Gritos | Curiosidades da sangrenta saga de terror
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Uma das mais populares sagas de terror da história do cinema, “Gritos” faz 25 anos! Com cinco filmes já lançados, vem descobrir algumas curiosidades.
O quinto capítulo do sangrento Ghostface chegou aos cinemas apenas agora, no início de 2022, mas a história de “Gritos” já se começou a fazer há muito tempo atrás. Um fenómeno de culto e uma das sagas de terror favoritas dos fãs do género, “Gritos” chegou aos cinemas pela primeira vez em 1996 pela realização de Wes Craven.
Agora, 25 anos depois, celebramos não apenas o seu aniversário mas toda uma nova geração que continua a deixar-se apaixonar-se pela história. Vamos descobrir algumas curiosidades sobre os filmes de “Gritos”, que já por aqui andam há mais de duas décadas?
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O SUCESSO DE GRITOS
De toda a saga, o filme original “Gritos” (1996) continua a ser o de maior sucesso de bilheteira; deu lugar a quatro sequelas e arrecadou um box-office de 608 milhões de dólares em todo o mundo.
A HISTÓRIA DO TÍTULO
Antes de ser “Scream” (“Gritos”), o filme teve o curioso título de “Scary Movie” – sim, aquele título que associamos aos filmes de comédia que são uma paródia a todos os grandes êxitos de terror. No entanto, apesar deste título inicial, o mesmo foi alterado pelos irmãos Weinstein (produtores do filme) depois de ouvirem a música “Scream” de Michael Jackson e Janet Jackson. A alteração no entanto já aconteceu tarde em termos de produção; já havia merchandising criado com “Scary Movie”.
Wes Craven eventualmente aceitou o novo título do filme mas admitiu nos comentários do DVD qe não ficou propriamente entusiasmado quando lhe foi comunicada a mudança.
AS INSPIRAÇÕES
A história de “Gritos” teve duas inspirações distintas, uma real e outra cinematográfica. Em termos reais, Kevin Williamson, o argumentista, inspirou-se numa série de homicídios reais que aconteceram em 1990, em Gainesville, Florida – uma série de estudantes foram assassinados por Danny Harold Rolling, The Gainesville Ripper. Já em termos cinematográficos, a inspiração veio do clássico de 1978, “Halloween”, de John Carpenter.
AS ORIGENS DE GRITOS
Independentemente das suas inspirações para o argumento final, a premisa de “Scream” teve origem numa ideia para curta-metragem. A cena de abertura do primeiro filme, quando um assassino persegue a jovem Casey Becker (Drew Barryore) enquanto ela fala ao telefone, foi pensada inicialmente por Kevin Williamson para ser algo único e finito. Só depois aceitou a ideia de criar todo um argumento a partir desta cena.
E SE NÃO FOSSE WES CRAVEN?
Apesar de ser um dos trabalhos mais notórios de Wes Craven, o cineasta não foi a primeira opção para a cadeira da realização e o próprio também não se deixou convencer à primeira. Apesar de já ser conhecido por ‘mestre do terror’ por filmes como “A Nightmare on Elm Street” (1984), “The Last House on the Left” (1972) e “The Hills Have Eyes” (1977), antes de Crave foram considerados nomes como Quentin Tarantino ou Robert Rodriguez.
Quando os estúdios finalmente apontaram para Wes Craven, o cineasta havia manifestado vontade de deixar o género gore, recusando assim por duas vezes o projecto, considerando-o demasiado violento e sombrio. Acabou por trocar de ideias.
A ESCOLHA DA MÁSCARA
É uma das máscaras mais icónicas da história do cinema e do mundo do terror mas a sua escolha foi… acidental. Com um argumento que apenas uma “máscara de assassino fantasma”, os cineastas e equipa de produção e design desenharam vários modelos que não tiveram consenso. A escolha final acabou no entanto por ser acidental; a equipa estava à procura de locais para realizar as filmagens quando, numa das casas, a produtora Marianne Maddalena encontrou uma máscara deixada numa cadeira – ela achou ser a máscara perfeita, embora grande parte da equipa não concordasse. Apesar disso, tentaram moldar a máscara e, face à falta de sucesso em criar algo bom, foram tem com os criadores da máscara e negociaram para que ela entrasse no filme.
