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Esta icónica banda desenhada acaba de ser proibida nos Estados Unidos da América

A censura escolar do novo Governo nos EUA atinge milhares de livros e retira um icónico clássico de banda desenhada das escolas de Tennessee.

Escolas em vários estados dos Estados Unidos intensificaram a censura literária e já proibiram milhares de livros. No Tennessee, um dos casos mais extremos, as autoridades educacionais retiraram mais de 2 mil obras das bibliotecas escolares. Ao aplicar leis cada vez mais restritivas, os decisores políticos colocam em risco clássicos da literatura, obras de referência histórica e até livros infantis.

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Uma adorada banda desenhada é proíbida nas escolas de Tennessee

Calvin & Hobbes
© Bill Watterson / Gradiva / Bertrand Editora

Alguns distritos escolares do Tennessee censuraram a coleção “Calvin e Hobbes”, do autor e ilustrador Bill Watterson, alegando a presença de “temáticas impróprias” e “linguagem inapropriada”. Conhecida pelo humor sofisticado, pelas reflexões filosóficas e pela crítica social subtil, a banda desenhada gerou protestos entre pais, educadores e leitores. Ao afastarem estas tiras cómicas, que marcaram gerações, as autoridades escolares evidenciaram o alcance desproporcional da nova política de censura.

Assim sendo a decisão baseia-se numa versão revista da polémica Age-Appropriate Materials Act, aprovada em 2024. Esta lei proíbe a presença de qualquer material com nudez, conduta sexual, violência considerada excessiva ou representações de abuso, mesmo em contextos educativos, artísticos ou históricos. O resultado tem sido uma purga generalizada em bibliotecas escolares, sem um processo de revisão uniforme.

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Há mais livros censurados além de Calvin and Hobbes

game of thrones Fahrenheit 451
Cyril Cusack | © Anglo Enterprises

Além de proibir “Calvin e Hobbes”, os distritos escolares do Tennessee retiraram das prateleiras títulos emblemáticos como “To Kill a Mockingbird“, de Harper Lee, “Fahrenheit 451“, de Ray Bradbury, “The Bluest Eye”, de Toni Morrison, e “Maus”, de Art Spiegelman.

As autoridades escolares também baniram livros com protagonistas LGBTQ+. Assim sendo já não há “Two Boys Kissing”, de David Levithan, e afastaram obras de valor histórico como “They Called Us Enemy”, de George Takei, e “Hidden Figures”, de Margot Lee Shetterly. Da mesma forma o livro infantil “Ancient Greece and the Olympics”, foi removido por apresentar uma estátua grega nua na capa.

A ausência de critérios claros e a aplicação arbitrária das regras alarmam associações como a PEN America, que alertam para os perigos da censura institucionalizada. Assim sendo educadores e bibliotecários denunciam o impacto negativo no ensino e na liberdade de expressão.

A medida é proporcional ao conteúdo do livro?

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