Romeu e Julieta

Abril no teatro: Lisboa

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Os dias são maiores e a vontade de sair de casa também. Vamos ao teatro?

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Fazemos a pesquisa, lemos, vemos e falamos sobre teatro. Tudo para que possamos sair de casa sem nos perdermos no barulho publicitário feito por uma mão cheia de espectáculos (fazendo com que nos esqueçamos de outros), ou simplesmente para sairmos da nossa zona de conforto.

Estas são as nossas sugestões de entre o que podes ver no mês de abril:

ABRIL NO TEATRO | #EMIGRANTES

#EMIGRANTES

#Emigrantes é um espetáculo que aborda o universo complexo de dois homens expatriados, ligados pela tensa e desconfortável condição de estrangeiros. Centra-se no sentimento inóspito de estar entre mundos interiores e exteriores, materiais e simbólicos, que, de tanto se digladiarem, geram uma crise permanente dos sonhos de vida. Mais do que o ato de partir e voltar, o espetáculo interpela-nos a olhar para o ato de ficar e para a sensação dilacerante de habitar um mundo paradoxalmente estranho. A partir de textos de Al Berto, Fernando Pessoa e Sławomir Mrożek, este espectáculo conta com a encenação e dramaturgia de Ricardo Boléo e interpretação de Carlos Vieira e Vítor Silva Costa.

O espetáculo estará em cena na Sala Estúdio do Teatro da Trindade INATEL até dia 28 de abril, de quarta a sábado às 21h30 e domingo às 17h. Os bilhetes são de 10€ (preço normal) e 8€ (dia do espectador, quartas-feiras).



ABRIL NO TEATRO | UM OUTRO FIM PARA A MENINA JÚLIA (NOVA TEMPORADA)

Um outro fim para a Menina Júlia
“Júlia sai com um passo firme”. Esta é a didascália que August Strindberg escreve no final de Menina Júlia. Desde a estreia da peça, há 130 anos, em março de 1889, que atores de todo o mundo obedecem à ordem do autor e nos sugerem o suicídio de Júlia como o único desfecho possível desta história. Imaginar outro fim possível para estas personagens obriga-nos a mostrar em cena o que acontece depois da didascália de Strindberg. Obriga-nos a imaginar o futuro que não quis prometer às suas personagens. Em “Um outro fim para a Menina Júlia”, vemos Júlia, João e Cristina, que o mundo já viu tantas vezes, para depois os reencontrarmos 30 anos mais tarde, treinados pela vida a encontrar a felicidade nas pequenas coisas. Neste “antes e depois”, tentamos inventar uma alternativa e imaginar que o passo firme de Júlia pode ser o início da lenta e laboriosa caminhada da vida.

Tiago Rodrigues dá continuidade a um dos clássicos do texto teatral, na sala de Cenografia do TNDMII, até dia 23 de maio. Quartas e quintas às 19h. Nos dias 3 de abril e 15 maio o espetáculo realiza-se às 21h30. Os bilhetes custarão 11€, havendo descontos.



ABRIL NO TEATRO | PARIS – SARAH – LISBOA

Paris – Sarah – Lisboa

O encenador Miguel Loureiro e a atriz Beatriz Batarda repõem a peça estreada em 2017. Um percurso pelo São Luiz, inspirado na mítica Sarah Bernhardt, que atuou neste Teatro em 1899, descrito assim por Miguel Loureiro: “Um itinerário antes de tudo. Pela memória de uma atriz, de um teatro, de um fantasma de teatro. De um emblemático corpo atravessado por dezenas de biografias e estudos; o que pode ainda ressoar?

O espetáculo terá um percurso pelos vários espaços do Teatro São Luiz. Com texto e encenação de Miguel Loureiro e interpretação de Beatriz Batarda, está em cena até dia 14 de Abril. De quinta a domingo às 19h. Os bilhetes têm o custo de 12€.




ABRIL NO TEATRO | ROMEU E JULIETA

Romeu e Julieta

Depois do sucesso de Hamlet(a), versão no feminino da célebre tragédia dirigida por Hugo Franco, a Comuna reincide em Shakespeare, agora no palco da Sala Carmen Dolores do Teatro da Trindade. Para alguns é a mais bela das histórias de amor do teatro ocidental, ou não fosse Romeu e Julieta “a primavera do coração de Shakespeare com toda a sua rica florescência de sonhos, de paixões, de palpitações e êxtases”, como escreveu Domingo Ramos. Reunindo um grande elenco, onde pontuam Bárbara Branco e José Condessa nos protagonistas, secundados por atores notabilíssimos como Carlos Paulo e Manuela Couto, a história do amor impossível entre os descendentes das famílias rivais de Verona, Montequios e Capuletos, regressa numa encenação de João Mota, que sublinha esta pulsante tragédia como “um arquétipo do amor juvenil, com as suas deslumbrantes paixões e os seus desgostos viscerais”. A tradução escolhida é a de Fernando Villas-Boas (editada pela Oficina do Livro) e, para esta coprodução com o Teatro da Trindade, a Comuna desafiou, para compor a música original, um “velho” compagnon de route da companhia: José Mário Branco. FB

No dia 17 de Abril, a estreia é solidária e o valor do bilhete (17€) reverterá na íntegra para Moçambique. De quarta a sábado às 21h e domingo às 16h30 no Teatro da Trindade INATEL até dia 9 de junho. Os bilhetes terão o preço de 12€ ou 18€, havendo descontos.




