The Good Dinosaur | Uma viagem pré-histórica pela amizade
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A cerca de um mês da estreia, descobre mais sobre os bastidores da fascinante “Viagem de Arlo”, com as notas de produção do filme.
“The Good Dinosaur” (“A Viagem de Arlo”) da Disney*Pixar faz a pergunta: Como seria se o asteroide que mudou para sempre a vida na Terra, falhasse completamente o planeta e os dinossauros gigantes nunca tivessem sido extintos? E, partindo dessa premissa, assim começa uma aventura épica pelo mundo dos dinossauros onde um Apatossauro chamado Arlo faz um amigo humano improvável.
Vê também: A Viagem de Arlo | Novo trailer
“The Good Dinosaur” tem como realizador Peter Sohn (que trabalhou como animador em filmes como “Ratatouille”, “The Incredibles”, “Finding Nemo” e “Brave” e John Lasseter, Lee Unkrich e Andrew Stanton como produtores executivos. Com ideia original e desenvolvimento de Bob Peterson, o filme conta uma história de Sohn, Erik Benson, Meg LeFauve, Kelsey Mann e Peterson, e com guião de LeFauve. A música está a cargo do compositor vencedor de um Prémio da Academia®, Mychael Danna (“A Vida de Pi”) e do compositor nomeado para um Emmy®, Jeff Danna (“Tyrant”).
Na versão original do filme, o elenco de vozes inclui Jeffrey Wright (“The Hunger Games: A Revolta” – parte I & II, “Boardwalk Empire” da HBO) como o pai sábio de Arlo, Frances McDormand (“Olive Kitteridge” e “Fargo” da HBO) como a mãe corajosa, Marcus Scribner (“black•ish” da ABC) como o irmão Buck, Raymond Ochoa (“The Night Shift” da NBC”,Rizzoli & Isles” da TNT, “Um Conto de Natal da Disney”) como Arlo, Jack Bright (“Monstros: A Universidade”) como Spot, Steve Zahn (“Captain Fantastic”, “Ridiculous Six”, “Rescue Dawn – Espírito Indomável”, “Mad Dogs”) como um pterodáctilo destemido chamado Thunderclap, AJ Buckley (“Murder in the First” da TNT, “Justified” da FX) como o adolescente T-Rex Nash, Anna Paquin (“True Blood” da HBO) como a irmã obstinada de Nash, Ramsey e Sam Elliott (“Justified” da FX, “I’ll See You In My Dreams”, “Grandma”) como o T-Rex patriarca Butch.
“The Good Dinosaur” assinala, também, a primeira vez em a Pixar lança dois filmes no mesmo ano.
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A HISTÓRIA DO “MENINO” E DO “CÃO”
O laço entre o dinossauro e o menino humano conduz a uma incrível viagem até casa
Num mundo em que os dinossauros nunca se extinguiram e os humanos permanecem num estado selvagem, “The Good Dinosaur” apresenta uma história simples e de fácil ligação. “É mesmo uma história sobre crescer”, diz o realizador Peter Sohn.
“Desde o momento em que nasceu, Arlo tem medo do mundo”, diz o realizador Peter Sohn. “É divertido, carinhoso e determinado; tem muita vontade de ajudar a sua família. Mas está assustado. Os seus medos fazem-no recuar”.
“Arlo é jovem e vulnerável”, diz o director de arte de personagens, Matt Nolte. “É muito inseguro de si e quisemos mostrar isso na sua aparência”. Os seus irmãos, a irmã Libby e o irmão Buck, são maiores que Arlo desde o início. O trabalho e as tarefas da quinta parecem mais fáceis para eles, o que faz com que as incapacidades de Arlo se destaquem mais.
O seu pai, Poppa, está sempre presente para ele, encorajando Arlo a sair da zona de conforto e a enfrentar os seus medos, para deixar a sua marca. “Poppa é poderoso e capaz (…) Possui a postura perfeita e caminha em linha reta — sabe para onde vai — enquanto Arlo anda aos ziguezagues”, acrescenta Matt.
Arlo quer impressionar a sua família desesperadamente, mas falha consecutivamente…
Quando Arlo é encarregue de capturar uma criatura que está a comer a comida que armazenaram para o inverno, o jovem Apatossauro tem a possibilidade de mostrar o seu valor. Mas no fim, não consegue fazê-lo. Não consegue matar a criatura que capturou, libertando-a, para grande deceção do pai. Posteriormente, a lição complicada de Poppa torna-se trágica e Arlo tem de lidar com as dificuldades. Perdido e longe de casa, Arlo encontra um aliado inesperado que aparece e lhe dá a mão.
“Spot é mesmo o oposto de Arlo”, diz o supervisor da história Kelsey Mann. “É incrivelmente corajoso, persistente e criativo. Tem estado no mundo selvagem toda a sua vida. Assim, Arlo é obrigado a apoiar-se em Spot.”
Os amigos improváveis embarcam numa viagem memorável por espaços deslumbrantes e inesquecíveis, num esforço de levar Arlo até casa. Ao longo do caminho, encontram uma série de personagens intrigantes, incluindo uma família de T-Rex’s. De acordo com Kelsey, são uma espécie de dinossauros cowboys. “São agricultores – calmos, intimidantes, fortes e enormes. Têm um papel importante ao conseguirem abrir os olhos de Arlo em relação aos seus medos”.
