70º Festival de Berlim: O Urso de Ouro Foi para o Diabo
O filme iraniano ‘There is no Evil’, de Mohammad Rasoulouf apresentado ainda ontem na competição ganhou o Urso de Ouro 2020.
‘There is no Evil’, são quatro histórias aparentemente cruzadas e filmadas na clandestinidade pelo iraniano Mohammad Rasoulouf (‘Um Homem Íntegro’), sobre a fuga e a repressão política que leva à pena de morte de alguns dissidentes do regime dos aytholas. Curiosamente foi último filme apresentado ontem na competição da 70ª Berlinale e o realizador não esteve presente em Berlim, porque está impedido de sair do seu país por razões políticas.
Por isso não deixa de constituir uma surpresa, quando pelo menos metade da crítica, já tinha deixado o Festival. O júri oficial constituído por Jeremy Irons (Presidente), Bérénice Bejo, Bettina Brokemper, Annemarie Jacir, Kenneth Lonergan, Luca Marinelli, Kleber Mendonça Filho, atribuíram os seguintes prémios e fica aqui a lista de vencedores da competição principal:
URSO DE OURO PARA MELHOR FILM (entregue aos produtores, na ausência forçada do realizador)
Sheytan vojud nadarad |There Is No Evil | Es gibt kein Böses, de Mohammad Rasoulof, produzido Mohammad Rasoulof, Kaveh Farnam, Farzad Pak
GRANDE PRÉMIO DO JÚRI
Never Rarely Sometimes Always
de Eliza Hittman
MELHOR REALIZADOR
Hong Sangsoo por
Domangchin yeoja (The Woman Who Ran | Die Frau, die rannte)
MELHOR ACTRIZ
Paula Beer em
Undine de Christian Petzold
MELHOR ACTOR
Elio Germano em
Volevo nascondermi (Hidden Away) de Giorgio Diritti
MELHOR ARGUMENTO: Irmãos D’Innocenzo por Favolacce (Bad Tales) dos Irmãos D’Innocenzo
MELHOR CONTRIBUÍÇAO ARTISTICA: Jürgen Jürges para a direcção de fotografia em
DAU. Natasha de Ilya Khrzhanovskiy, Jekaterina Oertel
URSO DE PRATA — 70ª BERLINALE: Effacer l’historique | Delete History , de Benoît Delépine, Gustave Kervern
JVM (em Berlim)