The Ridiculous 6, em análise

 

A Netflix apresenta “Ridiculous 6”, um western satírico protagonizado por Adam Sandler (e amigos), mas que falha em transmitir a prometida dose de divertimento que os assinantes do serviço de televisão na Internet esperavam.

FICHA TÉCNICA

The Ridiculous 6 Poster Oficial

 

Título Original: The Ridiculous 6
Realizador: Frank Coraci
Elenco: Adam Sandler, Terry Crews, Taylor Lautner, Nick Nolte
Género: Comédia, Western
Netflix | 2016 | 119 min[starreviewmulti id=18 tpl=20 style=’oxygen_gif’ average_stars=’oxygen_gif’] 

 

Uma das maiores notícias do ano, relativamente à Netflix, foi a parceria com Happy Madison – a empresa de produção do actor/comediante Adam Sandler – onde ficou acordado que a distribuidora digital deteria os direitos exclusivos a quatro filmes do actor em questão. O primeiro a ser lançado é mesmo “Ridiculous 6” – uma tentativa ridícula, preguiçosa e sem qualquer ritmo de trazer à vida uma comédia-western.

Num ponto de vista empresarial esta parceria tem grande potencial a nível económico, afinal de contas Adam Sandler é um actor de renome no género familiar, e alinhando-se com a Netflix, sem dúvida alguma que chega com maior eficácia ao seu público-alvo – as famílias em casa, que não parecem mais interessadas em dar o seu dinheiro para as interpretações no grande ecrã do actor  como evidenciado com alguns dos seus últimos filmes.

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“Ridiculous 6” começou a fazer notícias durante as gravações, quando vários dos seus extras nativo-americanos, abandonaram as gravações por sentirem que o argumento era demasiado “racista”. Por isso mesmo, acolhemos este filme já de pé atrás e ainda assim conseguimos ficar desiludidos. Adam Sandler há muito que parece ter perdido a vontade de actuar e de colocar sorrisos na cara dos fãs – algo que outrora fazia bastante bem com filmes como “Happy Gilmore” – e a sua personagem de Tommy a.k.a Faca Branca é por arrasto pouco original e desprovida de um senso emocional inerente a qualquer ser-humano.

The Ridiculous 6

O elenco não podia ser mais diversificado, o que em si é positivo, sendo que Taylor Lautner (“Twilight”) como um campónio ignorante bate todo o tipo de estupidez no filme: “As mulheres cagam os seus bebés” – sim, isto é uma das linhas do filme. Claro que não ajuda também a existência de um burro que dispara diarreia a pedido (OOC: quando pensas que nunca escreverias isto na vida). Terry Crews (“Brooklyn Nine-Nine”) continua bastante encantador e carismático, e é o único personagem genuinamente interessante. Os restantes irmãos são interpretados pelo já habitual Rob Schneider, Jorge Garcia e Luke Wilson (“Garfield”).

Para resumir então esta aventura no Velho Oeste, basicamente somos apresentados a Faca Branca, um branco criado por índios e quase com poderes místicos evidenciados nos seus confrontos físicos. O seu velho criminoso pai Frank Stockbourne, interpretado por Nick Nolte, regressa para tentar criar uma ligação com o seu filho. Esta reunião acaba arruinada pelo antigo grupo criminoso do pai, liderados por Cicero (Danny Trejo) que procuram recuperar $50 mil dólares da “reforma” de Frank. Frank é então levado pelo seu grupo, enquanto que Faca Branca procura arranjar o dinheiro para resgatar o pai. Durante a sua odisseia por várias cidades americanas acaba por conhecer vários irmãos de diferentes mães, e todos juntam-se para formar o grupo conhecido como “Ridiculous 6”, que rouba os bancos e joalharias das cidades para conseguir o dinheiro para resgatar o pai.

Ridiculous 6 Critica Mau Filme

O filme tem ainda cameos  de personalidades conhecidas da altura, tais como Mark Twain, o autor de Huckleberry Finn (ironicamente interpretado por Vanila Ice), o Sheriff Wyatt Earp (Blake Shelton), o General George Custer (David Spader) e ainda o Presidente Lincoln e o seu assassino John Wilkes Booth. Em termos de actores, Will Forte, John Turturro e Steve Buscemi todos dão o ar da sua graça – com provavelmente Buscemi a levar a distinção de melhor cameo.

O veredicto diz que, apesar de tudo, “The Ridiculous 6” tem um elenco de renome, mas que não entrega qualquer conteúdo que mereça uma nova assinatura. Por outro lado, falamos da Netflix, que na sua programação original tem mais do que o necessário para embelezar qualquer catálogo no que toca a qualidade. Fica uma réstia de esperança para que os próximos projectos consigam trazer alguma originalidade e inspiração necessária para revitalizar a carreira de Adam Sandler, isto porque “The Ridiculous 6” é um passo na direcção errada.

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MM

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