Para Peter Sohn, “The Good Dinossaur” é muito simples: “É a história de um menino e do seu cão – apenas na nossa história, o rapaz é um dinossauro e o cão é um menino”.
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[tab name=”Notas de produção II”]
DEBAIXO DE UM CÉU ESTRELADO
Os Realizadores aventuram-se pelo Noroeste Americano para seguirem os passos de Arlo
O filme catapulta Arlo para o meio de uma região selvagem que o obriga a enfrentar os seus medos, pelo que o realizador Peter Sohn, a equipa de artistas da Pixar e os assistentes técnicos fizeram um grande esforço para capturar a magia da natureza nas suas filmagens. As viagens de pesquisa ao Noroeste Americano, desde Juntura, Oregon, até às regiões ao redor de Jackson Hole, Wyoming, absorveram os realizadores nas paisagens onde Arlo vai estar completamente perdido.
A ideia de se perder foi o tema desde o princípio. A produtora Denise Ream diz que foi o mote para uma viagem de pesquisa inicial para Wyoming, para passeios a cavalo perto de Teton Range e para descer o rio Snake. “Marcamos a viagem para introduzir Peter e outros membros da equipa nesse mundo”, diz. “Fomos com a esperança de nos perdermos – para ter aquela sensação de que qualquer coisa pode acontecer sem aviso.”
E isso aconteceu. A Produtora Associada Mary Alice Drumm escapou por pouco a ferimentos graves durante a expedição a cavalo do grupo. “Cavalgávamos durante muito tempo”, diz. “Tínhamos chegado ao topo de um monte onde encontrámos neve no chão e estávamos prestes a voltar para trás quando o meu cavalo ficou frio, decidiu cair e rebolar no chão. Saí de cima dele, mas o meu pé ficou preso no gancho”.
Mary conseguiu tirar a perna antes que vários cavalos pesados a magoassem, mas o incidente acabou por lhes mostrar no que a vida daquele meio se pode transformar. Ao vivenciarem mudanças imediatas e substanciais de temperatura e de disposições, o grupo viu em primeira mão como é que o tempo iria ter um papel importante na viagem de Arlo. “O deserto é o maior adversário de Arlo no filme”, diz o designer de produção Harley Jessup. “A natureza parece ajudá-lo e desafiá-lo em vários momentos”.
De acordo com Harley, a viagem de pesquisa, onde também se aventurou no Sul de Montana, mostrou não só o poder da natureza, mas também a sua beleza. “A região tem uma fantástica variedade de paisagens, que vão desde o Vale de Jackson e Tetons até às furnas e cascatas incríveis em Yellowstone. Estudamos os campos de Montana e o Deserto Vermelho, que depois fizeram parte da viagem de Arlo”.
Os realizadores queriam capturar toda a dimensão do ambiente que vivenciaram, então juntaram-se com os técnicos profissionais da Pixar para descobrirem como o podiam fazer. “Analisámos técnicas processuais”, disse Sanjay Bakshi, supervisor de direção técnica. “Fomos capazes de fazer download de dados do terreno de Wyoming. O Serviço Geológico dos EUA dispõe de dados de altura de todo o território dos Estados Unidos que é criado na maioria das vezes através de fotografias aéreas. Os dados sobre a elevação foram a base para o sistema processual que construímos”.
Sanjay e a sua equipa acrescentaram vegetação processualmente aos dados dos terrenos ao fazerem o download de imagens satélite. “Tínhamos no computador quilómetros de terreno que nos diziam que tudo o que era verde deviam ser árvores. Se fosse castanho, era terra; azul devia ser água. Isto deu a Peter a liberdade de filmar na direção que quis para fazer com que o mundo parecesse grande e real”.
Sharon Calahan é a diretora de fotografia e luz do filme. Como apaixonada por pintura de paisagens, Sharon perdeu muitas horas a pintar várias paisagens que inspiraram o aspeto do filme. Chegou ao projeto com um sentido apurado do meio ambiente e de que forma os realizadores lhe poderiam dar vida. “Queremos sustentar o filme emocionalmente”, diz Sharon. “É mais do que a luz. É como o tempo, as cores e tudo nos faz sentir”.
“Em todos os lugares a que fomos, houve uma dualidade: algo bonito e perigoso ao mesmo tempo – como deslizamentos de terra ao entardecer”, diz Peter. “Não queríamos que se parecesse com um passeio no parque. Tinha de ser algo grandioso – mesmo para um dinossauro.” Foi esse assombro de beleza e poder da natureza que inspirou os realizadores a fazerem do deserto uma personagem e não apenas um cenário de Arlo e Spot.
“Depois de ver a Via Láctea pela primeira vez, fiquei emocionado”, diz Peter. “Já tinha visto estrelas antes, mas nunca a Via Láctea. Caminhei no exterior a meio da noite – eram duas ou três da manhã. Estavam todos a dormir. Em Juntura, Oregon, não há luzes da rua, podia ver o horizonte de uma ponta à outra. Não tinha nenhuma ideia antes daquela noite: pensava que a Via Láctea era um pequeno padrão no céu, mas era enorme. De tirar a respiração.
“Acordei na manhã seguinte e pensei ‘Uau, vejam só a inocência desta vida’”, Peter continua. “Estava com tanta inveja da forma como aquela família vivia. Não se pode vencer a natureza, tal como não podemos vencer o medo. Mas pode-se arranjar uma maneira de ultrapassar isso.”
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“A Viagem de Arlo” começa nos cinemas portugueses a 26 de novembro de 2015.