Velas Negras T1 | Primeiras Impressões

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  • Título Original: Black Sails
  • Produtores: Starz
  • Criadores: Robert Levine, Jonathan E. Steinberg
  • Elenco: Toby Stephens, Hannah New, Luke Arnold, Zach MacGowan, Clara Paget, Mark Ryan
  • Género: Ação, Aventura, Drama
  • 2014 | EUA | AXN HD | Quarta-Feira | 22:20

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“No matter the struggle, no matter the cost…I´m gonna make you the princes of the New World.”

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Já todos ouviram falar do excêntrico pirata mais famoso das Caraíbas, o capitão Jack Sparrow, certo? Pois bem, esqueçam tudo o que viram no passado mais recente. “Velas Negras“, será porventura, um retrato fiel da história da pirataria em alto mar, e o que de mais vil e sangrento existiu naquela época de grandes batalhas, saques e tesouros. Com a visão vanguardista de Michael Bay e o dedo “explosivo” de Neil Marshall, os criadores da série juntaram-se à Starz nesta produção de altíssimo gabarito.

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Inspirada na obra de Robert Louis Stevenson “A Ilha do Tesouro”, esta prequela volta a invocar Flint (Toby Stephens), o lendário e impiedoso capitão do Walgur. Caído em descrédito junto da sua tripulação, o famoso capitão tenta recuperar o respeito dos seus homens, depois de várias pilhagens e saques sem glória. E com a cabeça a prémio, há quem esteja disposto a derramar sangue para ocupar o seu lugar ao leme, não fosse Singleton (Anthony Bishop) o calmeirão ideal para o serviço. Mas Flint, tem um truque na manga, uma carta valiosa que pode valer cinco milhões de dólares espanhóis.

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Temos de admitir, Flint é um pirata com a artilharia toda no sítio e, o ator que lhe dá vida, tem de ser igualmente congratulado por isso. Toby Stephens é memorável. A sua personagem entra em cena algo discreta, mas rapidamente, quase sem darmos conta, muda para um registo agressivo e intenso de cortar a respiração. A partir deste volte-face emocional, é vê-lo a liderar o seu próprio destino, pisando os calcanhares das pessoas certas, intimidando quem precisa de um incentivo extra, comprando a lealdade que lhe garanta a sobrevivência. Para tal, Flint vai depositar toda a fé no contramestre e seu fiel amigo Gates (Mark Ryan), que não é só um dos homens mais respeitados em todo o convés do seu navio, como o garante dos seus empreendimentos.

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Mas nem só com Flints sopram as velas negras, sobretudo quando se trata de ressuscitar outra figura tão carismática como John Silver (Luke Arnold), o charlatão dos charlatões que não perde uma oportunidade para dar uma tacada de mestre. Astuto e observador, Silver não terá dificuldades em imiscuir-se na tripulação do Walgur e minar os planos do seu capitão. Aqui, começamos a detetar as primeiras derivações da plot, fazendo convergir o meio para atingir um fim díspar. Luke, é por estas alturas um jovem ator em ascenção, e merece todos os “Kudos” pela sua formidável capacidade de representação. O seu carisma e eloquência, serão trunfos para se movimentar nos bastidores, traduzindo as nuances da sua personalidade distinta em táticas de abordagem convenientes.

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E as mulheres de arregalar o olho também existem, e não se deixam pisar pelo machismo das tascas. Basta colocarmos a vista em Eleanor Guthrie (Hannah New), a destemida filha do comerciante mais rico de todo o mercado negro das Bahamas, e o fornecedor de eleição de várias tripulações em New Providence. Eleanor, é a gerente de uma taberna muito bem frequentada na rua principal de Nassau, e todas as negociatas da ilha têm forçosamente de passar pelas suas mãos delicadas. De facto, Hannah é uma lufada de ar novo no meio daquele antro de testosterona delinquente, toureando com determinação e ferocidade. Uma nota de destaque para Vane (Zach MacGowan), que promete aquecer as hostes com a sua vaidade, sem esquecer a sua misteriosa escudeira Anne Bonny (Clara Paget), assassina piscótica de profissão.

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Velas Negras“, é cativante pelas suas vistas paradisíacas, indumentárias coloridas e intimidantes, ousadia do elenco que vive e respira com autenticidade esta vida perigosa de forasteiro. Não reinventa a fórmula pirata, mas introduz substrato suficiente para ludibriar a audência, que adora boas histórias de aventuras rocambolescas com muita adrenalina e paixões assolapadas. E para nos guiar nesta maré de grandes tesouros e conquistas, nada mais apropriado que uma harmónica e um “Aye Aye Captain” de Bear McCreary, o conceituado compositor musical de Hollywood.

P.S – Sailors, it´s time to set sail…

MS

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