Dragon Quest Heroes – (PS4) | Análise

 

Dragon Quest já foi um dos grandes nomes entre os jogos mais vendidos no Japão. Atualmente, é ainda uma saga de sucesso de vendas mesmo tendo perdido algum fulgor. Será este mais uma grande entrada na saga?

 dragon quest heroes  

  • Editora: Square Enix
  • Produtora: Square Enix
  • Plataformas: PS4

 

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Nunca conseguiu, aqui pela Europa, alcançar o sucesso de outras sagas JRPG, mas não por falta da qualidade que foi apresentando. Agora, chega-nos Dragon Quest Heroes, oferecendo um enredo em que várias das nossas personagens favoritas da saga se juntam para mais um interessante enredo que vos durará pelo menos 35 horas até ser terminado, e que se poderá tornar numa experiência ainda mais longa se começarem a explorar algumas missões secundárias.

Com um conjunto de personagens bastante interessante, sendo que 12 são jogáveis, temos muito para combater e evoluir. Estas personagens que já conhecemos (mas que se não conhecerem não prejudica a experiência) apresentam-se com um fulgor interessante. O enredo é rico, é divertido e no final terão várias personagens que irão gostar.

O que teremos pela frente é um enredo divertido, mas também sombrio, ou não seria este um Dragon Quest. Questões morais e cheias de maturidade irão aparecer durante a nossa jornada, e apesar de este ser um dos jogos menos pesados da série, nunca se torna num jogo adolescente, mesmo que os gráficos, pelo seu design, possam indicar que este é um jogo mais infantil. 

Na jogabilidade temos a mistura de vários conceitos de JRPGs. O esquema de evolução das personagens é viciante e intuitivo, ajudando-nos a perceber rapidamente as diferenças entre as doze personagens, o que as distingue e como cada uma irá alterar a nossa forma de jogar. Com tantas personagens na nossa bagagem, raramente o jogo se tornará repetitivo em termos de combate. É verdade que algumas missões secundárias são demasiado parecidas enquanto enredo, mas a jogabilidade será sempre diferente se assim o quisermos e se tivermos como forma de jogar o uso da grande diversidade de personagens que temos.

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A inteligência artificial torna-se interessante aos poucos, não deixando que este seja um jogo de ação sem estratégia. Conhecer os inimigos e explorar as suas fraquezas é a melhor forma de avançar, não criando a sensação que basta atacar e atacar. Todavia, o jogo peca por ser fácil na sua primeira metade, só se tornando um desafio ao fim de umas 15 horas de jogo. Sendo um jogo rápido com combates intensos, esquivar é fundamental e será uma das nossas ações mais importantes. Porém, a camera nem sempre ajuda se estivermos numa batalha cheia de inimigos e teremos de nos habituar às suas falhas e tentar evitar que aconteçam com regularidade, esquivando para locais inteligentes e que não nos deixam em pontos cegos. 

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Um dos aspetos mais importantes, e que mais nos agradou, é a estratégia inerente à invocação de vários monstros que apresentarão comportamentos diferentes. Escolher, conhecer e invocar os nossos monstros nos momentos certos fará muitas vezes a diferença entre o sucesso e o insucesso. Criem a vossa estratégia e não se limitem a carregar nos botões.

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O enredo é interessante, feito para não nos deixar parar, sempre com algo novo para se fazer e sempre com grande foco na personalidade dos elementos do nosso grupo. O ritmo raramente baixa, e quando o faz é devido a alguns diálogos menos objetivos, mas que depois acabam por ajudar à construção das personagens. O mundo apresentado é interessante, cheio de surpresas e muito variado, mostrando um design de aplaudir e que se enquadra totalmente com as personagens e enredo. Graficamente faz o que lhe compete dentro do seu género. Como sempre é fácil ver as semelhanças gráficas com Dragon Ball Z, pois a mão de Akira Toryama está presente a cada momento do jogo. De lamentar apenas algumas movimentações e animações mais repetitivas ou menos realistas, mas que também só começamos a notar com frequência devido a este ser um jogo bastante longo.

O que este jogo tem de mais forte é a sua parte sonora. Banda sonora bem conseguida, que encaixa muito bem nos momentos mais importantes do jogo. Os efeitos sonoros são bons e o trabalho de vozes é perfeito dentro do estilo do jogo, sendo o grande selo de qualidade de Dragon Quest Heroes.

Dragon Quest Heroes é um daqueles jogos que pode não ter uma qualidade extrema, mas que adoramos jogar. Não queremos desligar a consola, não queremos parar. É divertido, é alegre e intenso, mas também consegue ser calmo e pesado quando tem de o ser. Se são fãs do género ou fãs da série, então é mesmo um jogo a ter pelas horas de diversão que vos irá oferecer!

Pontos fortes:

  • Design das cidades e personagens
  • 12 personagens diversificadas em personalidade e jogabilidade
  • Componente sonora muito boa
  • Muito divertido

Pontos fracos:

  • Fácil durante as primeiras 10 horas
  • Nas batalhas mais intensas a camera não ajuda

 

Hardware usado pela MHD para teste de jogos:

PS4:

  • PlayStation 4 Glacier White
  • DualShock 4 White
  • Razer Leviathan Sound System

PC:

  • Headphones Razer Carcharias
  • Keyboard Razer Epic Chroma

Luís Pinto

 

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