“A Arte da Visão” de Stan Brakhage na Cinemateca Portuguesa em março
De 15 a 29 de março a Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema dedica uma retrospectiva a Stan Brakhage, um dos nomes incontornáveis do cinema experimental.
Qualquer pessoa que tenha em consideração que todos os filmes devem ter um começo, um meio e um fim, terá problemas com o trabalho de Stan Brakhage (1933-2003). No entanto, nunca é tarde para descobrir obras de realizadores que gostam de apresentar uma visão diferente do cinema.
Para Brakhage, o objetivo do cinema era a libertação do próprio olho, a criação de um ato de ver, antes inimaginável e indefinido por convenções de representação. Poucos cineastas foram tão longe para treinar o público a ver de forma diferente.
“A ARTE DA VISÃO” DE STAN BRAKHAGE
No seu mais célebre filme, “Dog Star Man” (1964), Stan Brakhage experimentou lentes distorcidas, enquanto representava a criação do universo. O filme é composto por uma progressiva acumulação de imagens sobrepostas, a que se acrescenta a intervenção direta sobre a superfície do filme.
Durante cinco décadas, Stan Brakhage realizou quase 380 filmes, tanto curtas como longas-metragens, a maioria deles rodados em 8mm ou 16mm. Stan Brakhage preferia pensar os seus filmes como metafóricos, abstratos e altamente subjetivos, uma espécie de poesia escrita com luz.
O programa completa da retrospectiva “Stan Brakhage: A Arte da Visão” pode ser conhecido aqui.