10 filmes (alternativos) para ver neste Natal
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Porque o Natal não é só família, felicidade e bolo-rei mas também… monstros e membros decepados, a Magazine.HD traz-te uma seleção MUITO especial de clássicos de Natal mais… diferentes!
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Com o Natal cada vez mais próximo, começa a sentir-se no ar aquele espírito tão singular desta época do ano que tem a particularidade de pelo menos tentar tornar-nos um pouco mais tolerantes, amáveis, bondosos e, no fundo, um pouco mais humanos.
Na televisão começam já a passar os filmes do costume: alguns são clássicos de qualidade, outros nem por isso. Mas a verdade é que muitos de nós já estamos fartos das típicas histórias de Natal, com a sua face sempre lamechas e com falta de uns bons abanões. Substituindo os coros inocentes, os animais falantes, os anjinhos e o pai Natal bondoso entram as comédias negras, os slashers, o pai Natal embriagado e as orgias.
Hoje a Magazine.HD traz-vos 10 clássicos de Natal alternativos para apreciar nesta época única do ano. Como diria o nosso amigo Darth Vader: welcome to the dark side.
Bad Santa – O Anti-Pai Natal (2003)
Era uma vez…: Um homem que odiava crianças mas que todos os anos se vestia de Pai Natal para assaltar centros comerciais. Fielmente acompanhado por Marcus – que para efeitos Lapónicos é um elfo – Willie Strokes planeia desta feita atacar Phoenix, tarefa essa que se vê muito complicada face ao aparecimento de um conjunto muito peculiar de personagens.
Porque não podem mesmo perder: A interpretação de Billy Bob Thornton de um Pai Natal bêbado pode não ser a representação mais convencional do velhote de barbas brancas da Lapónia, mas Bad Santa tem momentos de comédia profana do mais alto nível. Este é um filme que consegue a imensa proeza de ser divertido, cruel, desesperançado e inspirador simultaneamente. Olhando o Natal de uma perspectiva diferente, quem diria que este se tornaria um clássico tão especial?
Uma frase para a consoada… ou não: “I’m an eating, drinking, sh*tting, f*cking Santy Claus.”
Silent Night, Deadly Night (1984)
Era uma vez…: Um menino que, depois de ver os pais serem mortos por um homem vestido de Pai Natal, cresce para se tornar um psicopata que aproveita a época natalícia para fazer as suas vítimas.
Porque não podem mesmo perder: Para já, o poster é dos mais capazes, ostentando uma pessoa vestida de Pai Natal a entrar numa chaminé com um machado na mão. Depois, é uma das sagas de terror natalício mais acariciadas de sempre – um fenómeno de culto muito interessante tendo em conta que foi um dos filmes mais controversos dos anos 80, sendo arrasado pelos críticos e vendo a exibição proibida em vários países. Não nos digam que não ficaram curiosos.
Uma frase para a consoada… ou não: “Santy Claus only brings presents to them that’s been good all year. All the other ones, all the naughty ones, he punishes! What about you, boy? You been good all year?”
Assalto ao Arranha-Céus (1988)
Era uma vez…: Um detective de Nova Iorque chamado John McClane que viaja para Los Angeles para se encontrar com a mulher, Holly. O problema é que, ao chegar ao prédio onde ela trabalha, McClane dá-se conta que o edifício foi invadido por terroristas.
Porque não podem mesmo perder: Die Hard é um dos reis dos filmes alternativos de Natal. Se pudesse, acreditamos que John McClane ocuparia o seu tempo a cantar canções de Natal e a embrulhar presentes, mas o homem está a braços com uma dúzia de terroristas que lhe querem fazer a vida negra., mas que ele deita abaixo um a um, com muita classe e cheio de espírito natalício. Alan Rickman tornou-se aqui um dos maiores e mais carismáticos vilões da sétima arte e o Bruce Willis a massacrar malvadões no Natal já se tornou um must desta época para muito boa gente e põe os mais entusiastas a desejar fazer uma viagenzinha à Primark para comprar um colete à McClane. Se ainda não estão convencidos, esta é uma excelente oportunidade para verem Bruce Willis com cabelo.
Uma frase para a consoada … ou não: “Yippee kai yay motherf*cker!”
Black Christmas (1974)
Era uma vez…: Um grupo de raparigas de uma fraternidade que, entre planos natalícios, começam a ser incomodadas por uma série de chamadas anónimas. Quando uma delas desaparece, as outras tentam contactar a polícia, que acaba por não ligar muito ao caso até uma menina de 13 anos aparecer morta no parque. Com uma escuta no telefone da fraternidade, conseguiram eles chegar ao assassino antes que seja tarde de mais?
Porque não podem mesmo perder: Black Christmas é baseado numa série de homicídios real que se deu no Quebec durante o Natal. O filme tem por trás de si um culto bastante respeitável e justificado: foi um dos primeiros slasher films a serem lançados, servindo de inspiração e rascunho para grandes clássicos do terror, como Friday the 13th ou Halloween. E o assassino é uma pessoa com princípios; liga sempre antes de matar. Ah, e vamos ignorar o remake de 2006, está bem?
Uma frase para a consoada… ou não: “Let me lick your pretty piggy c*nt!”
Isto (Não) é um Rapto (1994)
Era uma vez…: Um ladrão mal-sucedido e com pouca sorte que depois de um assalto falhado resolve tomar como refém a família Chasseur. Além dos patriarcas terem um relacionamento infernal e um filho completamente demoníaco, ainda têm uma resma de parentes deploráveis.
