Swervedriver regressam com Future Ruins

Swervedriver, uma das bandas mais icónicas de shoegaze está de volta, desta vez com Future Ruins.“Mary Winter” é o primeiro single. Ouve-o aqui.

Das cinzas dos Shake Appeal surgem em 1989 os Swervedriver, que se separam decorridos dez anos, para se voltar a reunir em 2008, tendo em 2015 lançado um novo álbum. Agora, a banda inglesa reaparece para dar continuidade a I Wasn’t Born To Lose You com Future Ruins, que será lançado em Janeiro de 2019 por meio da Dangerbird.

Swervedriver é certamente um nome conhecido para os fãs de shoezage. Este género musical que nasceu no final dos anos 80 no Reino Unido, atingiu o seu apogeu durante a década de 90. Nomes como My Bloody Valentine e, mais tarde, Ride e Slowdive estão também ligados ao nascimento deste género caracterizado por uma sonoridade caótica, que oscila entre melodias delicadas e as pesadas distorções e efeitos. Depois de um ano marcado pela reafirmação deste género musical através do êxito dos Slowdive, aguardamos com expectativa redobrada este novo álbum.

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Adam Franklin, o vocalista,  fala-nos sobre Future Ruins: “Neste álbum adoptamos uma perspectiva negativa em relação ao futuro. O espaço é também um tema muito presente. Na primeira música, a personagem é um astronauta que se está a tentar lembrar de como a vida realmente é. Por outro lado, pode ser sobre algum sítio no mundo onde o inverno não é como o inverno de cá. Um sítio solarengo, mas é Dezembro ou Janeiro e estás a tentar lembrar-te do inverno. Algo se passa.”

“Mary Winter”, o primeiro single, começa com um ritmo bem marcado, a guitarra entra num tom mais ofensivo que vai acabar por contrastar com a voz  calma e reconfortante de Franklin. O cantor fala-nos de um cosmonauta, que afastado, longe de todos, flutuando no espaço relembra a terra. Soa um tanto melancólico, como se ganhasse a consciência de que, agora afastado, sente falta de todo aquele mundo que pela primeira vez observa de fora:”Been floatin’ out here so long/And you know I’m not coming down/With planet earth long gone/And my feet don’t touch the ground”.

Diante deste panorama futurista com que somos confrontados interrogamo-nos se Adam Franklin não será aquele astronauta que flutua errante pelo espaço, que se distancia e depois relembra tudo. Ele quer distanciar-se? Ou será que já o fez? A verdade é que pouco entendemos ainda da mensagem que Future Ruins nos traz mas ficamos à espera de novos singles que nos permitam desbravar este novo álbum.

SWERVEDRIVER, FUTURE RUINS | “MARY WINTER”

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