Top MHD: As 20 Melhores Personagens de Séries 2013 | Parte IV

Dias antes de terminar 2013, chegamos finalmente ao final desta compilação da MHD, referente às melhores personagens deste último ano televisivo.

Depois de algumas personagens, que à partida pareciam ter grandes probabilidades de constar nas posições cimeiras, terem ficado para trás, eis que a nossa selecção para o Top 5 de 2013 ficar agora a ser conhecida. E com esta última parte, vem também o destaque para o único empate pontual na votação da MHD, com duas personagens a partilharem um lugar no pódio.

Vamos então a ver, ler e conhecer, as personagens que ocupam o topo do nosso Top e a nossa visão sobre a qualidade das mesmas…

 

 

5º – Walter Bishop (John Noble) 

Fringe| 2008| FOX (EUA)| FOX (Portugal) 

walter bishop

A excentricidade de um dos melhores papéis da ficção científica dos últimos anos, se não o melhor (Doctor Who é um campeonato à parte), não poderia ser esquecida. O 5º lugar é mais que merecido para o génio destemperado, firme apoiante da recreação alucionogénica, com traços de personalidade de comovedora pureza infantil, que nos levou numa jornada por universos paralelos, cujas peripécias, embora possam não ser recordadas integralmente pela mente, sê-lo-ão certamente a nível emocional.

A última temporada deslocou-nos para 2036, depois da invasão e domínio do planeta por parte dos Observadores, para assistirmos à luta derradeira da Fringe Division pela libertação da Terra. Episódio após episódio, vimos Walter enfrentar a tortura implacável e sem limites dos Observadores, a mergulhar a fundo no confronto entre o homem que gostava de ser e o homem em que se tinha transformado – ao ponto de remover partes do seu cérebro-, a sentir e saber, melhor que nunca, como aqueles que lhe deram uma segunda oportunidade do mundo se tornaram a sua primeira e inequívoca prioridade, numa autêntica avalanche de consciência e subsconsciência, emoções e intelecto, que não deixaram ninguém indiferente.

Foi impressionante verificar que mesmo pensando com neurónios pela metade, mesmo em situações que requeriam mais tecnologia e meios científicos, a imaginação, a fé e o raciocínio de Walter conseguiram sempre dar maior profundidade e interconexão entre as diferentes linhas temporais que assolam a série, unificando eventuais major plot holes que a mesma poderia ter (acabam por permanecer alguns, mas menores e nada que afecte a qualidade geral de uma série de ficção científica).

Os momentos mais íntimos de Walter com Peter têm uma densidade psicológica ainda maior na última temporada, muito devido à morte de Henrietta e à certeza que daí adveio, da ainda maior imprevisibilidade que acaba por marcar as suas vidas, enquanto membros activos da Resistência. Se há momentos em que o nosso próprio cérebro se desliga, só deixando espaço para torrentes de lágrimas, então é nas cenas em que Walter dá a entender que a ciência não é nada, quando comparada com a importância do seu filho. Não é que não soubéssemos isso, mas antecipávamos imenso o momento em que este “fizesse das tripas coração”, quando os dois tivessem a inevitável conversa sobre quanto significam um para o outro. John Noble quase que salta do ecrã nestas cenas, tremenda é a qualidade da sua interpretação. E é esse sentimento que talvez nos faça aceitar a craveira poética do final da série. A craveira de um homem de ciência que, ao tentar ser Deus, descobriu que acreditava num destino que lhe reservava algo mais importante e transcendente que a eternidade. E com a sua partida, o mundo do sci-fi televisivo fica substancialmente mais pobre.

 

4º – Violet Crawley (Maggie Smith)

Downton Abbey| 2011| ITV (Reino Unido)| FOX Life (Portugal)

dowager countess of grantham

Não é fácil resistir ao charme discreto da nobreza de Downton. Contudo, é verdadeiramente impossível resistir ao da Condessa Viúva, cujo manancial de classe e distinção parece não ter, felizmente, fim à vista, à medida que as temporadas passam e ela mantém o seu papel de fundamental destaque nos acontecimentos que influenciam Downton Abbey e os que lá vivem.

Algures entre a aristocrata tradicionalista e a matriarca da adaptação aos novos tempos, Violet é o maior poço de vitalidade de uma família ainda desgostosa com a perda de Matthew. Aliás, a sua faceta mais samaritana é plenamente visível na determinação que dedica à recuperação psicológica de Isobel, muito embora, após o objectivo ter sido cumprido, nos indaguemos se não existia em Lady Grantham uma réstia de egoísmo, um resquício de saudade, da pessoa que mais a enfrentava, que mais despertava o seu sentido de competitividade e, claro, que mais facilmente proporcionava a atitude sarcástica que nós, espectadores, tanto adoramos ver.

