Marvel Cinematic Universe Ranking Completo MHD

Marvel Cinematic Universe | Ranking oficial MHD

[tps_header]Com a estreia de “Vingadores: Endgame”, aqui pela MHD decidimos fazer o nosso ranking dos 21 filmes do Marvel Cinematic Universe que traçaram o caminho para este grande clímax.[/tps_header]

“Endgame” represente o culminar de mais de uma década de cinema, sendo o 22º filme do Marvel Cinematic Universe. Enquanto antecipávamos a chegada do filme aos cinemas, no dia 25 de abril, revisitámos todos os capítulos anteriores desta saga de super-heróis, ação, honra e muita emoção. Como tal, apresentamos aqui um ranking dessas outras obras, desde “Homem-de-Ferro” em 2008 até “Captain Marvel”, que estreou já este ano.

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Foram vários os membros da equipa MHD que votaram nesta lista e as opiniões foram muito heterogéneas. Os capítulos mais desgostados por uns, são os favoritos de outros, pelo que os resultados finais representam um encadeamento de surpresas. O filme que acabou no topo, por exemplo, fê-lo sem que ninguém da equipa o considerasse o melhor de todos. Só que, quase todos os que votaram consideraram que pertencia ao top 3 e, no final, foi a escolha mais consensual.

Enfim, com blockbusters épicos como estes, sabemos que é impossível agradar a gregos e troianos, mas esperamos que apreciem o nosso ranking. Para folheares o artigo, basta usares as setas, sendo que começamos com o pior filme do MCU e terminamos com o melhor. Com isso dito, o filme que fica em 21º lugar é…

21. O INCRÍVEL HULK (2008) de Louis Leterrier

hulk marvel cinematic universe
Um fracasso que já foi esquecido por muitos fãs.

“Hulk”, estreado em 2003 e realizado por Ang Lee, é um dos filmes de super-heróis mais subvalorizados de sempre. É certo que muitas das suas experiências formais dão para o torto e o resultado final não é particularmente funcional, mas trata-se de um projeto que vibra com ambição e a criatividade de um grande cineasta a testar os seus limites. Infelizmente, não é desse filme que estamos a falar nesta lista. Acontece que, cinco anos após o filme de Lee e seis meses depois da estreia de “Homem-de-Ferro”, a Marvel trouxe aos cinemas uma nova versão do Jekyl e Hyde radioativo que encantou milhões de fãs em livros de quadradinhos.

Talvez em resposta às más críticas e reação popular hostil que o filme de 2003 recebeu, os cineastas por detrás deste “O Incrível Hulk” excisaram qualquer ponta de ambição artística do seu projeto. De facto, apesar de ter sido somente o segundo capítulo deste universo cinemático, este filme tende a parecer genérico e pouco substancial, como se fosse uma colagem de imagens e fórmulas tiradas de obras melhores. Não há novidade ou energia na sua construção, somente indiferença e uma montanha de piadas sobre o universo Marvel que dão à obra um ar ainda mais incompleto. Além disso, Edward Norton, apesar de ser um grande ator, é monótono e mal escolhido para o papel duplo de Bruce Banner e Hulk.

Assim sendo, os cineastas por detrás de “O Incrível Hulk” fizeram o impossível e conseguiram que o seu trabalho se tornasse ainda mais desprezado que o filme de Ang Lee. Por isso mesmo, quando chegou a altura de trazer a personagem principal deste fracasso de volta em “Os Vingadores”, não só se foi à procura de um novo ator, como também a própria figura do Hulk foi redesenhada. Escusado será dizer que essa foi uma das melhores decisões já tomadas em todo o MCU.

CA




20. HOMEM-FORMIGA E A VESPA (2018) de Peyton Reed

Um filme desafortunado, mas divertido.

Homem-Formiga e a Vespa” é um dos projetos mais desafortunados do MCU. Por um lado, o filme representa uma repetição menos inspirada do mesmo tom cómico e técnicas brincalhonas do primeiro “Homem-Formiga”. Além do mais, no contexto geral da narrativa do universo Marvel, a história desta sequela é demasiado pequena, demasiado íntima e insignificante. A novidade desta abordagem anti-épica tem o seu apelo, mas parece incongruente e não satisfaz quando consideramos que está encaixado entre “Guerra do Infinito” e “Endgame”.

Apesar de tudo isso, temos de dar alguns elogios bem grandes a esta aventura de Scott Lang. Todo o dilema da família Van Dyne é emocionalmente ressonante e a parelha de Michael Douglas e Michelle Pfeiffer é genial. É claro que o guião desperdiça muito a sua presença, mas não se pode ter tudo. De modo semelhante, Ghost é uma vilã cheia de potencial e uma história forte, mesmo que as conclusões da trama acabem por lhe roubar uma verdadeira oportunidade para brilhar.

