As mais influentes e icónicas personagens femininas de Luc Besson

O cineasta francês Luc Besson regressa ao grande ecrã, uma vez mais sobre a alça de um dos filmes mais ambiciosos do género de ficção cientifica, para dar vida a Valerian, Laureline e à Cidade dos Mil Planetas.

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Esta semana marca a estreia de “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas”, a nova odisseia espacial, baseada na banda-desenhada de 1967 – “Valérian and Lauréline”. O projecto paixão do realizador chega ao grande ecrã com Dane DeHaan e Cara Delevingne nos papéis principais. Em particular, é a antiga super-modelo que traz um genuíno interesse aos cinéfilos apaixonados pelos clássicos “O Quinto Elemento” ou “Léon – O Profissional”, uma vez que terá preencher os pesados e largos sapatos das ‘mulheres’ de Luc Besson.

Iremos olhar para as personagens femininas mais importantes da rica filmografia do cineasta, incluindo personagens principais, assim como algumas pérolas secundárias que se tornaram ícones da cultura popular. Em último lugar, o foco será directamente ligado ao material de origem de Laureline e o que podemos esperar ver directamente da personagem em “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas”.

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Hélena — Subway (1985)

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Para compreender a essência da ‘mulher’ de Luc Besson, um tem de olhar para os primórdios da sua carreira. Em concreto para Hélena, a personagem de Isabelle Adjani, marcou o início da forte e independente personagem feminina presente nos filmes do realizador.

Sem propriamente etiqueta e rotulada uma esposa troféu a um membro da Mafia, Hélena demonstra que a submissão não é um traço da sua personalidade. Hélena vê-se metida na trama principal do filme, quando o seu marido gangster procura um rapaz responsável por roubar documentos da sua organização. Hélena apaixona-se pelo ladrão e acompanha-o numa aventura de refúgio nas estações de metro de Paris. Em último, o ladrão acaba morto pelo segurança do marido de Hélena, exactamente no momento em que realizava o seu estranho sonho de tocar numa banda.

Hélena é assim a primeira personagem rica da filmografia de Luc Besson. Não é a simples mulher bonita, é uma mulher rebelde, insatisfeita e frustrada. Por último não consegue impedir a morte do seu verdadeiro amor e dessa forma, foge ao cliché de mulher super-herói como traço “feminista”.



Nikita — La Femme Nikita (1990)

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O filme de acção do início da década de 90 é ainda agora um clássico para cinema no feminino. Anne Parillaud foi a primeira mulher de acção de Luc Besson, aliás foi em segredo a sua esposa durante a rodagem do filme. Irónico sendo Nikita a personagem de uma agente secreta.

Em “La Femme Nikita” a personagem evolui de uma drogada que causa a morte de um polícia, para uma criminosa condenada a trabalhar como assassina para o governo. No misto do seu trabalho, ela apaixona-se e junta-se com Marco, catalisando eventos onde a sua identidade secreta deve ser mantida. Obviamente uma personagem conturbada psicologicamente, mas que em último se torna icónica por ser uma assassina eximia e de invejar ainda agora actuais figuras de acção femininas.

O segredo está na fluidez de traços geralmente masculinos e femininos serem interpolados numa só pessoa. Nikita é duplamente interessante na sua jornada como a princesa apaixonada e a assassina sem coração.



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Mathilda — Léon: The Professional (1994)

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A imagem de uma infantil Natalie Portman é quase a capa imortal da primeira metade da década de 90. No papel de Mathilda em “Léon: The Professional” a jovem actriz mostrou todos os traços e mais alguns para uma carreira de sucesso e, mais de vinte anos depois, é esta a realidade de uma das mais completas artistas do nosso tempo.

Uma criança de 12 anos dificilmente se categoriza como uma ‘mulher’ de Luc Besson, mas para todos os que já viram o filme, Mathilda é possivelmente a mais interessante mulher em todo o cinema. A sua tragédia pessoal e respectiva evolução tornam-na numa letal assassina e cúmplice de assassinatos numa idade quase nunca prevista em filme, e é a sua relação com o mentor/figura paternal/ interesse estranho amoroso, Léon (Jean Reno) que nos cativa de início ao fim.

Sim, a relação pseudo-pedófila é uma coisa deste filme e não podemos esquecer o facto de uma criança de 12 anos, activamente tentar seduzir um homem nos seus 30. Mas é isto que temos quando se fala de Luc Besson, em duas palavras, irreverência e identidade no que toca ao mundo feminino.



