WWZ: Guerra Mundial, em análise

 

wwz3
  • Título Original: World War Z
  • Realizador: Marc Forster
  • Elenco:  Brad Pitt, Mireille Enos, Daniella Kertesz
  • Zon | 2013 | Acção, Drama, Terror | 116 min

Classificação:

[starreviewmulti id=9 tpl=20 style=’oxygen_gif’ average_stars=’oxygen_gif’]

 

 

Quando foi anunciado o “World War Z”, é quase consensual que todos os fãs do género zombie apocalypse ficaram ligeiramente assustados, não com o potencial terror que o filme poderia conter mas com a possibilidade de este ser apenas mais um filme de zombies, um género que parece começar a ficar saturado ao fim de alguns anos de fervoroso entusiasmo.

 

Contudo, este medo foi infundado. É incrível como este filme conseguiu pegar em vários elementos que fizeram que outros franchises se tornassem tão bons, e combiná-los com uma harmonia tal que nenhum fã do género se vai sentir desiludido.

 

wwz1

 

 

A nossa história inicia-se quando Gerry (Brad Pitt) se prepara para mais um dia, igual a todos os outros desde que deixou o seu emprego na ONU. É ao levar as filhas para a escola que a família toda se apercebe que algo não está bem. Filas de trânsito demasiado grandes, helicópteros a passar com demasiada frequência, polícias constantemente a passar por eles. E é então que a contaminação de Nova Iorque acontece e uma intensa luta pela sobrevivência não só da família, mas também da Humanidade, se inicia.

 

Aquilo que faz com que “World War Z” seja tão bom é que consegue ser intenso desde o início. A introdução é fantástica, sugerindo várias fontes possíveis de contaminação e fazendo a ligação com eventos que têm vindo a acontecer na realidade, como o famoso caso do Canibal de Miami. Depois dos créditos iniciais, a ação progride rapidamente, fazendo com que a audiência sinta adrenalina de imediato, e nunca se sinta segura de que, em certo momento, pode relaxar. Ação é coisa que não falta neste filme, definitivamente.

 

wwz2

 

 

No entanto, também há uma forte componente humana. Para além de termos a perspectiva de alguém que tem a sorte de ter conhecimentos que tornam possível a sua salvação, também vemos o que aconteceria ao comum mortal, a tentar sobreviver a todo o custo, ainda que possa ser por apenas mais alguns segundos. Vemos também o forte desejo de fazer o bem, de salvar a Humanidade, de encontrar uma cura. Sim, porque todo o propósito do nosso protagonista é encontrar a origem do vírus, para poder encontrar a cura, e não combater todos os zombies do mundo, como parece ser recorrente no género.

E os zombies são algo nunca visto. Há na indústria cinematográfica um uso excessivo de zombies lentos, que não apresentam grande desafio, mas não neste filme. Se pudesse existir uma comparação, seria com os zombies do famoso jogo “Left For Dead”. São rápidos e imperdoáveis, difíceis de derrotar em confronto direto e têm uma sede de sangue incrível. Estas características fazem com que a adrenalina seja ainda maior para quem está a assistir. Em termos de técnicas de sobrevivência, há algumas inovações, coisas que ainda não foram vistas pelos fãs deste género, mas é óbvio que há decisões que já foram tomadas em “The Walking Dead” ou “Resident Evil”. Mesmo assim, “World War Z” consegue oferecer uma experiência original e emocionante.

wwz5

“World War Z” é a prova que o género zombie apocalypse não morreu e que ainda tem muitas emoções e histórias para transmitir. Se morreu… seguramente regressou do mundo dos mortos.

SL

Lê Também:   Há novidades surpreendentes sobre The Movie Crític, o novo filme de Quentin Tarantino

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *