©Warner Bros. / ©Marvel Studios (Editado por Vitor Carvalho, © MHD)

James Gunn abre porta para crossover entre a Marvel e DC

Nem todos os encontros acontecem inegavelmente por acaso e James Gunn pode ter aberto a porta para o mais improvável de todos.

Num universo paralelo, Superman partilhava ecrã com o Homem de Ferro. Noutro, a Liga da Justiça trocava socos com os Vingadores. No nosso, porém, essa colisão épica permanece no reino da especulação, mas James Gunn, o mestre por trás do novo DCU, admite que já se falou nisso. A questão é: quem precisa mais deste crossover, a Marvel ou a DC? E, acima de tudo, será que alguma vez fará sentido?

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James Gunn criador do DCU
© DFree, via Shutterstock (ID: 2019627938)

Segundo uma entrevista à Rolling Stone, Gunn revelou que já se discutiu a possibilidade de unir os dois universos cinematográficos. No entanto, as negociações nunca avançaram. “Tem de vir de um lugar genuíno”, explica. “As pessoas querem boas histórias, não apenas cameos. E criar algo assim exige mais do que vontade — exige uma razão de ser.”

O problema? Logística pura. A Marvel e a DC são rivais históricas, propriedades de conglomerados distintos (Disney e Warner Bros.), e um acordo desta magnitude exigiria uma dança burocrática digna de um filme de espionagem. Além disso, Gunn está agora focado em relançar o DCU, um desafio que exige toda a sua atenção. “Se um dia acontecer, terá de ser orgânico”, admite. “Mas, por agora, o meu fogo está em construir o nosso próprio mundo.”

E que mundo será esse que James Gunn quer criar? Com Superman a receber aclamação prévia da crítica e Batman: The Brave and the Bold já em desenvolvimento, a DCU parece ter encontrado o seu rumo. Enquanto isso, a Marvel enfrenta turbulências e é aí que a conversa sobre um crossover ganha contornos interessantes.

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A Marvel precisa deste crossover mais do que a DC

Iron Man super-heróis Robert Downey Jr.
Homem de Ferro © Marvel Studios

A DCU, apesar de ainda não ter lançado um único filme, está numa posição invejável. Gunn tem créditos firmes (basta olhar para Guardiões da Galáxia), o elenco de Superman é promissor, e há um plano claro a longo prazo. Já a Marvel, após as fases 4 e 5 — repletas de altos e baixos —, parece estar a nadar contra a maré.

Assim, os Vingadores já não são o que eram, a introdução dos X-Men ainda é uma incógnita, e o regresso de Robert Downey Jr. (como o Doutor Doom) cheira a desespero. Thunderbolts até pode ter sido um sucesso, mas se o novo Quarteto Fantástico falhar, a Marvel poderá enfrentar uma crise sem precedentes de acordo com James Gunn.

Neste cenário, um crossover com a DC seria um recomeço instantâneo. Um evento capaz de reacender o interesse global e dar à Marvel o fôlego que precisa. Mas, para a DC, seria um risco desnecessário. Porquê partilhar o protagonismo quando se está a construir algo novo?

O crossover pode esperar

The Batman
© Warner Bros. Pictures

James Gunn tem razão: um filme Marvel/DC só faria sentido se a história o justificasse. Assim, por agora, o DCU tem mundos inteiros para explorar antes de pensar em emprestar os seus heróis. Já a Marvel, se continuar a tropeçar, poderá inegavelmente não ter outra opção senão bater à porta da concorrência.

Achas que este crossover seria um sonho tornado realidade ou um pesadelo logístico? Deixa a tua opinião nos comentários.



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