Leeloo — O Quinto Elemento (1997)

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Luc Besson é de longe relembrado pelo seu papel no cinema de ficção cientifica graças ao “O Quinto Elemento”. Em voga de novo, duas décadas depois, graças à estreia e consequente comparação/influência em “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas”. É aqui que conhecemos Leeloo, a personagem interpretada por Mila Jovovich, que se tornou uma das principais mulheres de acção antes de o estatuto social do tempo presente forçar a isso.

Leeloo é uma mulher-criança, quase que imatura e ingénua, que serve como arma principal para proteger o planeta Terra. Uma combinação de uma super-inteligência, capaz de aprender 5.000 anos de história humana em poucos dias, e uma capacidade extra de conseguir se desviar de balas antes do “Matrix” tornar isso cool, tornam Leeloo a única pessoa capaz de utilizar um cabelo laranja e fazer sentido!

Directamente das palavras do cineasta francês: «Quando estava a trabalhar na personagem da Leeloo, a primeira sensação que todos tinham de um herói supremo, era um Exterminador ou um Stallone. Na minha mente achei que era tão engraçado o facto de ser uma mulher que nem conseguimos compreender a fala e que de certa forma se diverte no misto da sua missão. É o exacto oposto. Queria criar o exacto oposto do que o que as pessoas pensavam na altura.»

Conseguiu.



Lucy — Lucy (2014)

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Na maioria das personagens femininas de Luc Besson há sempre um misto de ingenuidade com uma super-habilidade e, em recente memória, ninguém incorporou melhor essa mescla do que Scarlett Johansson em “Lucy”.  O filme filosófico de acção e crime é um clássico moderno da ficção cientifica original e é a sua homónima personagem principal que transmite os ideais criativos do cineasta francês.

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Luc Besson mencionou a origem da ideia do filme, ligando-a a uma mulher aparentemente simples, que na realidade era uma professora que estudava cancro no núcleo celular. A sua surpresa levou-o a uma conversa de mais de três horas onde o fascínio pelo cérebro começou a crescer, e sete anos mais tarde, chega-nos a em último figura mais inteligente do universo – Lucy.

A premissa do filme é a mítica capacidade de 10% do nosso cérebro ser aumentada para captarmos habilidades incríveis. Lucy é forçada a um trabalho de transporte de drogas pelo então namorado e, acaba vítima de uma experiência com as mesmas que lhe desbloqueiam habilidades cerebrais. Procurando vingança e redenção, Lucy procura o traficante de droga culpado por tudo aquilo. A sua jornada levam-na ao desaparecimento no espaço e tempo, tornando-se mais do que uma pessoa, uma quasi-deusa, que compreende tudo e todos.

Quem é a mulher que não quer ter sempre razão numa discussão? Ninguém discute com a Lucy, disso é garantido.



Laureline — Valerian e a Cidade dos Mil Planetas (2017)

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Há imensas outras personagens que não mencionamos no artigo, mas as cinco escolhidas são mais do que suficientes para termos uma ideia do quão intrigante e emblemática Laureline se pode tornar. Cara Delevigne, depois do trabalho como Enchantress no “Esquadrão Suicida” tem a oportunidade agora de interpretar uma mulher polícia que é mais do que bonita e com boas intenções.

Laureline é para Luc Besson o seu primeiro amor. O cineasta francês revelou a sua paixão pela personagem em entrevista ao considerá-la uma figura de espírito-livre e badass. Mais icónico se torna esta paixão quando pensamos que provavelmente começou em 1969, e que poderá ter tornado Laureline a primeira ‘mulher’ de Luc Besson e a figura de inspiração para as suas icónicas personagens já mencionadas.

Na banda-desenhada original até o seu romance com Valérian é uma personificação moderna daquilo que muitos de nós actualmente vive. O casal discute, separa-se, eventualmente conhecem outras pessoas e voltam a reunir-se no futuro. Um pouco como uma novela ou uma genérica romcom, mas que na altura em que foi lançado (1967) era certamente um choque social.

A crítica internacional parece universalmente ter adorado a performance de Cara Delevingne e, também por essa razão, não poderíamos estar mais entusiasmados para saber se a sua personagem merece um definitivo lugar na nossa lista.


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