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Apagão Geral revela falhas portuguesas no caso de um ciberataque

O dia de ontem parecia ser mais uma segunda-feira habitual até que tudo mudou. Primeiro, a luz foi abaixo. Depois, os relatos de amigos e familiares, em pontos opostos do país, reclamavam do mesmo. Na internet, o X enche-se de utilizadores a mencionar cortes de energia tanto em Portugal como em Espanha – mostrando que este não era um apagão geral “normal”, algo se passava.

Na internet as teorias eram muitas. Postes de alta tensão que caíram, deitando a rede abaixo. Outros mencionam um possível ciberataque, possibilidade essa não colocada de lado por Castro Almeida, ministro Adjunto e da Coesão Territorial, em entrevista à RTP3 durante a manhã.

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Qual afinal o motivo do Apagão Geral?

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Após muitas horas na escuridão, ficámos a saber que o problema se deveu a um fenómeno atmosférico raro. Em comunicado a que tivemos acesso, a REN explica: “Devido a variações extremas de temperaturas no interior de Espanha, registaram-se oscilações anómalas nas linhas de muito alta tensão (400 kV), fenómeno conhecido como ‘vibração atmosférica induzida'”.

De forma a preservar a estabilidade do sistema, foram tomadas as devidas precauções. Isto culmina num corte geral que afetou a Península Ibérica e países como a França. Ao longo do dia, diversas localidades retomaram algum nível de normalidade, tendo a maioria das casas recebido eletricidade já durante a noite.

Porque poderia de facto ser sinal de um ciberataque?

imagem ilustrativa de um ciberataque durante apagão geral
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À primeira vista, o corte de eletricidade pode parecer contra-intuitivo quando se fala de um ciberataque mas, na realidade, seria o passo mais inteligente e perigoso. Portugal demonstrou que conseguiu lidar mais ou menos com um apagão geral. De que existam dados, nenhuma vida foi perdida e não há feridos a registar.

Contudo, a falta de energia nos hospitais, a corrida aos supermercados e a falta de comunicação rápida por parte do governo, demonstram que o país poderá não estar assim tão preparado para um ataque. Especialmente, no que toca aos cidadãos.

Claro, vale a pena mencionar que a probabilidade de Portugal vir a sofrer uma ameaça desta natureza é pouco provável. Países como a França, a Alemanha ou a Inglaterra seriam alvos mais óbvios. No entanto, devemos perceber quais os riscos que podemos um dia enfrentar, e como nos salvaguardarmos.

Demonstração do poder de uma nação inimiga

Num momento em que muitos dos conflitos são mais diplomáticos que físicos, um Apagão Geral seria uma prova clara de soberania da nação atacante. Se um ciberataque consegue cortar a eletricidade de um país inteiro, ou diversos em simultâneo, existe uma capacidade que não pode ser ignorada.

Este ato poderia ser depois usado por grupos terroristas ou nações inimigas para chantagear a vítima. Em troca, poderiam pedir um resgate monetário, a libertação de determinados presos importantes ao regime, ou qualquer outro tipo de extorsão imaginável.

Desestabilizar o país economica e socialmente

Um corte de eletricidade de grandes dimensões tem diversas consequências para um país. A desinformação e as fake news causam um pânico sentido ontem por muitos portugueses. A corrida às bombas de combustível e aos supermercados, demonstrou que a população não está preparada para este tipo de situações, e os serviços muito menos.

Diversos supermercados fecharam as portas por não possuirem geradores (ou combustível) para manter as lojas em funcionamento, privando a população de bens essenciais como alimentos não perecíveis e água. Na televisão e na rádio ouviam-se relatos de pessoas que não tinham água em casa, e famílias desesperadas por não saberem o que seriam as próximas refeições, principalmente dos mais pequenos.

O facto de muitas empresas terem fechado as portas, impossibilitadas de trabalhar, vai ter certamente consequências económicas. Se o Apagão Geral tivesse perdurado vários dias ou semanas, a situação financeira do país iria deteriorar-se rapidamente.

Aqui é importante não deixar o carro na reserva, manter um kit de sobrevivência sempre à mão, e garantir uma despensa repleta de enlatados e garrafões de água (bem como lanternas, pilhas e um rádio). Num momento em que muitas família passam dificuldades financeiras, esta pode não ser uma opção rápida de concluir, mas torna-se ainda mais importante nestes casos.

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Uma porta de entrada para sistema governamentais

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Esta possibilidade não é muito provável mas também não descabida. O facto de muitos sistemas importantes a nível do país terem ido abaixo, abre uma porta de entrada para um potencial ciberataque no momento em que o reset lhes é feito.

Acreditamos que os sistemas governamentais e outros sistemas fundamentais à estabilidade do país possuam estratégias de cibersegurança apertadas, garantindo que uma invasão não é possível mesmo utilizando estratagemas complexos. Contudo, não seria a primeira vez que a cibersegurança do país é colocada em causa, com bancos e outras entidades a serem atacadas frequentemente. Se serão capazes de responder adequadamente a um ataque desta magnitude, apenas o tempo dirá.

Um Apagão Geral para esconder uma invasão física

Este seria a razão talvez mais óbvia de um Apagão Geral. Sem comunicações e ainda a lidar com o caos, esta seria a oportunidade perfeita para uma invasão física. Claro, seria difícil uma entidade movimentar-se militarmente sem que ninguém percebe-se (basta lembrar que a Ucrânia já sabia dos ajuntamentos militares da Rússia antes da invasão do país), mas isto não significa que ao fazê-lo em múltiplos países, não houvesse uma facilidade nessas ações.

A população demoraria a ser informada, uma vez que, ficaria sem acesso a televisão e possivelmente a rádios (sendo que a maioria de nós já não possui este tipo de aparelho). Também as forças de intervenção teriam obstáculos na comunicação inicial, dificultando assim um processo de proteção da população e da nação. Esta vantagem poderia ser crucial para o inimigo e um pesadelo para Portugal.

De um modo geral, o importante é manteres contigo alguns fundamentais. O kit de sobrevivência não deve incluir somente comida, elementos médicos, e água. Deves sempre ter contigo pilhas, lanternas e rádios! Deste modo, conseguirás manter-te informado de tudo o que está a acontecer, bem como dos conselhos partilhados tanto pelo governo como pelas forças de intervenção.

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