Porque não podem mesmo perder: Vamos lá ser honestos. O Natal é uma época de reunião e união familiar, tudo bem. Mas também é um potencial lança-discussões com tanto familiar junto ou não? Também faz parte do espírito natalício. É nessa senda que surge The Ref, uma comédia onde um ladrão acaba por ser a vítima da história. O argumento é inteligente, o casting foi inspiradíssimo (sim, aquele é o Kevin Spacey…), e o ritmo do filme é glorioso, saltitando de tirada em tirada num humor negro delicioso. A única coisa que não percebemos é esta: porque é que tanta gente nunca ouviu sequer falar deste filme?
Uma frase para a consoada… ou não: “From now on, the only person who gets to yell is me. Why? Because I have a gun. People with guns get to do whatever they want. Married people without guns – for instance, you – DO NOT get to yell. Why? NO GUNS! No guns, no yelling. See? Simple little equation“.
Gremlins – O Pequeno Monstro (1984)
Era uma vez…: Um rapaz que quebra as três maiores regras relacionadas com o seu novo animal de estimação, acabando por libertar inadvertidamente uma horda de monstros que infernizarão uma pequena cidade.
Porque não podem mesmo perder: Entre as escolhas mais alternativas de títulos de Natal, Gremlins acaba por ser um dos mais óbvios, mas também um dos mais queridos. Curiosamente, foi lançado no Verão de 1984, por receio do estúdio que fosse um flop, uma preocupação que se revelou infundada perante um dos grandes sucessos de box-office do ano, a par de Ghostbusters. Numa mistura desvairada entre violência, diversão e medo, estas criaturas verdes oferecem-nos uma desordem abominavelmente caótica. Entre explosões de pequenos monstrinhos em micro-ondas e velhotas atiradas pela janela, os Gremlins arranjam um tempinho para se reunir e ver a Branca de Neve e os Sete Anões.
Uma frase para a consoada … ou não: “Bright light! Bright light!”
De Olhos Bem Fechados (1999)
Era uma vez…: Um médico nova-iorquino que transforma uma fatídica noite de Inverno numa busca erótica que ameaça o seu casamento – e que pode levar, inclusive, a ser relacionado com um misterioso e sinistro assassínio – depois de a sua mulher ter admitido uma atracção erótica por outro homem.
Porque não podem mesmo perder: Talvez um dos mais singulares filmes desta lista, a última obra de Stanley Kubrick passa-se na época natalícia, o que ainda torna todos os seus temas ainda mais bizarros. Pelo que conhecemos de Kubrick, o facto de colocar uma árvore de Natal em virtualmente (quase) todas as cenas pode ser uma boa forma de nos relembrar que, mesmo no ambiente mais cheio de espírito de união e humanidade, o homem é capaz de fazer das piores coisas. Mas esta era a parte em que tinhamos de vos convencer não era? Bom, além das orgias, dos nus, do macabro… é Kubrick, caros amigos.
Uma frase para a consoada… ou não: “So, because I’m a beautiful woman, the only reason any man wants to talk to me is because he wants to f*ck me? Is that what you’re saying?”
Kiss Kiss Bang Bang (2005)
Era uma vez…: Um ladrão de segunda que é levado para Los Angeles para uma audição para o papel de um detective. Nesta tarefa ele é ajudado por um verdadeiro investigador particular gay e vai tentar convencer a rapariga dos seus sonhos que é realmente o que diz que é – um detective… Se isto não fosse já complicado o suficiente, acrescentem-se ainda os cadáveres que começam a aparecer quando a vida no grande ecrã se transforma em brutal realidade.
Porque não podem mesmo perder: Kiss Kiss, Bang Bang está cheio de humor satírico, uma meta-narração divertidíssima e tem um enredo complexo, além de que Robert Downey Jr e Val Kimer parece que foram feitos um para o outro. É verdade, tirando a fatiota de Michelle Monaghan e alguns vislumbres fugazes, não é assim muito natalício, mas chega, sobretudo para aqueles que não gostam do típico filme de Natal. Shane Black escreve e realiza este inteligente thriller que mistura o melhor do humor com traços do film noir mais violento. O Pulp Fction do séc. XXI. Kind of.
Uma frase para a consoada… ou não: “It’s hard to believe it was just last Christmas that Harmony and I changed the world. And we didn’t mean to and it didn’t last long. You know a thing like that can’t”.
A Vida de Brian (1979)
Era uma vez… um Homem que na Judeia no ano 33 DC se torna um messias devido a um conjunto de situações completamente absurdas.
Porque não podem mesmo perder: O real significado do Natal não se vê raras vezes esquecido, por essa razão revelou-se imperativa a inclusão na lista um título que ilustre a origem e verdadeiro sentido da celebração – o início da vida de Jesus Cristo. E quem melhor para o fazer do que os Monty Python? Satírico, crítico e absolutamente non-sense!
Uma frase para a consoada… ou não: “There’s no Messiah in here. There’s a mess all right, but no Messiah. Now go away!”
Rare Exports: A Christmas Tale (2010)
Era uma vez… uma escavação arqueológica que descobre o Pai Natal. Só é pena que mate crianças, e que tenha duendes malvados capazes de tudo para o salvar em situações de aperto.
Porque não podem mesmo perder: O filme finlandês explora a mitologia do Pai Natal, olhando para as lendas que o descreviam mais como uma aberração com apetência para castigar crianças malcomportadas, do que propriamente um velhote simpático que dava prendas às que se portavam bem. É um filme de monstros violento com passagens de comédia negra, bem embrulhado em papel festivo. Brilhante e bastante… escandinavo. Ho, ho ho!
Uma frase para a consoada… ou não: “The real Santa whips naughty children to death”.
Já viste algum destes filmes? Qual é o teu “clássico alternativo” de Natal favorito?
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