Star Wars | Reflexão de um fã apaixonado
“Star Wars” estreou há quarenta e dois anos. Mas ainda hoje a saga criada por George Lucas é um enorme sucesso que cativa várias gerações. Porquê?
“Star Wars”, ou “A Guerra das Estrelas”, há quarenta e dois anos, procurou contar de uma galáxia longínqua, onde um Império maligno subjugava os restantes povos. Cabia aos Rebeldes defrontar o temível Império e, para tal, precisavam de um herói. Um salvador, profetizado qual Jesus Cristo, que viria salvá-los da opressão de Darth Vader e do lado negro da força que este manipulava.
Quarenta e dois anos, “A Guerra das Estrelas” não é mais um mero fenómeno cinematográfico, um sucesso de bilheteira ou mesmo uma história nova e refrescante. Tornou-se numa verdadeira religião em que fãs acérrimos consomem não só os filmes mas tudo o que gira em todo desta galáxia: merchandising, livros, séries televisivas, tudo!
O porquê do enorme sucesso reside, muito provavelmente, no contexto em que estreou o primeiro filme. Corria o ano de 1977 quando George Lucas levava ao grande ecrã “A Guerra das Estrelas”, mais tarde “A Guerra das Estrelas: Episódio I – Uma Nova Esperança”. Hoje em dia é, praticamente, impossível ter a noção do quão radical e diferente era o primeiro filme da saga – era todo um mundo novo que George Lucas acabava de descobrir. Este filme diferia, não só pela dimensão do espectáculo e dos efeitos visuais, mas também no próprio conceito: uma história simples, capaz de agradar a várias gerações.
O cinema da época era bastante marcado por violência gratuita e cenas para adultos bastante explícitas. Portanto, numa era em que o sucesso da Disney estava a decair, “A Guerra das Estrelas” foi uma espécie de lufada de ar fresco, capaz de cativar tanto o público mais jovem, como os seus próprios pais. Deste modo, crianças e jovens que até à data não tinham nada para ver no cinema, tiveram aqui uma porta de entrada no mundo cinematográfico, uma oportunidade de alcançar uma cadeira de sala de exibição.
No entanto, o sucesso de “A Guerra das Estrelas” não se deve apenas ao impacto e ao conceito veiculado, tendo George Lucas grande parte dos louros também. Lucas soube manter o fenómeno, criando um império de produtos capaz de alimentar a audiência bem para lá do que o grande ecrã permitia.
À época nem todos acreditaram no sucesso deste filme que se viria a tornar num verdadeiro culto capaz de influenciar gerações e a própria pop-culture. Os próprios actores queixavam-se que o argumento não fazia sentido, que os efeitos visuais eram imperceptíveis e que seria impossível ser um filme de sucesso. Bom, enganaram-se. “A Guerra das Estrelas” move multidões, estilhaça corações, deixa-nos vidrados no ecrã e, até mesmo, desiludidos quando a narrativa se afasta do rumo que havíamos definido mentalmente.
A banda sonora impregnou-se nos nossos ouvidos, frases como “Luke, i am your father” ficaram gravadas nos nossos corações e nunca esqueceremos as viagens a bordo a Milenium Falcon. Odiaremos até à morte o Imperador Palpatine, que seduziu Anakin para o lado negro da força, transformando-o em Darth Vader. Simpatizaremos, até ao fim dos nossos dias, com o eterno vilão da saga, porque, afinal de contas, ele só é o vilão em prol de uma bonita história de amor. Associaremos, para sempre branco aos Jedi, os bons, e preto aos maus, os Sith. Imitaremos, eternamente, os sons de R2D2 (e depois de BB-8). Somos os fãs de “A Guerra das Estrelas”, somos aquilo que George Luca fez de nós. Somos fruto da sua imaginação, que nem o próprio esperava que se tornasse um sucesso tão grande.
Somos e seremos eternos seguidores da Força e desta religião que se tornou o fenómeno “Star Wars”.
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