Dune: Messiah (Denis Villeneuve) afinal vai chegar antes do esperado
Entre as dunas de um universo cinematográfico em constante expansão, novas sementes são plantadas nos desertos de Dune.
O universo de Dune, criado por Frank Herbert, tem revelado inegavelmente uma força gravitacional no panorama cinematográfico atual. Depois de décadas de adaptações fracassadas e tentativas abandonadas, a visão de Denis Villeneuve conseguiu finalmente trazer para o grande ecrã a complexidade e a profundidade deste mundo ficcional de uma forma que cativou tanto os fãs acérrimos como o público em geral. Esta saga, que muitos consideravam “impossível de filmar”, provou ser não só filmável, mas também capaz de se tornar num fenómeno cultural de proporções épicas.
Hans Zimmer revela que “Dune: Messiah” está mais próximo do que pensamos
Numa revelação surpreendente durante a sua participação no podcast “Happy Sad Confused“, Hans Zimmer, o aclamado compositor responsável pelas paisagens sonoras hipnóticas dos primeiros dois filmes da saga, partilhou informações que aceleraram o pulso dos fãs. “Falo com Denis todos os dias. Sim, está a acontecer mais cedo do que mais tarde”, afirmou o compositor quando questionado sobre o progresso de “Dune: Messiah”.
Esta declaração aparentemente simples carrega consigo um peso significativo no contexto das informações prévias sobre os projetos futuros de Villeneuve. Inicialmente, o realizador tinha indicado que outros trabalhos ocupariam a sua agenda mais imediata, incluindo uma adaptação do livro “Nuclear War: A Scenario” de Annie Jacobsen e um projeto sobre Cleópatra. No entanto, o impacto cultural e o sucesso crítico e comercial de “Dune: Parte Dois” parecem ter alterado drasticamente estas prioridades.
As publicações especializadas da indústria, como a The Hollywood Reporter, já avançaram que as filmagens de “Dune: Messiah” estão programadas para o Verão de 2025, coincidindo parcialmente com a produção de “Homem-Aranha 4“. Esta calendarização representa inegavelmente uma aceleração em relação às expectativas iniciais, refletindo a crescente urgência criativa que Villeneuve sente em relação a este projeto.
Os desafios de “Dune: Messiah”
O próprio Villeneuve, numa entrevista à Collider, expressou uma profunda conexão emocional com a recepção dos seus filmes de Dune, que o motivou a alterar os seus planos: “Eu esperava fazer outra coisa antes, mas francamente, essa foi a inspiração que me veio à mente enquanto tirava uma pausa neste verão e voltava a terminar a história. Fiquei realmente comovido com a forma como a ‘Parte Dois’ foi recebida pelos cinéfilos em todo o mundo, e senti um apetite e um desejo de ver mais, e uma responsabilidade de terminar essa história.”
Este sentimento de responsabilidade não é de menosprezar, especialmente considerando os desafios inerentes à adaptação de “Dune: Messiah”. Embora seja um livro significativamente mais curto em comparação com o romance original, apresenta uma densidade temática considerável e uma complexidade narrativa distinta. A história explora as consequências da ascensão de Paul Atreides ao poder e a sua luta interna contra o destino messiânico que ele próprio desencadeou.
Assim, a evolução criativa necessária para transpor esta narrativa para o grande ecrã exigirá decisões audaciosas de toda a equipa criativa, incluindo Zimmer, cujas composições para os primeiros filmes foram instrumentais na criação da atmosfera única de Arrakis. A desqualificação controversa da banda sonora de “Dune: Parte Dois” dos Óscares poderá também servir como combustível para uma abordagem ainda mais inovadora ao terceiro filme.
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