NOS Alive 22 | A sensualidade de Jorja Smith
É outra repetente do NOS Alive 22. Depois de 2019, Jorja Smith passou do Palco Heineiken para o Palco NOS. Será que atingiu as expectativas?
É a cantora mais nova do Palco NOS, com apenas 25 anos. Apesar disso, Jorja Smith conta com vários sucessos, desde “Blue Lights” até “Teenage Fantasy“. Dentro dos géneros musicais soul e R&B, a cantora começou a ganhar notoriedade cedo, também devido à sua potente voz. Igualmente, não é a primeira vez que a cantora atua no Passeio Marítimo de Algés. Em 2019, a cantora estreou-se no Palco Heineken, com o recinto cheio, e quem não conseguia entrar, ficou a ver no ecrã fora do palco. Ou seja, foi um dos melhores concertos dessa edição. Por isso, a evolução é normal, a transição do Palco Heinkein para o Placo NOS. Mas ligado à mudança, as exigências são maiores. O público espera mais da cantora, mas será que a Jorja Smith esteve à altura das expectativas?

O público ansiava pelo regresso da Jorja Smith, queriam sentir uma vez mais o que aconteceu em 2019. Por isso, as pessoas estavam de braços abertos para receberem as suas músicas e a sua energia. A cantora apresentou-se sem receios, com uma indumentária digna da sua personalidade, de quem não tem medo de mostrar o que é. Sobre o início do concerto, começou com uma das músicas mais conhecidas, “Teenage Fantasy”. Portanto, logo a partir do primeiro segundo, a cantora já tinha a atenção do público (e o entusiasmo). Com um ritmo suave, as batidas invadiam o recinto, que se traduzia com danças calmas. Igualmente, maioria do público sabia a letra toda. O concerto prosseguia, e adivinhava-se um início de noite prometedor, antes do concerto de Florence and The Machine. Contudo, um dos momentos altos do concerto, foi o cover de uma música de Amy Winehouse, “Stronger Than Me”. Era óbvio que o público não estava a espera da música, e quando aperceberam-se do que se tratava, era palpável o entusiasmo.
Antes de chegar às canções mais conhecidas, houve tempo para dois momentos caricatos, em que um foi resultado do outro. Ou seja, no final de uma das músicas, a extensão do cabelo da cantora teve a infelicidade de cair, que obrigou à saída do palco por breves momentos. Com o público cada vez mais impaciente, coube à banda da Jorja Smith animar o recinto. O grande destaque foi o guitarrista, com um solo eletrizante, que lhe valeu diversos aplausos. No entanto, teve o percalço de partir uma corda da guitarra, mas a situação foi resolvida com uma troca por outra guitarra.

Aproximava-se o final do concerto, e começavam a surgir luzes azuis. Ou seja, a próxima música seria “Blue Lights”. O público continuou com a mesma energia, também devido à pouca interatividade da Jorja Smith, apesar da excelente performance. Contudo, foi a última canção que “explodiu” o recinto, com “On my Mind”, que teve direito a duas versões. A primeira num ritmo calmo, criou ansiedade entre o público, dado que a música pede movimento, muito movimento. Por isso, chega a segunda versão, e aí o ritmo era o que todos estavam a espera. Todos libertaram-se, e em cada pessoa era possível observar que sentiam a música.
Apesar da excelente performance, faltou o “toque final” ao concerto. Em certa medida, o ambiente intimista de um palco mais pequeno era essencial para uma cantora como a Jorja Smith. Apesar disso, conseguiu atingir as expectativas do público, e até teve tempo para surpreender.