O sentido de humor aguçado, com referências culturais riquíssimas – ao ponto de, por vezes, termos de pesquisar a sua origem e significado –  e as críticas mordazes que consegue tecer em poucas sílabas continuam nos píncaros de uma qualidade sublime, bem fiéis ao registo de sucesso que tornou a personagem de Maggie Smith numa das mais divertidas e adoradas dos últimos anos. Mas nunca foram só as palavras de Violet a surtir um efeito memorável na audiência; as suas expressões faciais ruborizam os serões mais frios e rejuvenescem os saraus mais clássicos, apesar da sua personalidade disciplinadora e orgulhosa nunca baixar as defesas (e que o diga Isobel, que não largou por um instante a cabeceira da “cousin Violet”, quando esta esteve doente).

Se há menos momentos memoráveis que possamos enunciar sobre esta personagem, tal deve-se somente ao facto da própria storyline da série se ter ressentido com a saída de algumas personagens. Ainda assim, que ninguém negue aquele ligeiro brilhozinho nos olhos que surge quando Maggie Smith entra em cena. Porque ser veterano da representação, com um percurso invejável e um currículo de interpretações tão extenso quanto memorável, não é para quem quer, é para quem pode. E quem pode, sabe como construir uma personagem que, mesmo sendo secundária, consegue, nem que seja por breves momentos,  roubar o protagonismo a todos em seu redor. Por isso e por muito mais, um solene agradecimento e uma firmada vénia são o mínimo que podemos apresentar àquela que provavelmente será uma das últimas personagens marcantes da carreira de Lady Maggie Smith.

 

3º – Fiona Gallagher (Emmy Rossum)

Shameless| 2011| Showtime (EUA)| FOX (Portugal)

fiona gallagher

Vivemos, mundialmente, em tempos de extrema dificuldade e frustração para os jovens, no que é referente a trabalho e às possibilidades de lançar certeiramente os dados rumo à independência. A partir de certa idade começa a ser esse o objectivo assente em tudo o que fazemos, porém, adaptação e precariedade já se tornaram termos comuns no vernáculo da juventude. E quem melhor que Fiona Gallagher, não só para personificar o estado de alma de milhões cuja capacidade de sonhar se tem vindo a esbater entre as brumas da memória, como para representar aqueles que, estando pior que nós, muitas vezes são alvo do nosso (in)voluntário esquecimento?

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Pois… se pensarmos bem acerca do assunto, provavelmente chegamos à conclusão que a força mental, o altruísmo e a maturidade precoce de Fiona são exemplos paradigmáticos de como uma pessoa ainda pode ter esperança em algo melhor, mesmo que a sua vida esteja imersa em convulsões familiares, sofrimento amoroso, prestes a afogar-se em debilidades financeiras e na infinitude de problemas legais que advêm para quem lidera e sustenta uma família no limiar da pobreza. É que com 23 anos, Fiona faz mais e melhor pela sua família que, porventura, muitas pessoas já em idade adulta – como os seus pais -, lutando por uma relativa qualidade e sanidade de vida para os seus irmãos, naquilo que é uma amostra do amor, preocupação e capacidade de sacrifício, por ela nunca recebidos, enquanto primogénita da mãe bipolar e do pai alcoólico.

Os episódios que englobam a ida dos serviços familiares à casa dos Gallagher depois de uma denúncia anónima, a posterior retenção de todos eles, à excepção de Fiona, ora em famílias de acolhimento, ora em associações de solidariedade social, mostram a fibra e garra de uma personagem pela qual torcemos e sofremos como se fosse connosco (e gostamos que ela nos faça sentir assim). E os que se seguem, até que esta descubra que a denúncia tinha sido feita pelo pai por mera vingança infantil, formam um buildup de personagem e trazem uma tensão para a série, culminando na cena – provavelmente a melhor da temporada a nível dramático – que prova o irresistível talento e  a imensa entrega de Emmy Rossum: a audiência no tribunal, na qual Frank se vê confrontado com todos os seus erros e falhas de carácter (demasiados para serem contados), apontados pela sua filha, que com essa autêntica epopeia de verdade obtém o título de guardiã legal dos seus irmãos, plenamente ciente do sacrifício que isso implica para a sua vida pessoal.

Shameless é uma dramédia que cultiva muito o nosso humor negro, fazendo-nos rir daquilo que muitas vezes, olhando para a realidade, não conseguimos. Até na deterioração gradual da relação de Fiona e Steve, que é reflexo de uma escrita focada na forma como os pormenores invisíveis são muitas vezes aquilo que corrompe uma relação amorosa, somos levados ao riso. O ex-líbris da série reside exactamente naqueles pequenos grandes momentos em que o nosso riso se desvanece, dando lugar à pura consternação. E esses são momentos que precisam do som e da fúria de alguém que encha o ecrã e nos faça esquecer as piadas; são momentos, portanto, raros; são momentos que só existem porque existe uma Fiona. 

