Buzz Lightyear | Entrevista com o elenco português
A Magazine.HD embarcou numa viagem intergalática e conseguiu falar com parte do elenco que dá voz ao novo filme da Disney, “Buzz Lightyear”.
Não há brinquedo do espaço mais divertido que o Buzz Lightyear. Depois do sucesso da personagem, que conquistou miúdos e graúdos, na saga “Toy story“, o famoso astronauta vai regressar para um novo filme, desta vez centrado no autor da famosa frase ‘para o infinito e mais além’.
Com estreia agendada para dia 16 de junho em todos os cinemas nacionais, “Buzz Lightyear” é um prelúdio que nos explica a origem deste brinquedo proveniente do espaço.
A aventura de ação e ficção científica apresenta a história da origem de Buzz Lightyear – o herói que inspirou o brinquedo – e acompanha o lendário Space Ranger numa aventura intergalática enquanto tenta regressar a casa, através do espaço e do tempo.”
A propósito da sua estreia, a Magazine.HD viajou até outra galáxia e entrevistou Tiago Retrê, o dobrador que empresta a voz ao próprio Buzz Lightyear, Sabri Lucas, o ator que dá vida a Éric, e Angie Costa, que na sua estreia no mundo das dobragens, acabou por dar voz a Lewis. Prepara a tua nave e vem descobrir o que estes membros do elenco nos revelaram sobre as suas personagens!
[para Tiago Retrê] Tiago, primeiro vou pedir que apresentes a tua personagem, apesar de ela não necessitar de muitas apresentações. A quem é que tu vais dar voz neste filme?
T.R. Ao próprio Buzz Lightyear!
[para Tiago Retrê] E é uma grande responsabilidade dar voz a uma personagem que já é tão conhecida, principalmente entre os mais novos?
T.R. Sim, é uma responsabilidade enorme! É uma personagem feita, desde sempre, pelo grande ator Paulo B. Ter a minha voz associada a uma personagem desta dimensão é, sem dúvida, um grande desafio e uma grande responsabilidade acima de tudo.
[para Tiago Retrê] E como é que foi descobrir que ias dar voz a uma personagem que, para além de ser tão conhecida, vai ser a personagem principal do filme?
T.R. Primeiro, não acreditei, pensei que estavam a brincar comigo. E depois, lá me disseram que era verdade e pronto, eu atirei-me de cabeça.
[para Tiago Retrê] E como é que é dar voz a uma personagem de animação? Porque não é o mesmo que estar à frente de uma câmara a representar. Neste caso, só trabalha o aparelho vocal.
T.R. Hoje em dia, as animações estão cada vez mais parecidas com a imagem real, ou seja, todos os bonecos são muito perfeitos. Portanto, é muito difícil ter as emoções todas lá no ponto, o lipsync, todo no ponto, a representação no ponto… É um trabalho moroso e difícil, mas muito prazeroso.
[para Tiago Retrê] E como é que tu te preparaste para esta personagem?
T.R. Geralmente, estas personagens estão cada vez mais humanas e este Buzz é muito humano (não quer dizer que o outro não fosse, obviamente), mas é muito mais tranquilo. A minha voz baixa um bocadinho mais a vai mais um bocadinho para os graves e repousa um bocado mais, mas não muito mais do que isso.
[para Tiago Retrê] Para terminar, um momento memorável que tenha ficado destas dobragens?
T.R. A gravação de todo o filme foi memorável, porque é um filme extraordinário, do início ao fim!
[para Sabri Lucas] Sabri, vou pedir que apresentes a tua personagem. Quem é que tu vais ser neste novo filme sobre o Buzz Lightyear?
S.L. Olá, eu sou o Sabri Lucas e faço de Éric, um robô que encontra o Buzz Lightyear numa galáxia onde ele não esperava estar.
[para Sabri Lucas] E como é que é dar voz a uma personagem animada?
S.L. É uma coisa que me dá muito prazer. Sou pai de três crianças, portanto, tudo o que tem a ver com o imaginário dos desenhos animados, é algo que eu sinto que é muito importante porque vai ficar, não é uma coisa efémera. A minha voz vai ficar para sempre ligada a todos os bonecos que eu já fiz até hoje e é um legado que eu deixo também para os meus filhotes, os meus netos… E, para mim tem muito valor. E divertes-te imenso!
[para Sabri Lucas] O Buzz Lightyear é uma personagem que nós já conhecemos do filme de animação “Toy Story” e este é um filme todo centrado nessa personagem. Qual é que foi a tua reação ao ler este guião?
