Classic Fever | À Beira do Abismo (1946)

 

A química entre o casal Bogart e Bacall tornou-se evidente em Hollywood e À Beira do Abismo é mais uma prova viva.

É, provavelmente, o melhor clássico produzido pela Warner Bros e distingue-se por ser um noir que nos deixa a pensar por nós mesmos, ignorando a utilização de flash-backs e narração.

 

O QUE É QUE VOU RELEMBRAR HOJE?

“À Beira do Abismo” (1946), com o título original de “The Big Sleep”, realizado por Howard Hawks, baseado no romance de Raymond Chandler de 1939.

à beira do abismo

 

MAS AFINAL PORQUE É QUE NÃO O POSSO PERDER? DO QUE SE TRATA?

Protagonizado por Humphrey Bogart e Lauren Bacall, The Big Sleep é uma obra-prima do mundo noir. Para além de ser realizado pelo admirável rei do cinema clássico Howard Hawks, responsável por títulos imortais como Scarface (1932), Bringing Up Baby (1938), His Girl Friday (1940), ou Rio Bravo (1959), a película de 1946 apresenta um elenco de causar arrepios aos maiores mestres cinematográficos. Depois do sucesso de Casablanca (1942), Humphrey Bogart não poderia ter embarcado numa melhor aventura.

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Cumprindo os mais refinados requisitos do film noir, incluindo personagens dúbias e detetives misteriosos juntamente a femme fatales de fazerem cair o queixo de 10 monges tibetanos, À Beira de Um Abismo é um dos melhores representativos do género. A utilização do preto e branco contrastado e o uso de close-ups emocionais regem a ação cuja narrativa se desdobra em torno de uma investigação desenvolvida pelo detetive Philip Marlowe a pedido do General Sternwood, no âmbito da chantagem a que as suas filhas têm sido submetidas.

Intrigante desde o primeiro ao último frame, que apesar da oclusão cumpre deliciosamente o dever de deixar o espetador a divagar no enredo, À Beira do Abismo conta com um argumento extremamente complexo, lotado de tramas enlaçadas e crimes empilhados e recônditos cometidos por a e b, vistos por c e sabidos por d. Difícil de acompanhar sem atenção devido às variadas personagens (algumas que apenas conhecemos por nome), o argumento confundiu igualmente os protagonistas que confessaram dificuldades de interpretação. Lidando com as habituais sátiras à corrupção e violência que abundavam Los Angeles na década de 40, The Big Sleep (considerando o título original) é em si uma referência ao fechar de olhos cínico e cúmplice face ao estado decadente da sociedade americana.

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Além de ser uma paragem obrigatória no mundo noir, o filme de de Hawks é uma homenagem à sensualidade e à moda cinematográfica, tão discreta e celeste que nos faz sonhar a preto e branco.

 

 

UMA FRASE PARA A POSTERIDADE

Sternwood: How do you like your brandy, sir?
Marlowe: In a glass.”


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PARA FICAR NO OLHO E NO OUVIDO (DA MENTE)

 

 


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