Do Livro à Tela – Frankenweenie

 

 

 

 

Do livro à tela – Partindo da curta-metragem criada por Tim Burton em 1984, chega-nos agora o filme e o livro, sendo a obra literária adaptada por Elizabeth Rudnick.

 

 

Tal como o filme (a preto e branco), o livro apresenta uma forte tendência gráfica para o “sombrio”, e isso nota-se assim que o abrimos e reparamos nas suas páginas pretas com letras brancas. A partir desse momento, não demoramos muito a perceber que são muito poucas as diferenças, sendo a maior, a forma como a história nos é contada num enredo, que tal como o nome indica, faz lembrar Frankenstein e toda a sua necessidade de aceitação e amizade perante a solidão proveniente da morte.

 

 

 

No global, o filme é mais virado para o terror que Tim Burton deseja injetar na história com as suas personagens de aspeto pouco “acolhedor” e monstros horripilantes que aterrorizam a noite de New Holland (recriações de monstros que já vimos noutros livros e filmes). O próprio stop-motion usado no filme, ajuda a tornar a ação mais sombria, e podemos dizer que foi muito bem conseguido em certos momentos.

 

O livro apresenta uma componente mais crítica, que também está presente no filme, mas de forma mais subtil. A crítica à sociedade estática, que não aceita a evolução da ciência, e também a questão sobre qual a finalidade que uma invenção poderá ter. Sendo assim, será fácil para quem leia ou veja o filme, perceber que Burton nos mostra que qualquer invenção poderá sempre ser usada para o bem e para o mal. Tudo está nas mãos do utilizador da mesma.

 

 

O livro é fácil de ler, pois apresenta uma escrita simples e direcionada para o público juvenil, com diálogos sem grande complexidade e que nunca deixam o livro tornar-se monótono. O filme apresenta características semelhantes, com uma realização consistente e um 3D pouco agressivo aos nossos olhos. Sendo uma adaptação muito fiel (com pequenas diferenças pouco relevantes), será nossa a escolha, se preferimos ver um filme ou ler calmamente a sua história, se queremos algo mais gráfico ou mais introspetivo.

 

 

São duas obras totalmente recomendadas para quem goste de Tim Burton, que regressa com o toque que lhe deu a fama (e que muitos diziam estar esquecido), com uma realização que transmite algo ao espectador, com momentos de alegria, de tristeza… com crítica social (também presente noutras obras de Burton), e com uma moral para todas as idades.

 

LP

 



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