Life is Strange (PS4) | Análise
Life is Strange é um jogo de aventura em que teremos o poder de regressar atrás no tempo. Mas será que este dom será algo que queremos realmente ter?
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A Max juntam-se outras boas personagens, e o enredo apenas falha em alguns diálogos que têm uma qualidade limitada pela imaturidade de algumas personagens. No entanto, o enredo é o ponto mais importante deste jogo, com temas complexos a serem levantados por várias personagens.
Em termos gráficos o jogo é apelativo pelo seu design alternativo e pela sua coerência. O design artístico está bastante bom pela forma como se enquadra no próprio mundo do enredo. Não é um portento gráfico, nem o tenta ser, mas consegue encaixar no enredo e oferecer o necessário para entrarmos neste mundo e sentirmos o que as personagens sentem.
O ponto mais fraco do jogo é mesmo o trabalho de vozes, que na maioria das personagens é mediano. Felizmente a banda sonora consegue dar um lado mais positivo à componente sonora, que mesmo não sendo marcante, consegue ajudar ao ambiente dos momentos mais emocionais.
Na jogabilidade o destaque vai para a forma como o jogo nos encurrala para tomarmos algumas decisões. É agradável perceber que decisões tomadas no início do jogo, quase de forma automática e sem percebermos como eram importantes, acabaram por ter impacto na fase final. Por vezes são as pequenas decisões que fazem a diferença e aqui tal está demonstrado.
Claro que a capacidade de viajarmos ao passado é a componente principal do que iremos fazer, mas também devemos aplaudir a forma como a personagem aceita e enfrenta o seu poder. Esta é uma história marcada pela forma como as pessoas enfrentam o fracasso, o peso das expectativas e a perda de alguém que se ama. É isso que torna o jogo humano e que o torna bom.
Com um final que não esclarece tudo, nem todos os jogadores irão apreciar o desfecho. Todavia, a história até lá chegarmos é bastante boa e agarra o jogador. É difícil largar o jogo mesmo tendo em conta algumas falhas. Life is Strange sofre de alguns aspetos mais fracos que não o deixam ser um jogo fantástico, mas também é verdade que devemos aplaudir alguns aspetos. Se o que procuram é uma boa história com momentos marcantes e onde se sente o peso das nossas decisões, então este jogo merece uma boa vista de olhos, porque poucos jogos conseguem expor a forma como enfrentamos os momentos mais difíceis da nossa vida.
Pontos fortes:
- Decisões afetam história de forma significativa
- Max é uma personagem fantástica
Pontos fracos:
- Alguns diálogos adolescentes podem afastar alguns jogadores que queiram algo mais maduro
- Trabalho de vozes não está ao nível do jogo
Hardware usado pela MHD para teste de jogos:
PS4:
- PlayStation 4 Glacier White
- DualShock 4 White
- Razer Leviathan Sound System
PC:
- Headphones Razer Carcharias
- Keyboard Razer Epic Chroma
Luís Pinto