 

3º – Sherlock Holmes (Benedict Cumberbatch) 

Sherlock| 2010| BBC (Reino Unido)| AXN (Portugal) *

sherlock

Aqui está a outra fabulosa personagem que também ocupa o elementar terceiro lugar deste Top MHD. É na Londres contemporânea, na morada que todos conhecemos na Baker Street, que surge uma das mais interessantes e mais bem concebidas personagens na televisão dos últimos anos: um Sherlock Holmes deliciosamente moderno, perspicaz e inteligente como sempre nos habituou, mas agora com características tão dissemelhantes do passado clássico. O britânico Benedict Cumberbatch – a fazer um pouco de si mesmo – é um vício para os nossos olhos de tão magnética performance que oferece. O seu Sherlock imprevisível – capaz de variar entre a mais simples frieza e a emoção mais extrema – demonstra que, quando o génio da criação de Sir Arthur Conan Doyle (recheada de arrogância e a anti-sociabilidade) se conjuga com pormenores marcadamente modernos, é possível criar um dos personagens mais amados da televisão contemporânea.

As deduções lógicas (sempre acompanhadas de um glorioso charme) são o seu grande trunfo e tornaram-se facilmente em objetos de fascínio por parte dos seguidores mais fiéis – e nós que ainda estamos aqui a tentar perceber como raio foi ele escapar do martírio emocional que foi “The Reichenbach Fall”.

É precisamente nesse derradeiro capítulo da segunda temporada que se percebe a complexidade da construção engenhosa de Benedict Cumberbatch: naquele momento, saber qual é o truque que se esconde por detrás da sua morte falaciosa é o menos importante. Porque por entre casos criminais difíceis de resolver, o bromance que partilha com o inteligente e fiel amigo Dr. Watson é a única coisa que importa salutar. No fundo, é nessa conexão com a personagem do sempre impecável Martin Freeman que Sherlock Holmes – apesar de sempre esperto e aparentemente invulnerável – descobre a sua falibilidade. A Máquina desvenda o seu grande mistério: há um Homem com coração que comanda as suas engrenagens. Holmes é um herói humanizado que toma consciência de que a sua felicidade não está só intrinsecamente ligada ao seu raciocínio indefetível, mas também depende fortemente da felicidade dos que o rodeiam. E neste ponto de vista, a interpretação de Cumberbatch é sublime. Ele é Sherlock Holmes.

 

2º – Tyrion Lannister (Peter Dinklage) **

Game of Thrones| 2011| HBO (EUA)| SyFy (Portugal) **

tyrion

Nesta posição temos o anão mais grandioso da história da televisão. Tyrion Lannister constitui, provavelmente, a personagem mais carismática que o universo de George R.R Martin já conheceu (e isto não é coisa simples de se afirmar). Num mundo de desonestidade, interesses e traições, Tyrion é das personagens mais atingidas por estes flagelos. No entanto, se é verdade que a sua personalidade foi formada por estas ações, mais verídico será referir que não são estas que comandam o comportamento do «Imp». Tyrion apresenta uma complexidade e tragédia levadas a cabo com uma competência que não estamos habituados a ver nos conteúdos televisivos nos dias que correm.

Odiado pela sua irmã por ter causado a morte da sua mãe, desprezado pelo seu pai pela mesma razão e pela sua disformidade, o anão leão encontra no seu irmão Jaime um ponto de compreensão. Com efeito, apesar da sua contraposição em termos físicos, os dois irmãos não poderiam ser mais almas gémeas. Se Jaime foi sempre idealizado por Tywin como seu herdeiro (apesar do primeiro nunca o ter desejado), tendo esse destino sido-lhe roubado através do seu ingresso na Guarda Real, Tyrion, que apenas fora poupado pelo pai à nascença por carregar sangue Lannister, sempre fez por merecer o seu lugar na família, sendo-lhe este constantemente negado.

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Perante um pai que mais se assemelha a seu padrasto e com uma vida que sempre lhe foi madrasta, esta seria uma das personagens com mais razões para ser traiçoeira. Ao invés (e pesem embora os seus prazeres algo boémios) , apresenta-se como alguém dotado de uma integridade avassaladora. Detentor de uma verdadeira «língua de prata», distribui verdades inconvenientes através de um discurso sarcástico avassalador. Simultaneamente, talvez por ter sofrido na pele a injustiça do pai, a dos cidadãos de King’s Landing, cujas vidas salvou, e de inúmeras outras pessoas com quem teve o (des)prazer de confraternizar, não arreda pé e protege aquilo e aqueles que são maltratados.

