Assassin’s Creed Unity (PS4) | Análise

 

 assassins creed unity  

  • Editora: Ubisoft
  • Produtora: Ubisoft
  • Plataformas: PS4, Xbox One, PC

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Assassin’s Creed leva-nos até Paris, à revolução Francesa e a um novo patamar gráfico dentro da série.

Começando pela parte gráfica, apesar dos já muito falados bugs que aparecem, a verdade é que Unity é um jogo graficamente impressionante. Os movimentos das personagens estão muito bons, a caracterização e movimentos faciais também e Paris é uma cidade fabulosa para se ver e explorar. Os pormenores são imensos, a cidade respira vida e a impressionante quantidade de pessoas a andar pelas ruas é digno de ser assinalado. Apesar de nem todos terem reações normais quando, por exemplo estamos a fugir e começamos a bater nas pessoas, é impressionante como o ecrã se enche de pessoas em alguns momentos do jogo e como Paris é bonita, ao ponto de apetecer escalar algo e ficar simplesmente a olhar.

Em termos sonoros, Unity apresenta um bom trabalho de vozes, bem encaixado nas personagens (é claro que num jogo passado em França podemos estranhar as vozes inglesas) e os efeitos sonoros também estão a bom nível, tal como a banda sonora que, apesar de não deslumbrar nem ser épica, consegue transmitir o ambiente necessário.

Em relação à jogabilidade, Unity é um jogo com muitos altos e alguns baixos. Existem melhorias interessantes nos momentos de escalada, sendo mais intuitivo subir, mas também muito mais fácil descer, e no sistema de luta também notamos diferenças que melhoram a experiência. A esse facto alia-se uma inteligência artificial que apesar de não ser mais inteligente do que o normal na série, consegue ser mais agressiva, aumentando a dificuldade. Existe também uma maior fluidez em tudo o que fazemos e tal nota-se, principalmente, durante os combates, o que torna tudo muito mais natural.

assassins creed unity_

É no enredo que Assassin’s Creed Unity acaba por falhar um pouco. A personagem principal é carismática, facilmente simpatizamos com ela, mas não é explorada, não conseguindo levar o jogador a sentir uma preocupação que seria agradável para a experiência. A história sofre ainda de alguns clichés e de um início que parece uma adaptação de O Conde de Monte Cristo com outros elementos à mistura. Existem, todavia, momentos interessantes e inteligentes, com uma boa adição de várias personagens históricas. O problema é que no fim o jogador não fica marcado pelo enredo apesar da base ser boa e de estarmos perante um dos enredos mais sombrios que a saga já nos ofereceu. A isto junta-se o facto de o jogo quase não explorar o presente, mas focar-se apenas no passado (Revolução Francesa).

A forma como jogamos fica ao nosso critério. É agradável ver como o jogo nos dá várias hipóteses para matar alvos ou entrar em locais. Existem sempre vários caminhos que tornam o jogo coerente, o universo mais plausível, e a experiência ganha com isso, porque só será repetitivo se assim o quisermos.  Cabe a nós experimentar, estudar e encontrar a melhor forma para cada missão. No entanto, é interessante perceber que com a enorme adição de pessoas nas ruas de Paris, acabaremos cada vez mais por decidir correr e agir entre telhados e não na rua, onde o imprevisível pode estar a cada esquina.

Assassins-Creed-Unity-Gameplay

Ainda na jogabilidade, Assassin’s Creed Unity oferece agora a possibilidade de vermos qual foi o último local em que fomos avistados, dando ao jogador uma maior noção do que está à sua volta mas, principalmente, uma noção do que fez de errado. Claro que apresenta algumas falhas, e quando estamos em stealth, encostados a um objeto, em alguns momentos queremos atacar e o que o novo personagem faz é aparecer em frente ao inimigo sem qualquer ação de ataque. É frustrante mas também são casos pouco frequentes.

Para terminarem Unity precisarão de umas 15 horas, mas depois ainda existe muito para se fazer. Existem várias anomalias temporais para explorar, que nos levam a outra eras, e a nossa jogabilidade terá de se adaptar. Preparem-se para viagens no tempo e preparem-se para ficarem muitas horas a fazer tudo o que é secundário neste jogo. Para além disso, existe ainda uma boa panóplia de armas e roupas que podemos escolher e aperfeiçoar (é também necessário aprendermos com as nossas próprias armas e alterarmos a nossa forma de combater consoante o que temos à mão).

assassins-creed-unity

Por fim, uma palavra sobre o modo co-op, extremamente viciante, principalmente porque os vários jogadores irão aproveitar as várias abordagens que o jogo oferece e que já mencionámos.  Convidem amigos e vejam o que este jogo vos pode oferecer!

Assassins-Creed-Unity

No global, Assassin’s Creed Unity é um portento gráfico que apresenta alguns bugs e um enredo que não consegue estar ao nível do que o jogo apresenta em termos técnicos. O problema aqui poderá ser o peso da expectativa. Assassin’s Creed é um nome de peso e este Unity parece afastar-se da saga em alguns aspetos. Todavia, existem aqui grandes ideias para o futuro e acreditamos que os fãs não ficarão desiludidos com todas as missões, principais e secundárias que o jogo oferece.

Pontos fortes:

  • Gráficos de grande nível
  • Paris é uma cidade fantástica
  • Movimentos com maior fluidez, quer em escalada, quer em combate
  • Muitas missões secundárias

Pontos fracos:

  • Enredo não está no nível esperado
  • Alguns bugs gráficos

LP

 

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