Benson Boone foi o verdadeiro protagonista do primeiro dia do NOS Alive 2025 (e Olivia Rodrigo desapontou)
NOS Alive 2025 arrancou a meio da semana mas com o pé direito. Assim sendo o público não deixou a festa cair num primeiro dia cheio de surpresas (e algumas desilusões).
Começou mais uma edição do NOS Alive, e com ela voltou a energia que transforma o Passeio Marítimo de Algés num dos maiores palcos de música da Europa. O primeiro dia de festival, que decorreu esta quinta-feira, 10 de julho, foi marcado por uma afluência tímida nas primeiras horas, muito por culpa do calendário: arrancar a meio da semana não ajuda a criar o impacto esperado. Ainda assim, quem veio, veio para fazer a festa (e rija).
A chegada do público fez-se a conta-gotas. Só ao final da tarde, depois da hora de expediente, é que o recinto começou a encher. O ambiente, porém, não perdeu força. As filas voltaram a formar-se junto aos brindes, às bancas de comida e, claro, aos palcos.
Marcas repetentes da edição passada regressaram com ativações renovadas e desafios interativos, mantendo a fasquia elevada na experiência fora do alinhamento musical. Além disso, a um lado positivo a reter também e que deve prolongar-se nos restantes dias – o calor deu tréguas. Com temperaturas não superiores a 28ºC e por vezes com nuvens, não podia estar melhor tempo para estar num recinto de festival.
Como é habitual, a rua do logo ao lado esquerdo da entrada principal é perfeita para ir comprar merchendise. Assim sendo, passei por lá para apanhar mais uns Funko Pop’s para a coleção! E quase que não conseguir resistir a um vinil! Mas ainda era cedo e tinha a Olivia Rodrigo para ver logo à noite.
NOS Alive vibrou com a energia de Benson Boone
No Palco NOS, Mark Ambor abriu as hostes e mostraram porque foi para o palco principal. A atuação foi segura, enérgica e tecnicamente irrepreensível, e mesmo assim teve uma plateia mais densa logo de início, a sua conhecida música “Belong Together” chamou todo o recinto.
Seguiu-se uma das atuações mais surpreendentes do dia (senão a melhor): Benson Boone, tomou conta do Palco NOS com uma presença arrebatadora que deixou muitos boquiabertos. Pegou no público e soube entreter, com músicas, saltos mortais e umas palavrinhas de português. Qual é que é o português que não gosta de ouvir “Portugaaaal” num outro qualquer sotaque? O jovem artista norte-americano, um dos maiores nomes da música atual, não sabia parar quieto e o público acompanhou – todos os seus pedidos eram ordens.
Logo a seguir Noah Kahan chegava à onda do seu popular tema “Stick Season”, que ecoa pelas rádios portuguesas com frequência. O artista norte-americano teve uma performance sólida mas era impossível bater o elétrico Benson.
Já o Palco Heineken continua a surpreender. Para muitos, é o palco com melhor programação do festival. Nesse sentido, já passaram por lá nomes como Jain, Khalid, Jorja Smith, Parcels, entre outros. Assim sendo começou com Bad Nerves, a partir a loiça toda. No entanto os Glass Animals foram a jóia da coroa, uma performance que cheirava a palco principal.
Concertos incríveis a meio da semana é sempre difícil
Mais tarde (e meto mais tarde nisso, visto que se atrasou 20 minutos), Olivia Rodrigo trouxe um momento mais sentimental ao festival, em contraste com a energia eletrificante de Benson Boone, que conseguiu levantar até os mais distraídos. Num registo completamente diferente, até em comparação à sua performance no MEO Arena no ano passado, a artista norte-americana cumpriu mas não deslumbrou como se esperava. Ainda assim, o público delirou, visto que grande parte da plateia presente estava lá para ouvir as suas melhores músicas.
O encerramento do primeiro dia ficou nas mãos de Nathy Peluso, que apesar da hora tardia, conseguiu manter o público agarrado até ao último acorde. No entanto, há um reparo a fazer, porque dar esta hora, neste dia de semana, a esta artista incrível? Se fosse na sexta-feira, seria bem melhor.
O segundo dia promete mas não está esgotado
A noite terminou com um misto de nostalgia, descobertas e promessas para os dias que se seguem. O segundo dia traz nomes como Justice, Finneas, St. Vincent, entre outros, que prometem mais um grande dia. No entanto um dos nomes mais esperados é Girl in Red, que passou em 2024 pelo Palco Heineken.
Conseguiste bilhete para o primeiro dia? Vais aos outros dias?