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Supernatural e o Girl Power em Wayward Sisters, 13×10 em análise

Depois de treze anos, o futuro de “Supernatural” é incerto mas os criadores da série já têm em mãos um novo projeto, “Wayward Sisters”. Quando os fãs ouviram falar de uma série protagonizada pela xerife Jody Mills (Kim Rhodes) alguns adoraram mas outros temeram que esta acabasse por ser pouco cativante, especialmente por não possuir os protagonistas de “Supernatural”. Ora bem, “Wayward Sisters” chegou finalmente, como o episódio dez da décima-terceira temporada, e medos de lado, este pode ser um spin-off que nenhum fã vai querer perder – e repleto de girl power! CONTÉM SPOILERS!!

Jody Mills é uma das personagens mais antigas de “Supernatural”, tendo aparecido pela primeira vez no décimo-quinto episódio da quinta temporada – “Dead Men Don’t Wear Plaid” – em 2010. Xerife de profissão, ela vê a sua família destruída por um ataque de zombies, e desde então que a frágil personagem tem crescido para se tornar num dos grandes apoios dos irmãos Winchester. Não é, por isso, de estranhar que ela tenha sido a escolhida para liderar uma série centrada nas mulheres de “Supernatural”.

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Entre casos, Jody resgata raparigas como Alex Jones (Katherine Ramdeen) e Claire Novak (Kathryn Newton), que adota como filhas, sentindo a necessidade de ajudar aqueles que mais precisam e que acabam arrastados para uma vida da qual não conseguem escapar. Juntamente com Patience Turner (Clark Backo) e a xerife Donna Hanscum (Briana Buckmaster), estas mulheres são as protagonistas de “Wayward Sisters” e se pensas que esta será uma obra mais calma estás completamente enganado!

Pela primeira vez não é Jody e as suas meninas que têm de ser salvas, mas os próprios Winchester! Presos num mundo conhecido como Bad Place, eles precisam de ajuda e é este grupo que enfrentará os monstros – completamente sozinhas – enquanto tentam construir laços familiares, uma tarefa nada fácil. Alex “deixa” o mundo de caçadora para trabalhar como enfermeira num hospital, auxiliando Jody quando necessário. A rebelde Claire continua a caçar sozinha, odiando a extra-preocupação de Jody que sente como uma prisão e que acaba por criar um ambiente pesado. Quanto a Patience, ela é o novo membro e tem de perceber qual o seu lugar enquanto aprende a aceitar os seus poderes e a viver longe do pai que tanto ama.

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Apesar das incertezas sobre a série – que pode nem chegar a acontecer – o certo é que o seu leque de personagens é forte. Cada uma tem os seus problemas e a sua personalidade, concedendo-lhes individualidade – e as atrizes escolhidas encaixam na perfeição. O facto de já as conhecermos ajuda à na nossa familiarização enquanto espectadores. O drama é maduro e o estado de espírito das jovens lembra inegavelmente Sam e Dean no início de “Supernatural” – cheias de garra mas com um duro e pesado futuro à sua frente. A meu ver, pode ser este um dos motivos que irá atrair não só os velhos mas também os novos fãs que chegaram agora a “Supernatural” e que não conheceram o início dos protagonistas.

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Quanto à ação, ela não é de todo suavizada. Estas mulheres sabem lutar, possuem uma panóplia de armas que usam sem problema, e a sua coragem leva-as ao limite, arriscando a vida sem pensar duas vezes, especialmente se alguém da sua “família” está em risco. Sem perderem a sua feminidade e os trejeitos de mulher, elas estão no mesmo patamar de qualquer um dos heróis, não caindo num dos erros das obras protagonizadas por mulheres onde todas são uma espécie de maria-rapaz.

SUPERNATURAL ABRE CAMINHO AO GIRL POWER

Se tinhas algum receio de este ser um spin-off para “encher chouriços” na ausência de Jared Padalecki e Jensen Ackles, podes ficar descansado pois “Wayward Sisters” – cujo nome é uma homenagem ao tema de “Supernatural”, “Carry on Wayward Son” – promete ser uma série que embora inspirada em personagens e cenários de “Supernatural”, não precisará deste para se manter em pé. Pensada há dois anos, tem tido o avalo de fãs e elenco. Andrew Daab e Robert Singer estão em processo de ter o seu guião aprovado pela CW, um argumento que contará com personagens conhecidos e novas caras.

Mark Pedowitz, presidente da CW, já confirmou que “Supernatural” continuará até Jared Padalecki e Jensen Ackles o desejarem, porém ainda não comentou “Wayward Sisters”. Espera-se, no entanto, que a luz verde venha eventualmente, especialmente tendo em conta que o episódio homónimo obteve um total de 1.87 milhões de espectadores aquando da sua transmissão nos Estados Unidos, tornando-se no quinto episódio mais visto da décima-terceira temporada até agora.

Gostavas de ver este spin-off em paralelo com a série principal? Ou preferes que Sam e Dean continuem a ser as portas para este universo que há tantos anos conquista fãs?

Supernatural 13x10, em análise
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Name: Wayward Sisters

Description: Judy e as suas filhas adoptivas, juntamente com Kaia e Patience, terão de encontrar a porta para o Bad Place e salvar os irmãos Winchester antes que seja tarde demais.

  • Ângela Costa - 80
80

Um resumo

O MELHOR – A capacidade de construir personagens fortes e com o qual nos conseguimos familiarizar, especialmente por já as conhecermos. Não corre no erro de apresentar várias caras novas, sem contextualização, e que acabam por ser facilmente esquecidas pelo espectador. O ritmo de ação é semelhante ao da sua “série mãe”, mostrando que os fãs de “Supernatural” ficarão felizes com o spin-off e, se este não acontecer, este episódio acaba por ser uma agradável lufada de ar fresco.

O PIOR – Apresentarem um piloto que pode não ir em frente e ficarmos eventualmente com uma linha narrativa, apresentada em “Supernatural”, sem resolução. Mas vamos acreditar que “Wayward Sisters” vai sim acontecer.

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