Peter Dinklage corporiza este lado de Tyrion de forma magistral ao longo da 3ª Temporada quando, deparado com a escolha fácil de abandonar a capital dos 7 Reinos após o oblívio a que fora votado no término da Batalha de Blackwater Bay, decide antes encarar pessoalmente o seu pai (que agora exerce o lugar que Tyrion já demonstrara ser seu por direito). A sua coragem, determinação e moralidade estão ainda mais presentes quando decide não abusar de Sansa e antes tentar compreendê-la e ajudá-la (dentro do possível na sua actual situação), na decorrência de um casamento forçado, para ambos.

Tyrion Lannister e Peter Dinklage são a prova perfeita de que as personagens mais trágicas podem também ser as mais sapientes e corretas e que, independentemente da estatura, «um leão conserva sempre as suas garras».

 

1º – Francis Underwood (Kevin Spacey)

House of Cards| 2013| Netflix (EUA)| TVSéries (Portugal)

frank underwood

E aí está, finalmente, a melhor personagem de 2013 para a MHD. Francis Underwood, o implacável congressista democrata (desprezando o clichê pelo estereótipo do republicano como corrupto), cuja história começamos rápida e insaciavelmente a acompanhar, mal este assume tacitamente uma posição vingativa contra o Presidente que ajudou a eleger, elaborando toda a linha da política externa da candidatura, e que não o ajudou quando foi eleito, descurando a promessa de o nomear para Secretário de Estado.

Logo na 1ª cena, Kevin Spacey já nos tinha aguçado o apetite, com uma das melhores apresentações de sempre de um protagonista de série, falando para a câmara como se nos estivesse a fitar nos olhos, mostrando como podemos esperar de tudo da sua pessoa, sem que ao mesmo tempo saibamos o que esperar da mesma. Possivelmente desde Tony Soprano que não surgia um protagonista tão nitidamente vilanesco, que marcasse tão lacónica e incisivamente o tom de uma série. Sim, porque desenganem-se aqueles que acham que esta série não é uma epopeia de um gangster ao mais alto nível institucional. É um pouco como disse Brecht: “do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem.”

Imbuído de imensa influência e poder na Câmara dos Representantes, na sua “responsabilidade” por assegurar a disciplina partidária em matérias de voto, Frank é visto pela nova administração como o trunfo nas negociações com o ramo legislativo. Por não quererem abdicar dos préstimos do seu whip (curiosamente um nome algo autoritário para um cargo político em Democracia) ante os demais congressistas que, à medida que a série avança, parecem não ter sido tão igualmente eleitos de forma democrática como ele, começamos a ver a personagem de Spacey como a metáfora alegórica da máxima orwelliana, de que “todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros”. O que torna essa característica tão empolgante é o perfeccionismo escrupuloso com que ele usa a sua ambição e posição para fazer exactamente o contrário do que lhe foi pedido pelo executivo do Presidente, movendo peças no xadrez que parecem não ter importânica nenhuma, mas que no final se entrelaçam todas minuciosamente, num plano com astúcia, engenho e genialidade tais, que se alguma vez fosse descoberto, só inferiorizaria o estatuto de Watergate como epíteto da fraude e conspiração.

O triângulo criativo de House of Cards, composto por David Fincher e Beau Willimon na base e Kevin Spacey no vértice, mostra que a Netflix fez uma das melhores apostas televisivas de sempre, por ter encomendado logo uma temporada inteira, ao invés de ter optado pelo sistema tradicional do piloto. Existe uma densidade narrativa ímpar nesta série, com um encadeamento e continuidade tão bem estruturados através das sucessivas explicações, reflexões e “traduções” de Frank para a câmara, que sentimos que estamos em constante diálogo com um protagonista que, apesar de toda a sua crueldade e amoralidade, poderia fazer um monólogo incessante sobre o que quer que fosse, pois no final teria sempre a nossa atenção. Quando Francis Underwood fala para a câmara, não é como se nos sentíssemos burros por ele trocar a linguagem da verborreia política “por miúdos”, pois o que ele faz é exactamente ler os pensamentos do espectador, estruturando frases que os resumem, ao mesmo tempo que deslindam um pouco mais das implicações das suas jogadas de retribuição política.

Acabamos, portanto, por nos sentirmos mais cultos, ao entendermos a magnitude e alcance dos jogos políticos actualmente, e o tipo de entretenimento que proporciona esse sentimento é impagável, por infelizmente não ser tão habitual. Simultaneamente, Frank deixa-nos inquietos e pensativos, com as suas acções a nutrirem-nos de um sentimento de impotência e descrença, face à perversidade das manobras políticas recorrentes em democracia. Será Frank a alegoria do mal corrupto que vem pelo bem democrático? É difícil responder, quando se trata de uma personagem que foi construída à imagem da natureza do poder, num mundo em que a maioria ainda pensa que o poder deriva da natureza dos homens.

 

* Texto escrito por Daniel Rodrigues
** Texto escrito por Rodrigo Mourão

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