ABRIL NO TEATRO | A GAIVOTA

A gaivota

Trata-se de uma reescrita de A Gaivota de Anton Tchékhov. Parte-se do texto original e escreve-se/compõe-se a partir das questões que dele fazem parte. Aventurar isso de escrever sobre aquelas problemáticas, aquelas figuras, o desassossego que provém de uma qualquer necessidade de relacionar a arte com a vida. Parte-se das questões e adensa-se por outro caminho, como se se esticasse o cordão que Tchékhov primeiramente concebeu. E surge então um texto no qual as palavras do autor/encenador se fundem com as de Tchékhov e, depois, com os corpos que compõe o objeto…

Com texto de Anton Tchékhov e Pedro Baptista e encenação de Pedro Baptista, “A Gaivota” estará na Rua das Gaivotas 6 de dia 24 a 28 de Abril às 21h com bilhetes de 7,50€, com descontos aplicáveis.




ABRIL NO TEATRO | OCUPAÇÃO

Ocupação

Para o programa comemorativo dos 125 anos do Teatro São Luiz, a atual diretora artística do teatro municipal, Aida Tavares, convidou Joana Craveiro (na foto) e o Teatro do Vestido a conceberem um projeto artístico que recupere a história e memória deste importante espaço de cultura da cidade, sublinhando simultaneamente caminhos para o presente e o futuro. A resposta daquela que é uma das mais vibrantes estruturas do teatro português da atualidade passa por uma ocupação integral do São Luiz, do foyer aos bastidores, passando pelas salas de espetáculos, durante sete dias consecutivos. Ocupação define-se como “um espetáculo documental de investigação, onde não só o que se passava dentro de portas merece ficar registado, mas também nos espaços envolventes – ou não estivesse o São Luiz situado paredes meias com a antiga sede central da PIDE em Lisboa; ou não se tivessem muitos dos manifestantes refugiado junto ao São Luiz e dentro dele, no 25 de abril de 1974, em que a PIDE abriu fogo sobre a multidão reunida na Rua António Maria Cardoso.” FB

O espetáculo decorre em todos os espaços do Teatro e estará em cena entre o dia 24 e 30 de abril às 21h no Teatro São Luiz. Os bilhetes têm o custo de 12€, havendo descontos.




ABRIL NO TEATRO | BALLYTURK

Ballyturk

Dois homens num armazém. Mas onde? Quem são? Que quarto é este e o que poderá estar para além das paredes? Presos numa sala, passam o tempo imaginando que ainda estão numa aldeia irlandesa. Uma peça de Enda Walsh que, afirma o autor, deveria “ultrapassar o intelecto e ir directamente aos ossos.”

Uma produção de Artistas Unidos, com encenação de Jorge Silva Melo e interpretação de Américo Silva, António Simão e Pedro Carraca. O espectáculo está em cena no Teatro da Politécnica até dia 4 de maio, terças e quartas às 19h, de quinta a sexta às 21h e sábado às 16h e 21h. Os bilhetes para o espectáculo têm o custo de 10€ , havendo descontos.




ABRIL NO TEATRO | TERROR E MISÉRIA

Terror e miséria

Escrita durante o exílio de Brecht, na Dinamarca, Terror e Miséria no Terceiro Reich é uma profunda reflexão para teatro sobre a ascensão do nazismo na Alemanha. Das 24 cenas “independentes, aparentemente desconexas” do texto original, António Pires encena neste espetáculo 17, sublinhando que “cada uma [delas] reflete uma faceta” do regime de Hitler. Como aponta o encenador, “são cenas de julgamentos, da vida dos trabalhadores socialistas e comunidades judaicas e da vida escolar da juventude hitleriana” que ilustram como o mal permeabilizou toda uma sociedade, encarnando em “gente que facilmente nos venderia um café, nos prestaria um serviço, nos daria aulas e nos seria igual enquanto cidadão comum”.

No Teatro do Bairro, António Pires leva à cena o texto de Brecht, “Terror e miséria“. Quartas a sábados às 21h30 e domingos às 17h até dia 14 de Abril. O preço dos bilhetes é de 12€. Uma produção de Ar de Filmes com interpretação a cargo de Adriano Luz, Rita Blanco, João Barbosa, Mário Sousa, Rafael Fonseca, Francisco Vistas, João Maria, Mafalda Rodrigues, Carolina Serrão e Jaime Baeta.

Alguma destas sugestões te fará ir aos teatros durante o mês de abril?

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