Top 2015, guarda-roupas | 08. O Agente da U.N.C.L.E.
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Talvez esteja longe das listas de melhores filmes do ano, mas O Agente da U.N.C.L.E. é, sem quaisquer dúvidas, um dos píncaros de estilo e elegância do cinema de 2015.
O mais recente filme de Guy Ritchie, O Agente da U.N.C.L.E., é uma deliciosa adaptação de uma série televisiva dos anos 60, onde divertidas e leves aventuras de espiões se desenrolam num mundo de absoluto estilo e exuberância, onde todas as pessoas, mesmo os mais irrelevantes figurantes, aparecem vestidos no melhor da moda dessa década do século passado.
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Os figurinos, da autoria de Joanna Johnston, pegam nesses estilos passados e levam-no a extremos que quase ameaçam cair no ridículo. Este é um mundo de luxo e beleza tão loucamente improvável como aquele em que James Bond se passeava nos filmes protagonizados por Sean Connery. Apesar do contexto de época, nas criações de Johnston não se encontra qualquer pinga de sobriedade histórica. Tal como o tom cómico do filme indica, “diversão” a palavra de ordem.
Todos parecem ter acabado de sair de uma sessão fotográfica para a Vogue, com a vilã, interpretada pela majestosa Elizabeth Debicki, a se revelar como uma divindade da moda quando se pavoneia pelo filme vestida com uma coleção de glamourosos conjuntos, tão elegantes como cómicos na sua descarada ostentação.
Não muito atrás da antagonista, em termos de estilo, está o trio de heróis, cada um fortemente caracterizado pelas suas elegantes vestimentas. Henry Cavill raramente esteve tão charmoso que neste filme, sempre impecavelmente vestido. Armie Hammer nunca se mostrou com tal mistura de elegância e inegável força, personificando o poder assustador da antiga União Soviética, ao mesmo tempo que é um dos atraentes heróis de O Agente da U.N.C.L.E.. Alicia Vikander, uma das grandes revelações do ano, também se destaca pelos seus invejáveis figurinos, vestindo numerosos conjuntos caracterizados pelo glamour do estilo mod dos anos 60.
O Agente da U.N.C.L.E. tem estilo de sobra, assemelhando-se a uma fabulosa mistura da sofisticação de La Dolce Vita com o ridículo luxo do James Bond do passado. O mundo conjurado por Guy Ritchie e Joanna Johnston pode estar longe do realismo, mas é uma inegável delícia de estilo e extravagância.
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