Big Little Lies: O triunfo das mulheres na TV

Se ainda não viram Big Little Lies, está na altura de o fazerem! A nova mini-série da HBO é magnífica e as senhoras dominam com garra!

A mulher. Um ser triunfante e indescritível. Uma força da natureza indomável e um tesouro a ser respeitado, admirado e que nunca deve ser subestimado. Ser-se homem e falar de mulheres sem reconhecer o seu valor, a sua beleza e a sua importância, não é ser-se homem, é ser-se desumano.

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Esta crónica irá abordar questões importantes sobre o feminismo de Big Little Lies e poderá conter SPOILERS. Fica à responsabilidade do leitor se quiser continuar a ler a partir deste momento.

Big Little Lies

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Big Little Lies é a nova aposta do canal HBO e que em Portugal encontrou casa com o TVSéries. É uma mini-série de sete episódios e que acompanha a vida de três mulheres na pequena comunidade de Monterey, nos Estados Unidos. Madeline é mãe de duas filhas, casada com um homem sincero e bondoso, com uma vida estável e personalidade “maior do que a vida”. É, portanto, a “mulher perfeita” de quem todos gostam de falar e invejar. Celeste é mãe de dois gémeos e casada com Perry, um homem atraente e, aparentemente, muito jovem para a acompanhar, de acordo com os restantes habitantes de Monterey. É uma advogada que abdicou da sua carreira para se dedicar à família e que esconde um segredo perigoso que, por conseguinte, está camuflado por um casamento aparentemente idílico aos olhos de quem está de fora.

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Para encerrar este trio protagonista temos Jane Chapman, uma mãe solteira que decide começar uma nova etapa da sua vida em Monterey, mas cuja chegada parece incomodar a maioria dos habitantes da comunidade. Temos ainda Renata, uma mulher influente que parece não ser aceite pela elite protagonista e que é constantemente colocada de parte por Madeline; e ainda Bonnie, a atual esposa hippie do ex-marido de Madeline, que é altamente repudiada pela mesma.

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Há vários aspetos que unem todas estas indivíduas. Todas elas são mães e todas elas estão ligadas por um acontecimento: um homicídio envolto em mistério. Realizada por Jean-Marc Vallée e adaptada do romance de Liane Moriarty por David E. Kelley, Big Little Lies é um retrato importante de como as mulheres são vítimas de vários tipos de abusos; desde a sua objetivação pela maioria dos habitantes masculinos, passando pela descredibilização da sua aparente felicidade, até à violência doméstica e à violação sexual. A dicotomia entre a força e a fragilidade destas senhoras torna-se uma mensagem poderosa que transcende a simbologia do entretenimento televisivo.

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Big Little Lies

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Big Little Lies começa por explorar as diferenças entre as suas protagonistas e culmina num final intenso que força uma união entre elas. O feminismo da série nem sempre é direto mas, aos poucos, o espectador vai conhecendo as facetas mais destemidas das personagens. Estas são mulheres que não têm medo de se expor às exigências mais profundas do seu meio; são fortes mesmo em situações que as deixam vulneráveis.

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Reese Witherspoon, Nicole Kidman e Shailene Woodley são nomes que já conhecemos bem, mas é nesta mini-série que encontram alguns dos seus melhores trabalhos. Madeline é uma mulher com garra e língua afiada mas esconde do mundo um caso amoroso ilícito; Celeste é bela e bem-sucedida, mas é agredida física e psicologicamente pelo seu marido e Jane é uma doce jovem e mãe-galinha de um menino que foi fruto de uma violação. Todas estas pequenas grandes mentiras servem de apoio à dimensão dramática que enriquecem as personagens, ao passo que nos ajudam a criar uma empatia ainda mais poderosa com elas.

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A conclusão mais evidente do feminismo de Big Little Lies é que a mulher é uma criatura que, ao contrário do homem, é capaz de se amar e repudiar com classe. É um ser independente, lutador e deslumbrante. As senhoras de Big Little Lies são precisamente a personificação de que as mulheres, unidas, são a mais poderosa força da natureza.

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TRAILER | BIG LITTLE LIES

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