhor quando partilhamos o nosso ecrã com mais três amigos. Sacred 3 permite até 4 jogadores ao mesmo tempo e é neste momento que o jogo se torna muito mais divertido, e mesmo sendo mais fácil jogar acompanhado, vale a pena escolher a dificuldade máxima e jogarem 4 jogadores ao mesmo tempo.

Sacred 3

No entanto este é um jogo que corta com os anteriores em alguns aspetos e o mais significativo é a não existência de open-world. O facto de termos de levar as missões de seguida e termos muito menos opções de escolha, pode afastar alguns fãs da série, mas irá ganhar outros jogadores que até agora ainda não tinham olhado para Sacred com entusiasmo. Outro aspeto mais negativo é a repetição que o jogo apresenta na forma de avançar entre cenários, pois em vários momentos somos obrigados a ter ações muito parecidas e que ao fim de algum tempo se tornam óbvias mesmo antes de as vermos. Claro que assim o ritmo de jogo é ainda mais elevado, pois nunca nos sentimos perdidos, mas aqueles que queiram um desafio maior, poderão sentir alguma monotonia.

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Sacred 3 é um jogo interessante, divertido e frenético, mas que poderia ter sido muito melhor. Apresenta boas ideias mas também apresenta alguma repetição de conceitos. Preparem-se para rir a sério, mas também preparem-se para um jogo violento e que não vos dará tempo de descanso, e em certos momentos será monótono. Se são fãs de Sacred e a falta de um open-world não vos causa problemas, este é um jogo interessante sem inovar em nada, mas também aqueles que nunca jogaram, mas gostem de uma mistura entre RPG e Hack ‘n’ Slash, poderão olhar para este jogo com interesse. Tudo depende do grau de exigência com que olhamos o jogo dentro do género que gostamos. Globalmente não é um excelente jogo porque não tem nada de fantástico, mas também é verdade que não tem nada de mau, e este facto é tão óbvio como é óbvio o potencial que esta saga tem com algumas das novas ideias que aqui vemos.

 

Pontos fortes:

  • Grande sentido de humor
  • Grafismo
  • Ação frenética
  • jogar com mais 3 amigos!

Pontos fracos:

  • Alguns diálogos e momentos de jogo repetitivos
  • Pedia-se um melhor sistema de loot

LP

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