AS POSSÍVEIS SIDNEY PRESCOTT
Ao fim de 25 anos já ninguém imagina outra actriz que não Neve Campbell no papel de Sidney Prescott mas, sabem que não foi a primeira escolha? A primeira, e que chegou a ser confirmada no papel principal, foi mesmo Drew Barrymore; no entanto, por conflitos de agenda, decidiu deixar o papel de Sidney, ficando-se com um papel mais pequeno mas memorável – o de Casey.
No entanto, outros nomes foram considerados em 1995/1996 para Sidney Prescott, nomeadamente Melissa Joan Hart, Brittany Murphy, Tori Spelling e Reese Witherspoon.
O CASTING DE DAVID ARQUETTE
Durante os castings para o filme original, foi pedido a David Arquette que fizesse uma audição para o papel do vilão Billy Loomis, mas Arquette sentia que Billy não era o personagem certo para ele. Dewey Riley acabou por ser adaptado consoante a visão que Arquette tinha para esta personagem.
CHAMADAS POR ENGANO
As gravações de “Scream” não tiveram histórias de terror mas tiveram alguns acidentes, nomeadamente as chamadas para o serviço de emergência dos EUA, 911. Tendo a equipa dos adereços esquecido de desligar a linha telefónica, por várias vezes Drew Barrymore ligou para o 911, causando alguns percalços e levando a polícia até ao set de filmagens.
OS EFEITOS PÓS-GRITOS
Depois de “Scream” ter chegado ao cinema, um fenómeno instalou-se: o identificador de chamadas. Algo que ainda não era comum a meio da década de 90, os dados apontam que nos meses seguintes à estreia do filme que a tecnologia para identificar a origem das chamadas triplicou dado o impacto que o filme teve nos espectadores e no medo de ter um assassino do outro lado da chamada.
WES CRAVEN EASTER EGGS
Para além de Wes Craven ter tido um cameo no próprio filme, como Fred, o contínuo que usa uma camisola de Freddy Krueger, o mesmo não se inibiu de deixar outras referências aos seus próprios trabalhos. Houve menção a “Nightmare on Elm Street” e como as sequelas ‘não prestaram’, e até um nod pela personagem de Tatum aos filmes de Wes Carpenter, uma combinação de Craven e John Carpenter, o realizador de “Halloween” (1978).
Em “Scream 2” também incluíram Freddy Krueger e em “Scream 4” (2011) fizeram uma pergunta de trivia sobre a arma de Krueger e usaram um poster de “The Hills Have Eyes”.
A NOITE MAIS LONGA DA HISTÓRIA DE TERROR
É a cena final de “Scream” (1996) e, com uma duração de 42 minutos, é apelidada pela equipa e elenco como “a noite mais longa da história do terror”. O motivo? O tempo de gravação. A cena foi gravada ao longo de 21 dias, desde que o sol se levantou até que se pôs – como brincadeira, no final das filmagens, a equipa fez t-shirts a dizer “I SURVIVED SCENE 118”, referindo-se à cena em questão e em como tinham conseguido com sucesso acabar a mesma.
GHOSTFACE
O nome de Ghostface só é mencionado uma vez em todo o filme de “Scream”. O nome foi-lhe dado pela primeira vez por Tatum (Rose McGowan), no confronto na garagem quando ela lhe diz “No, please don’t kill me Mr. Ghostface, I wanna be in the sequel!”.
O INÍCIO DE UM COMPOSITOR
Conceituado compositor, e já nomeado por duas vezes aos Óscares da Academia, foi em “Gritos” que Marco Beltrami teve a sua grande oportunidade. Apesar de ter tido alguns trabalhos anteriores a 1996, foi com o filme de Wes Craven que o compositor ficou responsável pela banda sonora de uma longa-metragem pela primeira vez.
OS EFEITOS DA SEQUELA
Quando a Dimension Films anunciou a sequela de “Scream” ninguém estava à espera do sucesso junto do público, e muito menos que o argumento final fosse divulgado pela internet. “Scream 2” foi dos primeiros filmes a ver a sua história ser divulgada antes do tempo, algo com que os estúdios ainda não estavam preparados para lidar. Quando tal aconteceu, a equipa teve de mudar de estratégia, com Williamson a reescrever grandes partes do argumento de modo a evitar saber-se a identidade dos assassinos, por exemplo, antes do filme chegar aos cinemas.
À medida que foram surgindo mais sequelas os estúdios continuaram a adoptar medidas de protecção com os argumentos, inclusive com várias versões do suposto argumento final assim como a filmagem de múltiplos finais – nestes casos apenas Wes Craven sabia qual é que iria usar na versão final.
