Richard Fleeshman em "The Ark" | © SYFY

The Ark | Entrevista a Dean Devlin e elenco

“The Ark”, uma das grandes apostas do SYFY estreia esta noite! Conhece a nova série do canal, um drama de sobrevivência espacial da mente do guionista de “O Dia da Independência”.

A história decorre 100 anos no futuro, onde se torna necessário realizar missões de colonização a outros planetas para garantir a sobrevivência humana. Uma das naves espaciais é a Ark One, que se depara com um evento catastrófico que provoca uma grande destruição e perda de vidas.”

Este é o ponto de partida para a nova série do canal SYFY, que estreia esta noite. Um drama de sobrevivência espacial, onde nenhum dos tripulantes estava preparado para o que os esperava. A Magazine.HD esteve à conversa com Dean Devlin, criador de “The Ark”, em conjunto com alguns dos membros do elenco: Richard Fleeshman, Christina Wolfe, Christie Burke, Shalini Piers e Tiana Upcheva, sobre esta nova produção gravada na Sérvia.

MHD: O que nos pode contar sobre “The Ark”?

Dean Devlin: Estamos muito entusiasmados pela sua estreia europeia. Nos Estados Unidos, onde a série já está disponível, tivemos muito boa receção por parte dos fãs, por isso estamos muito ansiosos para que todo o mundo a descubra. De uma forma geral, creio que a podemos descrever como uma série de sobrevivência, onde vemos como várias pessoas reagem numa situação de crise, como diferentes filosofias afetam o modo de liderar e sobreviver, mas em última instância é uma série sobre as pessoas alcançarem a melhor versão de si mesmas.

MHD: Como nasceu a ideia para a série?

Dean Devlin: Começou há uns anos atrás. Estava a almoçar com um amigo, o Michael Wright, que geria o TNT quando eu estava a fazer a série “The Librarians”, e surgiu em conversa os tipos de ficção científica com os quais crescemos e que tínhamos saudades. E falou precisamente de séries de naves espaciais, da ideia de ter personagens diversas presas dentro de uma ‘panela de pressão’, forçadas a tomar decisões de vida ou morte. Quando o almoço terminou, fiquei bastante nostálgico, e pensei em escrever uma carta de amor ao tipo de ficção científica que me entusiasma.

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© SYFY

A partir daí, comecei a desenvolver a ideia e pensei em juntar um grupo que não estava minimamente preparado para enfrentar uma situação como esta. O canal SYFY foi o primeiro a demonstrar interesse pela série, e realmente era o que eu esperava que fosse a casa da história. Assim que tive a confirmação do canal, liguei ao Jonathan Glassner, com quem já tinha trabalhado em “The Outpost”, e o resto é “The Ark.”




MHD: O que diferencia a série das outras histórias espaciais?

Dean Devlin: No primeiro episódio, conhecemos a ‘Ark One’, a primeira de muitas que foram enviadas para vários mundos, com o objetivo de assegurar a sobrevivência da espécie humana, uma vez que a Terra está a morrer. No entanto, a série começa precisamente com um incidente nas cápsulas de sono, provocando a morte a mais de metade da tripulação da arca. Nenhum dos sobreviventes faz parte da equipa de liderança, nenhum é professor, líder ou técnico de topo. Basicamente, todos os elementos fulcrais morrem nos primeiros minutos. Apenas aqueles que deveriam ser mentorados, treinados, sobrevivem, forçando-os a tornarem-se as suas melhores versões, num curto espaço de tempo. É como se tivessem numa panela de pressão, onde todas as decisões são de vida ou morte.

Deste modo, e ao contrário de outras séries que por vezes tem inícios lentos e de apresentação de personagens, o nosso objetivo foi que a audiência acordasse em conjunto com os sobreviventes. Que estivessem na panela de pressão com eles. Por isso, vamos revelando os respetivos comportamentos em função deste ambiente. Outro aspeto, é que a ação de “The Ark” não decorre num futuro longínquo, mas sim no espaço de 100 anos.

MHD: Para o elenco, o que gostaram mais sobre as vossas personagens?

Shalini Piers: O que eu gostei mais sobre a Dra. Sanjivni Kabir é que ela faz o que ama, mas sob incrível pressão. Durante a série, vemos uma crise a desenrolar-se e, nesse sentido, é interessante vermos este grupo de personagens a descobrir o seu potencial, mesmo sob circunstâncias extremas – e acreditem que não o poderiam ser mais.

Christina Wolfe: Acho que a Cat é uma personagem única na série, porque ela não tem uma especialidade, como os outros tem. Ela é suposto ser a celebridade da nave, a figura ativa das redes sociais. No entanto,  é designada terapeuta da equipa, cargo que ela acha que não é capaz de desempenhar. Por isso, torna-se interessante vê-la a tentar sobreviver na ‘arca’, num ambiente em que ela é tão diferente dos restantes. Mas, também creio que a Cat é o elemento cómico do grupo, acho que ela é a mais divertida.

