A Flor | A maior odisseia cinematográfica chega aos Screenings Funchal
“A Flor”, o filme mais longo da história do cinema argentino promete surpreender os mais ousados espectadores dos Screenings Funchal.
Os Screenings Funchal continuam a provar o porquê de serem o maior e principal projeto de cinema independente, e à parte, que alguma vez nasceu na Ilha da Madeira. Depois da exibição restrita em algumas salas do território continental, “A Flor”, filme mais longo da história do cinema argentino – com mais de 13h de duração – chega ao Fórum Madeira, no Funchal, para surpreender os madeirenses.
É um momento especial para a história da distribuição cinematográfica da R.A.M. e portanto haverá que fazer chegar a mais e mais público este acontecimento. Como habitual, a MHD ajuda na promoção de mais um espectáculo deste projeto.
A Flor em setembro e outubro nos Screenings Funchal
Arrojado é o filme, e arrojado é também a sua exibição, numa região mais habituada ao cinema comercial do que ao cinema independente. Felizmente, a NOS Audiovisuais e o Fórum Madeira abraçaram a exibição repartida de “A Flor” nos Screenings Funchal todas as sextas-feiras dos próximos meses de setembro e outubro de 2021. É uma oportunidade para os espectadores, sejam estes mais jovens e frescos no cinema argentino, sejam aquelas com maior bagagem, puderem aproveitar de uma verdadeira odisseia cinematográfica.
Pedro Pão falou com a MHD sobre a necessidade de trazer “A Flor” ao público madeirense, porque haverá certamente que desflorar o interesse por uma experiência fílmica que se revelará distinta e inesquecível. Para Pedro Pão, o cinema faz-se e vê-se em sala e se a distribuição aceitou o desafio, fica apenas a faltar o espectador.
O filme “A Flor” é um grande desafio de distribuição, principalmente devido à imponência da sua duração, que a Nitrato Filmes felizmente teve a ousadia de distribuir. Foi exibido em muito poucas salas do país, mas a sua passagem pelo Funchal era importante. Apesar de não ter sido fácil encontrar um modelo de exibição para uma obra desta dimensão devido à nossa frequência semanal, organizei a programação de forma inédita para poder acomodar esta obra-prima.
Assim, todas as sextas-feiras de setembro e outubro estão dedicadas a “A Flor” no Fórum Madeira, sendo que em cada sexta-feira os espectadores verão cada uma das suas oito partes. Durante estes meses, as sessões são únicas e não terão repetição. Abaixo, deixamos-te uma nota para que percebas como funciona a exibição de “A Flor” nos Screenings Funchal.
8 Partes de “A Flor” nos Screenings Funchal
- 1ª parte – 3 de Setembro
- 2ª parte – 10 de Setembro
- 3ª parte – 17 de Setembro
- 4ª parte – 24 de Setembro
- 5ª parte – 01 de Outubro
- 6ª parte – 08 de Outubro
- 7ª parte – 15 de Outubro
- 8ª parte – 22 de Outubro
Para Pedro Pão, “quem quiser embarcar connosco nesta odisseia cinematográfica, garanto uma experiência única”. Inesperadamente, cada filme pode ser apreciado isoladamente, porque em cada uma das oito partes refere-se a episódios distintos, a géneros distintos e “sem relação entre si”. A única excepção é a presença de quatro fantásticas atrizes Pilar Gamboa, Laura Paredes, Valeria Correa e Elisa Carricajo. A sinopse em português de “A Flor” pode ser lida abaixo. Podes ainda assistir ao trailer mais à frente.
Produzido ao longo de uma década, La Flor de Mariano Llinás (Argentina) é um trabalho irrepetível de amor e loucura que redefine o conceito de visualização compulsiva. Filmado em todo o mundo, La Flor é composto por seis episódios distintos, cada um protagonizado pelas mesmas quatro atrizes: de um filme de monstros a um musical, de um thriller de espionagem ao remake de um clássico francês. Aclamado pela crítica, La Flor é uma aventura épica em escala e imaginação, uma ode extremamente divertida e viciante ao poder da narrativa.
Marino Llinás, nascido em 1975 em Buenos Aires, é o responsável por este projeto. Antigo estudante e agora professor da Universidade del Cine na Argentina, Marino Llinás é aqui o realizador de um filme que tem muitos poucos a explorar. Para o cineasta, a experiência de rodagem de “A Flor” assimila-se bastante ao filme “Stromboli”, de Roberto Rossellini, estreado no Festival de Cannes em 1950. Nesse filme, a experiência ficcional de uma atriz passou a ser algo maior, uma experiência além da vida e que nos agarra imediatamente às emoções. “A Flor” vem nesse alinhamento, mas afirma que a experiência é o próprio filme.
Trailer “A Flor”, o maior épico do cinema argentino
Nas palavras do realizador, “A ideia é de que um filme seja antes uma série de filmes, uma era na vida de quatro pessoas, e que o cinema possa mostrar essa passagem de tempo, essa aprendizagem, esse processo”.
A magia do cinema de “A Flor” é para se sentir todas as sextas-feiras de setembro e outubro nos Screenings Funchal.