Glee | Ryan Murphy quebra silêncio e revela planos para o futuro da série
A trágica morte do ator Cory Monteith levou a que a FOX adiasse a estreia da quinta temporada de “Glee“ nos EUA. Num comunicado divulgado através da página oficial de “Glee” no Facebook, é possível ler que a série estava prevista estrear no dia 19 de setembro mas, à luz dos últimos acontecimentos, só começará a ser exibida dia 26 de setembro. Também as filmagens da nova temporada, originalmente previstas iniciarem este mês, irão retomar apenas em agosto.
Ainda em choque com a morte de Cory Monteith, Ryan Murphy, criador de “Glee”, aceitou quebrar o silêncio este sábado e esclarecer algumas questões dos media. “Quando somos confrontados com uma situação tão triste e chocante, o que é que fazemos? Pensámos em todas as opções: cancelamos a série? Começamos a filmar em janeiro? O que é que fazemos?”, desabafa ao The Hollywood Reporter. Descrevendo Monteith como o seu “filho mais velho“, Ryan conta que os produtores de “Glee”, em conjunto com Lea Michele, namorada de Cory e par romântico na série, tiveram que discutir todas as opções. “Por fim, decidimos que o melhor para todos nós seria voltar ao trabalho e estar junto das pessoas que o conheciam e amavam, para que possamos fazer o luto em conjunto”, assegura.
Ryan revela que o plano atual é prestar homenagem a Cory no terceiro episódio da nova temporada, uma vez que os dois primeiros vão ser dedicados aos Beatles. “Vamos escrever o terceiro episódio, que diz respeito à morte de Finn. Como podem imaginar, é um episódio difícil de escrever. Tem que ser feito com muito cuidado, bom gosto e com a certeza de que estaremos a prestar homenagem ao Cory (…)”, afirma ao TVLine quebrando o mistério sobre o rumo de uma das personagens mais queridas de “Glee”. A partir daí a produção de “Glee” tenciona fazer um longo hiatus para tentar descobrir o que fazer à série e a melhor forma de regressar.
Quando questionado pelo THR sobre se terá pensado em acabar de vez com a série, Ryan Murphy afirma que caso Lea Michele lhe tivesse comunicado não ser capaz de regressar, teria respeitado a sua vontade. Acrescenta também que a atriz é a jovem de 26 anos com mais força que conhece e que, para ela, cancelar a série e prejudicar centenas de pessoas nunca foi uma opção válida.
O grande historial de abuso de drogas e álcool levou a que Monteith procurasse tratamento numa clínica de reabilitação em março deste ano. Ryan contou ao TVLine como tudo se processou: “Assim que descobrimos fizemos-lhe uma intervenção com o apoio da Lea para ele ficar melhor. Dissemos-lhe ‘Não te preocupes com o teu emprego; vais ter sempre emprego. Não tenhas medo. Não te preocupes com a vergonha. Preocupa-te em ficar melhor e mais forte…’ (…) Ele era muito carinhoso e querido mas também muito teimoso. (…) Ele queria participar nos dois últimos episódios da quarta temporada e foi nessa altura que descobrimos que o vício se tinha apoderado dele novamente. Eu disse-lhe ‘Nem penses nisso. Vamos tirar-te dos episódios, a tua vida é mais importante do que uma série de televisão. Não vais filmar, vais entrar naquele carro imediatamente e aceitar a ajuda que eu, o Brad e a Lea te arranjámos’, disse-lhe. Pensei que ele fosse contrariar-me mas, ao invés disso, ele disse ‘Ok, estou feliz por isto ir acabar'”.
A 13 de julho, Cory Monteith foi encontrado sem vida num quarto de hotel em Vancouver, Canadá, devido a uma mistura de heroína e álcool. O corpo do jovem foi cremado dia 17 de julho na presença de familiares próximos e de Lea Michele. “Ela tem sido um grande apoio para muita gente (…) Todos temos seguido as indicações dela. Não fazemos nada que ela não queira”, conta ao TVLine acrescentando ainda estar a planear, em conjunto com a atriz, um memorial em honra de Cory, para o elenco e equipa técnica de Glee e para os funcionários da FOX.