Tiana Upcheva: O que eu gosto mais na Eva é que ela é serva, apesar de inicialmente a ideia era ser russa. Adoro a ideia de ter uma personalidade local a bordo [a série foi gravada na Sérvia]. Gostei mesmo muito de a interpretar, tem este ar de maria rapaz, está sempre suja e a fazer qualquer coisa, a arranjar qualquer coisa.

Christie Burke: É uma pergunta difícil! Existem muitos segredos que não posso partilhar, mas escolhendo algo que posso falar diria a atitude de ‘fazer o que tem de ser feito a qualquer custo’. A Sharon está disposta a fazer grandes sacrifícios para levar a tripulação ao seu destino final, e creio que isso é belo.

Richard Fleeshman: O James é muito seguro de si e convencido, o que é sempre divertido de interpretar. Mas, à medida que a série evolui, vemos que afinal também tem um bom coração. Essa dualidade é uma das coisas que mais gosto nele. Foi muito divertido de representar.

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Reece Ritchie, Stacey Read, Richard Fleeshman, Tiana Upcheva e Christie Burke | © SYFY

MHD: Qual foi a cena mais difícil de gravar?

Dean Devlin: Para mim, sem dúvida, a cena de abertura do primeiro episódio. Tivemos de lidar com cenários inteiros a desabar sobre nós, tecnicamente foi muito difícil de executar. E, para além disso, penso que foi literalmente a primeira cena que gravamos com todos os atores, por isso ainda não se conheciam muito bem, estávamos literalmente a ‘saltar’ para as personagens. Passei a vida a puxar alguns para fora de cena para lhes contar os segredos de quem estavam a interpretar [risos]. Estava muita coisa a acontecer logo no início.

Shalini Piers: Diria os episódios seis e sete, onde vemos a Dra. Kabir realmente a lidar com a pressão. É um ponto de viragem para ela, por isso foram cenas de muita carga emocional para mim.

Christina Wolfe: É muito difícil de escolher uma sem dar spoilers. Diria o episódio quatro, mas é muito difícil de dizer. Além disso, a minha personagem não sofre tanto como as restantes [risos].

Tiana Upcheva: Bom, alguém tem de falar sobre eles, por isso vou dizer os capacetes. Mas, a segunda coisa seria do episódio sete, se não estou em erro, viajar mais rápido que a velocidade da luz – é tudo o que vou dizer.

Christie Burke: Para mim, foram as cenas de ‘recarregamento’, onde não conseguíamos parar de rir ao olhar uns para os outros. A minha personagem é tão séria, e eu olhava para o Richard, ele fazia uma careta e eu tinha de manter a postura. Por isso, de uma forma geral, diria que qualquer cena com o Richard Fleeshman ou com o Reece Ritchie, foram os verdadeiros desafios [risos].

Richard Fleeshman: A forma como o cenário foi criado foi algo realmente fantástico de se ver. No entanto, aqui as salas eram completamente fechadas, ao contrário da maioria das outras produções, que normalmente não têm teto. Por isso, se estávamos no mesmo local durante, oito cenas num dia, o que era normal, tornava-se muito intenso. Imaginem um sítio fechado, muito real, com fatos espaciais, e lá fora estão tipo 40º graus porque era verão na altura – felizmente, tínhamos bom ar condicionado [risos]. Mas, imaginem esse cenário ao longo de vários dias, começamos a ficar um pouco ansiosos, nunca eramos a mesma pessoa que entravamos nesses dias. Ironicamente, é desses dias que guardo as melhores memórias e algumas das minhas cenas preferidas.

MHD: Se tivessem de dar uma razão aos espetadores para ver “The Ark”, qual seria?

Shalini Piers: Creio que se és um amante de sci-fi, não podes pedir mais do que uma série da autoria de Dean Devlin e Jonathan Glassner. É também um drama muito centrado nas personagens, por isso acabas por ter todos os elementos. Além disso, a química entre nós é muito real e apaixonante, e creio que as pessoas se irão sentir naturalmente envolvidas. A história também é muito real, muito do que exploramos é relevante ao que vivemos atualmente.

Christie Burke: Sim, e também está cheia de diversão.

Tiana Upcheva: E tensão…

Richard Fleeshman: Acrescento esperança e também diversão.

CLIP | NÃO PERCAS A ESTREIA DE THE ARK HOJE NO SYFY

 

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“The Ark” descola hoje, dia 8 de maio, às 22h15, em exclusivo no SYFY. Vais juntar-te a esta nova aventura espacial?

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