The Last of us: Remastered (PS4) | Análise

 

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  • Editora: SCEE
  • Produtora: Naughty Dog
  • Plataformas:  PS4

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Tal como outras artes, bem mais antigas, como a música ou o cinema, os videojogos são cada vez mais amplos em vários sentidos. Temos assistido, nos últimos anos, a uma variedade cada vez maior dentro desta arte. Desde os imortais simuladores desportivos, jogos de luta, plataformas, passando por jogos como Heavy Rain que nos levou a uma nova forma de jogar… a criatividade foi explorada em jogos como Portal, Journey, Little Big Planet, etc… Uns jogos divertem-nos, outros desafiam-nos, outros surpreendem-nos com enredos que se igualam aos grandes clássicos da literatura e cinema. The Last of us é um desses casos.

 

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No último ano nenhum jogo foi tão falado nem tão aplaudido quanto a obra prima da Naughty Dog. Não só um dos melhores jogos desta geração, mas também um dos melhores jogos de sempre, TLoU (The Last of us) oferece uma narrativa quase perfeita, algo que se torna óbvio quando terminamos o jogo, mas que após repetirmos o enredo, percebemos detalhes fantásticos que ajudam à construção de duas grandes personagens e da consequente relação entre ambas. Com diálogos de grande nível, TLoU é, talvez, a mistura mais perfeita, até hoje, entre jogabilidade e narrativa, e porque o é? Porque consegue manter níveis de qualidade constantes, tanto em jogabilidade como no enredo. Não existem quebras de ritmo ou intensidade, normais nos jogos devido estarmos perante uma experiência de 16 horas. Aqui não… em termos de enredo e construção de personagens, The Last of us é fantástico em todos os segundos que o iremos jogar.

 

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Mas, se quiserem saber mais sobre o jogo em si, vejam a nossa análise à versão PS3, aqui neste link, porque agora vamos falar das diferenças entre versões.

 

Sendo assim, esta opinião é dirigida a dois grupos distintos de jogadores: que já jogaram TLoU na PS3, e os que não jogaram. Se não jogaram, aproveitem e comprem-no para PS4, porque, pelo preço que está, ainda se torna mais obrigatório. Este é um jogo de tal forma bom, que mesmo que não tivesse qualquer melhoria gráfica, estaríamos a recomendá-lo a todos os que não o jogaram antes.

 

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Passemos agora às diferenças que poderão levar os jogadores de TLoU na PS3 a comprar a versão PS4. Para tal, fizemos algo inédito aqui na MHD: colocámos duas tv’s uma ao lado da outra e jogámos as duas versões ao mesmo tempo. E não precisámos do que mais de alguns minutos e olhos atentos para percebermos as diferenças. As texturas estão muito melhores, com melhores efeitos de luz, um grande upgrade nas sombras e detalhes que antes as personagens principais não tinham. Notoriamente não está ao nível de dois ou três jogos da nova geração, mas aquilo que não consegue alcançar em qualidade técnica, consegue ultrapassar no design e em todo o mundo criado, com excelentes detalhes e um ambiente muito bem conseguido, graças, em boa parte, à construção de cenário que nos levam a “mergulhar” neste mundo.

 

 

Admito que se não tivesse a ver as duas versões ao mesmo tempo, talvez não notasse todas as melhorias, que vão desde olhos, cabelos e, principalmente, no aliasing que contorna as personagens. O aspeto de serrilha está muito melhor, tanto em sombras como nas próprias personagens, qualquer que seja o seu movimento.

 

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Mas, enquanto vamos jogando, percebemos que, se nuns momentos as diferenças são boas, noutras são fantásticas. Existem certos cenários de uma beleza que rivaliza com os jogos que foram feitos para a nova geração e a nova possibilidade de tirarmos fotos durante o jogo é a prova de como a Naughty Dog está confiante no resultado final em termos gráficos. Todavia, com a avançar da história, outra melhoria começa a aparecer, cada vez mais marcante: a jogabilidade. Com 60fps, quase sempre constantes, e com a melhor precisão do novo Dualshock, tudo o que fazemos é mais fluido e parece mais natural, não só nos momentos mais calmos, mas principalmente durante as lutas e tiroteios. Existe uma melhoria que se percebe aos poucos e no final é notório que a Naughty Dog melhorou uma jogabilidade que já era fantástica.

 

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Na parte sonora continua tudo muito bom e de imediato passamos para os extras. Mais opções de multiplayer e o DLC Left Behind que melhora bastante a experiência global quando jogado de seguida. Existe nestas poucas horas um aprofundar de personagens que se torna muito significativo quando olhamos para estes dois enredos como um todo e a coerência aumenta.

 

Posto isto não há muito mais a dizer, mas fica aqui o nosso ponto de vista mais objetivo: The Last of us melhorou, e mesmo não estando ao nível gráfico que, por exemplo, Infamous: Second Son apresenta, a verdade é que tal comparação seria injusta. O que é óbvio, e que é o melhor elogio que podemos fazer, é que o melhor jogo desta geração é uma versão remastered da geração anterior. Se nunca jogaram TLoU e têm uma PS4, este é o jogo a comprar. Para todos aqueles que já o jogaram, é tudo uma questão de colocar “os pesos na balança”, mas o que é certo, é que The Last of us merece a nota máxima na nossa análise, tal como a recebeu pela grande maioria da crítica por todo o mundo.

 

 

E porque é tão bom? Porque nos leva a preocupar com personagens, a entrar num mundo onde a esperança não existe, e nos mostra, de forma brutal, até onde um ser humano pode ir para salvar o que ama, e o que poderemos fazer para sobreviver quando as regras da sociedade deixam de existir. The Last of us é sobre o melhor e o pior que cada um de nós carrega na sua mente, e consegue tudo isto, misturando narrativa e jogo, de forma perfeita.

 

Pontos fortes:

  • Ellie e Joel
  • Melhoria gráfica
  • Jogabilidade fantástica
  • Enredo profundo, intenso e marcante
  • DLC incluído

Pontos fracos:

 

LP

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