House of the Dragon: Showrunner fala sobre a decisão marcante de Aegon II Targaryen no Episódio 2
O episódio 2 da nova temporada de “House of the Dragon” está repleta de momentos marcantes e, um deles, é a decisão abrupta de Aegon II Targaryen. Ryan Condal, showrunner e co-criador da série da Max, falou sobre a decisão. (Nota Editorial: O artigo contém spoilers).
Sumário:
- “Rhaenyra the Cruel”, o segundo episódio da nova temporada de “House of the Dragon”, possui vários momentos marcantes, incluindo o duelo de Arryk e Erryk, bem como a sequência de abertura;
- Um dos momentos mais importantes acontece quando Aegon pede a Otto Hightower o seu pingente e o entrega a Ser Criston Cole;
- Ryan Condal, o showrunner da série da Max, disse em entrevista que a jornada do jovem Rei se assemelha à de figuras histórias do nosso mundo real.
A tensão entre Aegon II Targaryen (Tom Glynn-Carney) e Otto Hightower (Rhys Ifans), The Hand, tem vindo a aumentar, especialmente depois de Lord Larys Strong (Matthew Needham), lembrar Aegon que Otto fora escolhido por Viserys I Targaryen (Paddy Considine), e não por ele. A vontade de ser o novo braço direito do Rei tem levado Lord Larys a alimentar os confrontos existentes e, no último episódio, o agora Rei toma uma decisão impulsiva que irá alterar o futuro da família.
No segundo episódio de “House of the Dragon”, depois de uma discussão acesa, Aegon retira o pingente que assinala Otto Hightower como The Hand, entregando-o a Ser Criston Cole (Fabien Frankel). Esta decisão é abrupta e claramente feita de cabeça-quente. “Rhaenyra the Cruel” termina com um Otto ferido e desapontado com o seu atual Rei – bem como com a dificuldade em controlá-lo como controlava Viserys.
Ryan Condal sobre a decisão abrupta de “House of the Dragon”
Em entrevista ao The Wrap, Ryan Condal, co-criador e showrunner da série da Max, falou um pouco sobre a decisão mais marcante do episódio 2: “Sabemos pelo primeiro episódio, e provavelmente por outros eventos que aconteceram fora-do-ecrã, que Larys incentivou Aegon a olhar para Otto Hightower como o braço direito do pai. Na mente de Larys – personagem que se tem tentado aproximar cada vez mais do centro do poder -, se tudo correr bem, ele está a ajudar Aegon a aperceber-se que há um teto sobre a sua cabeça, e que este é feito de pessoas velhas que a geração do pai colocara no poder.”
É notável que enquanto o conselho de Rhaenyra Targaryen é coeso e, apesar das opiniões distintas, tanto a guia como aceita as suas decisões, o mesmo não acontece com o conselho de Aegon – seja porque ele toma as piores decisões possíveis, seja porque os membros se habituaram a tomar as rédeas do trono e não aceitam as ideias controversas do jovem Rei. Como Ryan Condal refere, eles estão a limitá-lo e, para bem ou para mal, Aegon Targaryen está a chegar ao seu limite – com uma pequena ajuda de Lord Larys.
O showrunner e co-criador continua: “[Aegon] toma esta decisão impulsiva para se afastar de Otto e avançar para um poder centralizado.”, adicionando que o Rei “está a aprender a liderar” e que, devido à sua idade (na casa dos 20s), “tem menos conhecimentos” e “menos paciência”.
No final, a história de Aegon é a de muitos outros reis que, ao longo da nossa história real, tiveram de enfrentar problemas semelhantes. George R. R. Martin é conhecido por trazer para os seus livros, eventos e pessoas reais, e isso é visível em “House of the Dragon”, inspirado na obra “Sangue e Fogo“.
Ryan Condal termina dizendo: “É uma situação típica da política – a História está repleta de personagens como Aegon, que herdam um cargo, particularmente na monarquia, e não possuem o treino ou o temperamento ideal, e acabam por ter de encontrar o seu próprio caminho para líder. (…) Algumas dessas pessoas aprenderam e tornaram-se grandiosos, e outros transformaram-se em tiranos e monstros -, sem me referir especificamente a Aegon”.
Relativamente aos comentários dos fãs que conectam os eventos da série com acontecimentos da política mundial nos tempos atuais, o showrunner esclarece: “Não acho que estejamos a criar uma alegoria específica com os eventos atuais – penso que as pessoas vão ver na série qualquer coisa que esteja a acontecer no momento. (…) Acho que fizeste um bom trabalho se tens um tema que cative as pessoas, mesmo quando se tratam de alegorias que não existiam quando a série foi criada”.
O que achas da decisão de Aegon? Está na altura de haver um novo The Hand em “The House of the Dragon”, ou irá ele arrepender-se?