Stranger Things T5, Crítica | Ninguém esperava por este plot twist
Após 3 anos, finalmente chegou à Netflix a nova e última temporada de “Stranger Things”. O entusiasmo dos fãs era tanto por esta nova temporada, que levou a um crash na Netflix no momento da estreia. A demanda ao primeiro episódio foi tão grande que o servidor foi abaixo por alguns minutos.
Estamos então de volta a Hawkins que está, agora, sob quarentena. Devido ao enorme portal que o vilão Vecna abriu entre o Upside Down e Hawkins. Os nossos suspeitos do costume estão a elaborar um plano para derrotar o vilão revelado na quarta temporada da série. Esta crítica contém spoilers.
O regresso após a temporada quatro
Poucas séries conseguem manter o seu elenco principal durante tantos anos. Mas “Stranger Things” conseguiu manter um extenso elenco por cerca de dez anos, e sempre a melhorar a sua qualidade. Tanto em termos de conteúdo, como efeitos visuais, atuações e plot.
Assim, Millie Bobby Brown, Finn Wolfhard, Noah Schnapp, Caleb McLaughlin, Sadie Sink, Gaten Matarazzo, Joe Keery, David Harbour, Natalia Dyer, Winona Ryder, Charlie Heaton e Maya Hawke atores estão de regresso às suas personagens para esta última temporada.
Alguns ficaram pelo caminho (Joseph Quinn, Dacre Montgomery e Sean Astin), pelo destino das suas personagens. Mas espero uma pequena trip down memory lane nesta última temporada, em que os criadores possam fazer um pequeno momento de homenagem às personagens que tanto adorávamos e que não chegaram à última temporada.
O que esperar da nova temporada
Eu elejo a temporada quatro como a melhor, até então. E mesmo que a cinco (completa) venha a ser muito forte e emocional, tenho dúvidas em tirar a temporada quatro do primeiro lugar. Essa foi a temporada que, para mim, teve o melhor storytelling. Foi uma temporada de muitas revelações e que nos deu a conhecer o grande vilão da história.
Foi uma grande surpresa para todos os fãs perceber que havia uma mente atrás de toda aquela maldade, desde a primeira temporada. E tudo foi feito de forma muito inteligente, com as revelações a chegarem de forma inesperada.
Acho que os irmãos Duffer não querem repetir a fórmula da quarta temporada e considero que é uma boa estratégia. Cada temporada de Stranger Things teve o seu significado. Todas foram bastante distintas. A primeira dedicada à introdução das personagens e criação de relações. A segunda desenvolveu mais este mundo de fantasia de Hawkins. A terceira teve um grande desenvolvimento de personagens e uma aura mais veranil e anos 80. E a quarta foi mais dark, foi a temporada do storytelling.
Assim, com os quatro episódios que já vi da quinta temporada, defino esta como a temporada da ação. A temporada que começa com toda a força e certamente nos deixará na ponta da cadeira, em stress, até ao último episódio. Mas mesmo com toda a ação, conseguiu deixar-nos de queixo caído com todas as revelações.
Episódio 1

O primeiro episódio de cada temporada é sempre um dos que mais gostamos de ver. Isto porque é sempre o episódio em que regressamos a Hawkins, em que voltamos a ver as personagens que tanto adoramos. Em que percebemos como é que está este mundo após os acontecimentos da temporada anterior.
E, apesar de se perceber a fragilidade das personagens, devido ao que aconteceu na temporada anterior e o medo do que está para acontecer, vêmo-los todos unidos no início desta temporada. E isso aquece-nos o coração, mesmo que por pouco tempo.
Episódio 2

Após a revelação de que Will consegue ver através dos Demogorgons e as nossas personagens divididas entre o Upside Down e Hawkins, é hora de apresentar uma das melhores sequências de sempre da série.
O segundo episódio chega com um estrondo. É poderoso e, ao mesmo tempo, é assustador. É a primeira vez, nesta temporada, que ficamos com receio que as nossas personagens favoritas podem mesmo não sobreviver.
Com o nome deste episódio, já era de esperar o desaparecimento da pequena irmã de Mike, Holly. O que nós não esperávamos era ver a figura de Henry atrás deste desaparecimento, ainda para mais na sua casa de infância.
Episódio 3

É no episódio 3 que tudo começa a ficar mais complicado e a ação não para de aumentar. Vemos os nossos heróis unirem-se para encontrar a Holly e acabar com o grande plano que Vecna está a cozinhar.
Will sempre foi uma personagem muito importante para a série, pois a história começou com o seu desaparecimento. E gostei de ver o seu protagonismo a aumentar lentamente nesta temporada, com a sua ligação ao Vecna a ser cada vez mais poderosa e importante para o plot.
E podemos falar daquele último momento do episódio? Confesso que tive alguma esperança de ver o querido Eddie Munson ali, mas não deixei de ter o mesmo entusiasmo ao ver a Max, de quem tínhamos tantas saudades.
Episódio 4

E é assim que vamos para o último episódio da primeira parte da quinta temporada de “Stranger Things”. O plot começa a adensar-se com a revelação de que Max está presa num mundo de ilusões criado por Henry. E Will a certa altura diz-nos que há três pessoas presas nesse pequeno mundo, nessa rede. Max, Holly… mas quem será a terceira?
Agora, os nossos heróis estão divididos entre os dois mundos de “Stranger Things”, a tentar resgatar Holly, a salvar as restantes crianças da cidade, a fugir dos militares, a tentar escapar ao Mundo Invertido… e tudo começa a ficar mais complicado e mais perigoso.
Contudo, a maior revelação é, claro, a grande transformação de Will. Durante toda a nova temporada vemos a personagem desenvolver-se. Uma nova e adorável amizade a começar com Robin. A sua autoconfiança a crescer e a sua importância para o plot.
Ainda assim, ninguém previu que essa atenção dada à personagem iria levar a uma revelação dos poderes de Will. Cá para mim, foi uma grande escolha dos Duffer Brothers, pois criou um full circle que certamente satisfaz todos os fãs.
Assim, com esta abertura de série, tenho muito entusiasmo em ver o resto da temporada. E menos medo de que esta temporada se torne num género de “Game of Thrones”, em que o final estragou a série a todos os fãs. Resta agora saber porque Vecna decidiu ter aquela conversa motivacional com Will, e fugir sem mais explicações. Que comecem as teorias.


