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FIFA 20 (PS4) | em análise

“FIFA 20” tem o peso nos ombros de tentar ser o grande jogo de futebol do ano, mas a concorrência este ano é muito forte. Será que consegue ser o Rei?

ANÁLISE | FIFA 20

Não precisamos de muitos minutos para perceber que “FIFA 20” mudou bastante na forma como temos de defender. Todo o ato de defender é agora mais exigente, mais inteligente, levando os jogadores a terem de se adaptar, de se posicionar melhor, usar o corpo e não nos limitarmos a encostar o corpo e fazer carrinhos. Isto é principalmente importante porque anteriormente os FIFA tinham o defeito de muitas vezes os defesas lentos conseguirem apanhar os avançados rápidos. Agora tal raramente acontece, pois o adiantar da bola por parte do adversário é mais inteligente, e com isso, voltamos à questão da defesa, pois não podemos dar espaço, muito menos nas nossas costas, sendo fundamental o posicionamento.

Algo que nos últimos anos me tem agradado nos FIFA é o facto de o jogo ter uma velocidade realista. Este ano o jogo quase parece ter duas velocidades, dependendo se estão a atacar ou defender. Por vezes chateia a forma como a nossa equipa não aproveita o contra ataque, por vezes surpreende porque aproveita muito bem, para lá do esperado. Para um jogo em que a defesa está tão boa, e os espaços são poucos, devido à pressão da defesa, a agilidade e velocidade são importantes, e por vezes os nossos colegas não aproveitam. No entanto, não se preocupem, continua a ser possível fazer grandes jogadas, grandes golos e a espetacularidade está garantida.

Mas claro que a grane novidade é o Volta, o modo de jogo que parece um “FIFA Street”, cheio de velocidade, fintas e espetacularidade, muitos festejos e um público com um ambiente interessante. Podemos jogar o Volta em quatro formas possíveis, kick-off normal, Tour, Liga e História. Todas elas têm curiosidades diferentes, mas o que torna Volta mesmo viciante é o facto de os campos serem diferentes em tamanho. Com mais de 25 campos no Volta, cada um com o seu tamanho, quer de campo quer de balizas, cada jogo é diferente e uns parecem mesmo aqueles jogos atabalhoados que tivemos em crianças no meio da rua com balizas super pequenas. O modo História demora umas 6 horas, é bastante básico, com os clichés normais e que não agarram muito jogadores mais maduros. Até porque estamos habituados a um modo História que nos leva para os grandes palcos mundiais, para as equipas de topo, e aqui tudo se foca apenas em futebol de rua, que tem o seu impacto, mas que perde em termos de peso.

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Já o modo Liga, para encontros online, é o trunfo. No entanto preparem-se, porque este Volta é muito mais arcade do que o resto, o que agradará a uns, mas não a outros, principalmente porque a física da bola não está fantástica neste modo de jogo.

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De resto, “FIFA 20” traz mais adições a outros modos, como o modo em que sempre que a bola sai de campo, logo aparece outra para continuarmos a jogar.

Mas é no modo Carreira que comecei a passar bastante tempo, e aqui nota-se que a EA não traz muitas adições. Agora temos mais diálogos com a imprensa, que provoca alterações no moral da equipa ou de um jogador, mas continua a ser muitas vezes previsível, para que não se perca muito tempo a pensar nestas questões, o que agradará a uns, não a outros. O grande problema é que as perguntas são repetitivas, tal como acontece com outros jogos de desporto. Gostava de notar maior variedade e muitas vezes passo as perguntas e cutscenes.

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Dentro da jogabildaide em si, gostei do facto de agora podermos definir como queremos a nossa equipa a jogar consoante a mentalidade que definimos. Durante o jogo podem alterar a mentalidade para defesa, médio, ataque e ultra ataque, e com isso a própria formação da equipa muda. Parte boa é que tudo fica mais realista e dinâmico, a parte má é que se não definirmos essas mentalidades em cada equipa, o jogo sozinho muda as formações, e alguns jogadores ficam completamente fora do sítio.

De resto, obviamente que no Ultimate Team que iremos passar mais tempo. Este modo de jogo continua excelente, mas também é verdade que continua quase igual ao ano passado. E isto é a imagem do “FIFA 20”, um jogo que continua muito parecido ao jogo do ano passado. Globalmente as grandes diferenças são a inclusão do Volta, muito viciante, e de um melhor sistema de defesa, muito mais realista e estratégico, mas no resto, as diferenças são mínimas.

Graficamente continua um bom jogo mas sem grandes melhorias em relação ao “FIFA 19“, o ambiente e a banda sonora são boas, os comentários continuam a precisar de melhorias e o facto de quase tudo neste jogo ter licenças oficiais é um trunfo, mas eu gostava de ver mais. “FIFA 20” deveria ser o grande FIFA desta geração de consolas, com grandes novidades, mas não é. É verdade que tudo o que muda, muda para melhor, e no global é um jogo superior ao “FIFA 19”, mas eu queria mais. No entanto, “FIFA 20” será recordado como o jogo que juntou o realismo do relvado com o arcade dos jogos de rua. E esta mistura é, provavelmente, o seu maior trunfo.

 

Luís Pinto

HARDWARE USADO PELA MHD PARA TESTES DE JOGOS

PS4:

  • PlayStation 4 Pro
  • Razer Raiju Controller
  • Razer Leviathan Sound System

PC:

  • Headphones Razer Kraken TE
  • Keyboard Razer Blackwidow Elite
  • Mouse Razer Naga Epic Chroma
  • Monitor AOC U3277PWQU

Mobile:

  • Huawei P30
FIFA 20
fifa 20 neymar

Game title: FIFA 20

Game description: Fifa 20 tem o peso nos ombros de tentar ser o grande jogo de futebol do ano, mas a concorrência este ano é muito forte. Será que consegue ser o Rei?

  • Jogabilidade - 87
  • Gráficos - 82
  • Som - 79
82

RESUMO

O MELHOR: Excelente novo sistema de defesa. Muitas licenças. Volta é uma boa adição. FUT continua viciante.

O PIOR: Poucas mudanças em alguns modos de jogo

EDITORA: EA Sports

PLATAFORMA: PlayStation 4

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  1. Francisco Fernandes 28 de Setembro de 2019

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