STAB, UM FILME A SÉRIO
Um filme dentro de um filme. Assim é “Stab”, o filme de terror que é apresentado em “Scream 2” e que procura retratar os acontecimentos do primeiro filme. E, apesar de poder ter sido parte integrante das filmagens de Craven, a verdade é que “Stab” foi filmado como se de um filme independente se tratasse, por Robert Rodriguez (“Spy Kids” e “From Dusk Till Dawn”).
Curiosamente, Robert Rodriguez foi um dos primeiros nomes que os estúdios consideraram para dar início à saga em 1996.
WILLIAMSON E A PRESENÇA NA SAGA
“Scream 3” é o único filme da saga em que Kevin Williamson não esteve envolvido. Por conflitos com Bob Weinstein, um dos produtores do filme, o argumentista não fez parte do projecto dado que os estúdios optaram por irbuscar Ehren Kruger (“The Ring” e “Transformers: Era da Extinção”). Williamson voltaria no entanto para “Scream 4”.
UMA SEQUELA OU TRILOGIA?
Ainda que tenha tido Wes Craven novamente na cadeira da realização, “Scream 4” foi abordado como o início de uma nova trilogia por parte do realizador. E a ideia vinha do próprio – embora se saiba que Bob Weinstein estava bastante entusiasmado com a saga poder criar mais filmes para o estúdio. No entanto, Kevin Williamson, o argumentista, sempre foi mais reticente com eta ideia, tendo inclusive deixado a ideia de lado quando Craven morreu em 2015; voltou no entanto em 2022 para “Gritos” quando foi abordado pelos novos argumentistas e realizadores.
O ÚLTIMO PROJECTO DE WES CRAVEN
Um mestre do terror, Wes Craven deixou um legado fenomenal na história do cinema quando faleceu em 2015. Curiosamente, o seu último trabalho como realizador foi precisamente “Scream 4”, lançado quatro anos antes da sua morte; não foi certamente o melhor da saga, mas possuía a essência do realizador.
AS MORTES DE GRITOS
Na história dos filmes de terror, “Gritos” é a saga com mais contagem de mortos. Contabilizando apenas os quatro primeiros filmes, houve sete assassinos a adoptarem a máscara de Ghostface e um total de 41 mortes cotabilizados.
NOTA: Sabemos que Jason Voorhees e Michael Myers também causaram a sua marca ao longo de vários anos mas dado o número de filmes que cada um já teve, e os poucos de Ghostface, consideramos este número deveras ‘notável’.
UMA HOMENAGEM A CRAVEN
Inicialmente, Kevin Williamson, diretor executivo, disse à equipa para seguirem com o filme sem a sua participação, pois sentia ser impensável dar continuidade à saga depois do falecimento do seu amigo íntimo e mentor, Wes Craven, em 2015. “Gritos” (2022) foi efectivamente o primeiro filme sem o realizador original da saga.
AS 3 PERSONAGENS PRINCIPAIS
Por norma, pelo menos nas sagas de terror, quem volta sempre é o vilão mas aqui em “Gritos” há quem tenha superado as expectativas. Falamos de três personagens centrais: Sidney, Dewey e Gale. Para além de terem sobrevivido a sete Ghostface diferentes, e de terem estado muito perto da morte por várias ocasiões, detêm neste momento o título de serem continuamente os sobreviventes de uma extensa saga de terror (não contamos “Halloween” aqui porque Laurie é apenas uma sobrevivente).
Melhor… as personagens continuam a ser interpretadas pelos actores originais, Neve Campbell, David Arquette e Courteney Cox.
UMA ESTREIA EM 5 FILMES
Inspirada em Jasmin Savoy Brown, Mindy é a primeira personagem homossexual nos filmes da saga ‘Gritos’.
GRITOS NA EDUCAÇÃO
Mason Gooding, uma das novas estrelas do mais recente filme da saga, é um grande fã do filme original. Nos seus tempos de estudante na NYU, o actor escreveu um ensaio sobre “Scream” (1996), tendo inclusive apresentado o mesmo aos realizadores do novo filme.
O SUSPENSE DE GRITOS
Por causa das redes sociais, o maior medo dos realizadores é que fossem divulgados spoilers antes de o filme ser lançado. Por isso, “(…) lançámos finais diferentes no mercado. Assim, quase ninguém que trabalhou no filme sabia qual era o guião verdadeiro. As últimas 30 páginas eram diferentes para todos”, revela Sherak.
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