Dark Souls II – (PS4) | Análise

 

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  • Editora: Namco Bandai
  • Produtora: From Software
  • Plataformas: PS4, Xbox One

 

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No ano passado a From Software lançou Dark Souls II, mais um poderoso e difícil jogo de um estúdio que cada vez se afirma mais no mundo dos videojogos. Dark Souls II foi aclamado pela crítica mas o facto de chegar à nova geração logo no ano seguinte poderá fazer com que os jogadores acreditem que não valerá a pena experimentar esta obra na nova geração?

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A 1080p e 60fps Dark Souls II: Scholar of the first Sin ganha uma nova dimensão que, em alguns aspetos, consegue mesmo ser superior à versão para PC. O jogo está agora extremamente fluido, quer nos cenários, quer nos movimentos dos personagens, principalmente na forma como o nosso personagem responde, o que até facilita nas lutas. E é a parte gráfica que mais enche o olhar, com cenários cheios de profundidade, detalhe muito mais apurado e efeitos de luz muito superiores ao que vimos na versão da anterior geração.

Com todas estas melhorias o resultado final é um jogo que, apesar de não se comparar a alguns da atual geração, em nada parece um jogo abaixo do aceitável para uma PS4. São vários os momentos em que apetece parar e apreciar os vastos cenários à nossa frente, quer seja um belo nascer do sol num horizonte envolto em mar, ou poderosas construções medievais que merecem ser apreciadas. A isto junta-se um design fantástico, presente em todos os cenários, com uma capacidade de nos levar por uma viagem e sentirmos que este é um mundo credível e no qual entramos enquanto estamos a jogar.

A isto juntam-se DLCs que tornam o jogo maior e a história mais intensa e, principalmente, mais coesa. O resultado são mais de 60 horas de jogo, e todas essas horas serão um desafio. Como sabemos, a From Software não faz jogos fáceis. Preparem-se para morrer… muitas vezes. Voltarão a tentar, voltarão a morrer, e cada vitória terá um sabor verdadeiramente especial. Neste aspeto temos de referir, em primeiro lugar, que a inteligência artificial dos nossos inimigos está bastante evoluída. Em segundo lugar está o facto de a From Software ter alterado pequenas coisas que fazem a diferença. Por exemplo, na versão anterior para alcançar um certo objeto teriam de vencer um simples monstro, mas agora o monstro foi substituído por um dragão, e todos nós pensamos duas vezes se valerá a pena criar esse confronto. Antes poderíamos chegar a um item escondido numa montanha enquanto contornávamos inimigos, sem os lutar, mas ganhando o prémio. Agora o único caminho está guardado e a luta é inevitável se quiserem esse item. São estas pequenas diferenças que somadas fazem uma diferença enorme, e por isso dizemos que este jogo está mais difícil do que a versão anterior (mas não tão difícil quanto Bloodborne).

Se já forem jogadores desta saga, este elevar da dificuldade será um desafio interessante, mas não será problemático. Todavia, quem começar a jogar esta saga, e escolher esta versão, terá aqui um verdadeiro desafio até compreender todas as mecânicas e estratégias mais produtivas para evoluir e vencer inimigos. Não é um jogo para quem goste de algo fácil, mas sim para quem procura verdadeiros desafios. A sensação de plenitude ao avançarmos no jogo é refrescante. Ganhar o troféu de platina é um orgulho… Pelo meio serão vários os puzzles que irão enfrentar, desafiantes e variados, que encaixam muito bem no enredo.

E é no enredo que talvez encontramos o ponto mais fraco. Mas com isto não dizemos que o enredo é fraco, mas apenas que não está no fantástico nível no qual os outros componentes estão. No entanto, este jogo não exige que a história nos surpreenda e nos marque para sempre, porque é a experiência de jogar Dark Souls II que faz a diferença ao ponto de o enredo se tornar secundário no meio de mais de 60 horas, porque aqui jogamos pelo desafio, pela descoberta, pela superação de nós mesmos enquanto jogadores.

Por fim, um rápido destaque para a parte sonora, onde uma boa banda sonora e bons efeitos estão presentes, ajudando a criar um ambiente medieval como poucos jogos conseguiram até hoje, tornando tudo mais credível.

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Dark Souls II: Scholar of the first Sin não é só bastante melhor do que a sua versão anterior, é também o melhor jogo da saga Souls, deixando para trás Demon Souls e Dark Souls. Mais do que isso, Dark Souls II é um jogo que merece ser jogado mesmo por quem jogou na anterior geração, pois as melhorias são muitas. O problema de Dark Souls II, e que resulta um hype inferior ao que merecia, chama-se Bloodborne, que ao ser lançado umas semanas antes elevou de tal forma a fasquia deste género que durante uns anos será a referência. No entanto, Dark Souls II sobrevive e dentro do género medieval é do melhor que podem levar para casa. Totalmente recomendado… e se não conhecem a saga ficam avisados… preparem-se para um grande desafio.

 

Pontos fortes:

  • Belos cenários
  • Jogabilidade refinada
  • Inteligência artificial
  • Jogo e DLCs num resultado de mais de 60 horas de jogo apenas para acabar a história
  • Muito para se explorar
  • Brutais lutas contra “bosses”

Pontos fracos:

  • O início bastante difícil poderá afastar alguns jogadores

 

Hardware usado pela MHD para teste de jogos:

PS4:

  • PlayStation 4 Glacier White
  • DualShock 4 White
  • Razer Leviathan Sound System

PC:

  • Headphones Razer Carcharias
  • Keyboard Razer Epic Chroma

LP

 

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One thought on “Dark Souls II – (PS4) | Análise

  • finalmente alguem fala sobre este grande jogo. parabéns à Mhd pelas grandes análises de jogos sempre objetivas e com grande capacidade de analise. estou neste momento a jogar o jogo e a adorar até agora. merece a vossa pontuação. continuem com o excelente trabalho nas análises que são das melhores que se podem ler na nossa língua.

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