The Flash, primeiras impressões da terceira temporada

O Flashpoint chegou a “The Flash”.

flash season 3 poster

“The Flash” é uma daquelas séries que é constantemente boa sem grande esforço devido ao quanto adoráveis são todas as personagens. Barry Allen (Grant Gustin) vê a vida sempre da forma mais positiva. O seu carisma e humor alegram o coração de qualquer fã de super-heróis. A família West é basicamente tudo aquilo que uma família gostaria de ser: unida, frontal e leal. Os companheiros de Star Labs oferecem apoio emocional, oferecem o Cisco (Carlos Valdes) e um líder vilão-tornado-herói-de-outra-terra (ufa). Os vilões são tão bons que alguns deram a viagem para “Legends of Tomorrow” e tornaram-se heróis graças à demanda popular. E porém, esta terceira temporada não começou da melhor forma…

A culpa? Essa é das expectativas. Greg Berlanti e a sua equipa de produtores e escritores tornaram sua tarefa adaptar um dos comics mais poderosos e adorados de sempre – “Flashpoint”. No material de origem, Barry Allen salva a sua mãe de ser assassinada pelo Reverse-Flash o que causa consequências praticamente irreversíveis na História. O Flash perde os seus poderes. Bruce Wayne está morto desde criança e Thomas Wayne veste o manto de Batman. A Atlantis e as Amazons estão em guerra aberta que já causou danos irreparáveis no planeta. Barry tem de se aliar ao Reverse-Flash e outros vilões para impedir a destruição da Terra. Vejam o filme animado “Flashpoint Paradox”, é o melhor que podemos recomendar.

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Na série televisiva digamos que isso ficou muito, mas muito aquém. O Barry salvou a mãe no final da temporada passada e viveu na nova época temporal o total de 1 (!) episódio. Consequências? As pessoas que ele conhecia, não o conheciam. Os seus pais estavam vivos e Barry estava mais feliz que nunca. Porém os West não eram mais a família unida, o Cisco não era o mesmo (continuava com imensa piada) e o Wally era o Kid Flash que acaba meio-morto (isto foi muito positivo!).

Na tentativa de colocar tudo no sítio após a sua experiência correr mal, Barry impede-se de salvar a mãe e cria uma nova alternativa, mais aproximada à sua realidade. Os West continuam a não se falar. Os pais de Barry não existem. O Cisco perdeu a piada. E a Caitlin (Danielle Panabaker) ganhou os poderes da Killer Frost (tão brutal!). E nas outras séries? Preparem-se… O Diggle não tem uma filha, mas sim, um filho!

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Aquém. Onde está aquela tenacidade e vivacidade de revolucionar a televisão? O potencial desta história era tão grande e a única coisa que se pedia era que o Flash tivesse uma arca de, pelo menos, dois episódios antes das outras séries estrearem para poder explorar um autêntico Arrowverse alternativo. O pai dos Queen podia ostentar o manto de Green Arrow e ser realista, numa forma mais negra e ameaçadora daquela que estamos habituados de ver. Um vilão como Vandal Savage, Damien Dhark ou Ra’s Al Ghul podia dominar o mundo naquele itinerário, e Barry além de ter de o impedir, ainda teria de solicitar ajuda ao seu inimigo mortal para colocar tudo no sítio. As reprimendas dai podiam ser basicamente as mesmas e explicaria melhor a decisão de Barry em nunca mais mudar o passado – afinal de contas o seu universo era realmente assustador.

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Saindo porém do mundo das especulações, “The Flash” sucede com um sabor agridoce à sua sólida temporada passada. A ambição não estava lá, mas a história ainda se segura para aqueles que já gostam do grupo. As performances mantém-se intrigantes e o novo vilão não é um velocista. Em vez disso, é um maniaco que quer criar mais meta-humanos de universos alternativos. Os poderes de Caitlin serão um dos pontos mais interessantes a acompanhar e o Kid Flash provavelmente um dos objectivos primários. Além disso, Tom Felton (Draco Malfoy em “Harry Potter”) estreou-se na série e já está com vontade de fazer queixa ao pai do intrometido e misterioso Barry Allen.

Talvez este mau começo leve a um prémio melhor no fim quando virmos que tudo fez sentido. Pelo menos aqui, acreditamos nesse cenário com alguma confiança. Porém para já uma palavra define o início da nova temporada – Aquém.


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