The Hunger Games | O estilo de Coin, Paylor e Lyme
<<O Distrito 13 e um casamento | Snow e a opulência do Capitólio>>
Na revolta titular do último filme da saga Hunger Games, as principais figuras são mulheres. Três delas poderiam ser facilmente descritas como uma tirana, uma líder benevolente e uma guerreira.
O epítome do utilitarismo acinzentado do Distrito 13 é a sua temível líder, Alma Coin, interpretada por Julianne Moore. A presidente da revolta, de intenções assustadoramente totalitaristas, é uma visão de traços retilíneos e severos. As suas roupas são quase desnudas de detalhes decorativos, e a austeridade que a imagem de Coin transmite é inegável. No entanto, quando o poder desta líder se solidifica perto do final de The Hunger Games: A Revolta – Parte 2, a sua aparência sofre uma precisa mutação.
Longe do pragmatismo dos seus simples uniformes enquanto presidente do Distrito 13, quando Coin se apresenta como governante suprema de Panem ela é uma figura de ameaçadora grandiosidade. Vestida em completo cinzento, de saltos, uma dramática capa e com um corte de cabelo novo, Coin deixa de ser um símbolo de liberdade para passar a ser uma clara visão de poder individual sobre a população.
Há algo de gélido na cuidadosamente construída aparência de Coin, e isso deve-se tanto à severidade do corte e dos acabamentos como à tonalidade de cinza usado nos seus figurinos. Compare-se Coin com a Comandante Paylor, por exemplo. Ambas vestem roupas práticas e cinzentas, mas enquanto a personagem de Moore é uma fria imagem de cinzento levemente azulado, Paylor é uma confiante visão de cinza acastanhada e reconfortante.
Paylor veste-se em tons modestos e terrenos, estabelecendo-se como uma alternativa moderada e racional ao extremismo perigoso de Coin. Para além disso, as suas roupas são notoriamente confortáveis e práticas sem caírem em severidade ostentosa.
Lê Também: Gwendoline (Brienne) Christie substitui Lily Rabe em “Hunger Games: Mockingjay Part 2”
A terceira grande figura feminina da revolta, sem contar com o mimo-gaio, é a Comandante Lyme interpretada por Gwendoline Christie, a Brienne de Guerra dos Tronos. Ela apenas aparece numa cena, mas a presença de Christie é difícil de ignorar. Curiosamente, ao contrário de almejarem a um estilo militarizado e agressivo, Kurt e Bart vestem a atriz em grosseira pele de ovelha e numa silhueta relativamente suave. Em comparação com as arestas vivas de Coin, Lyme e Paylor transmitem uma atrativa integridade que inspira confiança e lealdade, ao contrário de medo e temeroso respeito.
<<O Distrito 13 e um casamento | Snow e a opulência do Capitólio>>
Pingback:BioShock, da Netflix, ganha realizador – Koala Cinza