S.L. Nós quando dobramos não temos acesso ao guião todo, até por razões de privacidade e de segredo. Mas, o que eu gostei foi de ver, finalmente a concretização da passagem do boneco para o homem. Porque eu sempre senti que o Buzz Lightyear, no “Toy Story” tinha força suficiente para ser um personagem só. E a verdade é que, quando vês o filme, percebes perfeitamente e apaixonas-te. E eu acho que a grande mais-valia do filme é a continuação da banda sonora que vinha do “Toy Story”, quando aparecia o Buzz Lightyear, para aqui e também das frases (‘Para o infinito e mais além’!). Curiosamente, foi sempre o boneco que eu mais gostei do “Toy Story” e acho que é a cereja no topo do bolo!
[para Sabri Lucas] E como é que tu te preparaste para esta personagem?
S.L. Para fazer este robô não foi precisa uma preparação por aí além. O ano passado, por exemplo, quando fiz o “Ron Dá Erro”, aí já é diferente, porque estás sempre presente no filme e tens que compreender realmente todo o arco do teu personagem. Este aqui foi uma coisa mais tranquila, muito mais light. Ainda por cima, eu só soube o que ia fazer no dia em que ia gravar. Quando fiz, por exemplo, o “Capitão Cuecas” em que eu fazia o George, aí tive de perceber que existe já uma coisa que é o Capitão Cuecas. Quem faz a voz do George, nos EUA, é o Kevin Hart, para mim era uma coisa muito impactante, porque é só o homem mais cómico do mundo. E não só, eu como ator negro, é uma responsabilidade muito grande. O Robert De Niro, por exemplo, mandou um Óscar em ponto pequeno para o ator que dobrava a voz dele em Espanha, em sinal de gratidão, porque o teu trabalho começa ali e depois nós damos continuidade. Somos ecos daquele trabalho que é feito nos EUA e isso exige muita responsabilidade.
[para Sabri Lucas] Há pouco estavas a falar que é muito divertido dar voz a uma personagem animada. Algum momento memorável que tenha ficado destas dobragens?
S.L. Não posso dar spoiler (risos). A única coisa que eu posso dizer é que há um momento que é só meu. Porque eu vou ver este filme com os meus miúdos e com a minha mulher e vai-me dar um gozo imenso. Eu não gosto muito de ligar ao ego, acho que o ego não é uma coisa muito boa que o ser humano tem, mas ali deu-me especial gozo, porque é uma coisa que acontece no filme onde já não há mais personagens e no ecrã só existe o Éric.
[para Angie Costa] Angie, antes de mais, vou pedir que apresentes a tua personagem.
A. C. Eu sou a Lewis, sou uma guarda. Não apareço muito, ou seja, é assim uma personagem mesmo pequenina, portanto, uma personagem que não se mostra muito. Não há muito que eu possa dizer sobre ela, porque aparece assim em segundos e depois desaparece. Portanto, não é uma personagem que se mostra muito. A Lewis está ali, como autoridade a impedir um ato.
[para Angie Costa] E como é que é dar voz a uma personagem de animação?
A.C. É épico, porque eu sempre quis fazer isto! Sempre quis fazer dobragens e esta é a minha primeira vez. Ainda por cima. a minha primeira vez num filme da Disney que é ainda mais épico. E ainda por cima, num filme do Buzz Lightyear, que é ainda mais épico e nostálgico! É espetacular e espero fazer isto mais vezes, porque adorei. Embora seja pequenina a personagem, já deu para entender como é que é este mundinho aqui e adorava fazer parte disto mais vezes. E vou ver o filme ao cinema e, certamente, vou sentir um orgulho gigante (já o sinto) por fazer parte deste filme.
[para Angie Costa] E como é que tu te preparaste para dar voz a esta personagem?
A.C. Não tive que fazer nenhuma alteração à minha voz. Eu acho que eles também estavam à procura mesmo, já de uma coisa específica e, lembraram-se de mim. Se calhar, acharam que a minha voz se adequava à da Lewis. Como as falas também eram curtíssimas, não tive muito texto e não tive que fazer uma preparação longa. Acho que só cheguei lá e dei o meu melhor. Tentei dar o meu melhor, pelo menos.
[para Angie Costa] E um momento memorável que tenha ficado destas dobragens?
A.C. Acho que o momento de chegar lá e ver como tudo isto funciona. Agora uma pessoa está ali no interior a ver como é que as coisas se fazem e acho que isso é uma coisa que nunca mais me vou esquecer.
TRAILER | BUZZ LIGHTYEAR VAI-SE AVENTURAR PELO ESPAÇO
Ansioso(a) pela estreia do filme sobre o Buzz Lightyear?