Também positivos são os efeitos visuais, que perpetuam e aperfeiçoam os jogos de escala do primeiro filme. As cenas de ação podem não ter a melhor coreografia do mundo, contudo ninguém pode acusá-las de serem mal construídas do ponto vista da técnica digital. Para além de tudo isto, o filme também inclui mais um monólogo delicioso de Michael Peña a falar à velocidade da luz e a disparar piadas em todas as direções. Só isso já valeria alguma admiração e aplausos a “Homem-Formiga e a Vespa”.

CA




19. HOMEM-DE-FERRO 2 (2010) de Jon Favreau

homem de ferro 2 marvel cinematic universe
É pena as cenas de ação não serem muito boas.

Mais do que qualquer outro filme do MCU, mesmo contando com “Guerra do Infinito”, a primeira sequela de “Homem-de-Ferro” é vítima de um guião demasiado cheio de enredos e subenredos que foram cosidos à força na forma de uma besta de Frankenstein em forma de filme. Ou, por outras palavras, “Homem-de-Ferro 2” é um dos filmes mais mal escritos do Universo Marvel.

O que entristece um fã destes filmes, quando confrontado com a relativa mediocridade deste capítulo, é quanto muitos dos elementos aqui agregados são meritosos. O elenco, por exemplo, faz muito para redimir alguns dos desenvolvimentos mais inusitados no que se refere aos arcos das personagens. Sam Rockwell e Robert Downey Jr. são particularmente exemplares, trazendo humanidade e carisma às suas figuras arquetípicas. A outra face da medalha é que existem exceções bem graves, nomeadamente Scarlett Johansson, que ainda não tinha apanhado o jeito à personagem de Viúva Negra, e Mickey Rourke, como um dos múltiplos antagonistas.

Seguido o exemplo dos atores, visualmente, “Homem-de-Ferro 2” é bem competente, na sua generalidade, mas quando falha, falha de modo catastrófico. Veja-se, por exemplo, as cenas de ação. Algumas, como as lutas dentro da Expo Stark, são pequenas delícias cheias de cores vibrantes capturadas pela câmara magistral de Matthew Libatique. No entanto, batalhas como a luta da Viúva Negra num corredor perigoso, com as extensões a baloiçarem como se, de repente, a audiência estivesse a ver um anúncio da L’Oréal Paris cheio de pancadaria mal coreografada.

CA




18. THOR: O MUNDO DAS TREVAS (2013) de Alan Taylor

Vingadores
A sequela fica aos calcanhares do original.

Contrariando por vezes o sucesso das sequelas no universo Marvel, a segunda aventura de Thor ficou além das expectativas face à sua história de origem. Um filme com um tom ainda mais escuro e sério que o primeiro, “Thor: The Dark World” não teve em si a fórmula certa para se elevar em relação a outros filmes.

O Deus do Trovão voltou com uma atitude pesada – o filme acontece após a primeira aventura dos Avengers – e talvez tenha sido o mote para esta história. Mas não é de todo o pior porque sem dúvida que Hemsworth se entrega uma vez mais de corpo e alma à sua adorada personagem. O facto de ter havido alguma polémica relativamente à produção do filme, e de sabermos que Natalie Portman não estava totalmente confortável com as filmagens e o rumo dos estúdios Marvel, parece ter tido o seu peso no filme. O reaparecimento das personagens do primeiro filme não foi bem construída e pareceu um juntar de storylines para justificar a continuação dos seus contratos (se formos a ver, à exceção de Loki ninguém voltou a aparecer no terceiro filme da saga).

Mas como sempre, se há pontos menos bons, há sempre outros mais positivos e neste filme destacamos a cumplicidade e o poder da dupla Thor/Loki. Apesar de estarem sempre em conflito, desde a história das suas origens, é inevitável queremos que partilhem tempo de ecrã. As personalidades opostas e a química entre os atores é inegável e sem dúvida um dos pontos altos do filme.

MK




17. HOMEM-DE-FERRO 3 (2013) de Shane Black

iron man 3 marvel cinematic universe
Polarizante e ambicioso.

Homem-de-Ferro 3” é um dos filmes mais polarizantes do MCU. Não podíamos ou quereríamos esperar algo diferente de uma obra assinada por Shane Black. Afinal, este foi o realizador que reinventou o neo noir com “Kiss Kiss Bang Bang” e nos trouxe o humor irreverente de “Bons Rapazes”. Foi ele mesmo que escreveu o argumento deste terceiro capítulo na história de Tony Stark e, como todos os seus guiões, há uma saturação de ideias que dá tanta vontade de aplaudir como de abanar a cabeça em resignada reprovação.

Com um pouco de meta humor aqui, um pouco de realismo psicológico ali, e uma verdadeira montanha de reviravoltas narrativas a abater-se sobre o bilionário mais adorado do universo Marvel, esta é uma história que nunca aborrece. Contudo, os riscos que toma são tantos que é inevitável como algumas das suas escolhas dão para o torto. O vilão interpretado por Ben Kingsley, por exemplo, tende a ser visto como alguém que promete muito, mas acaba por dececionar e subverter as expetativas dos fãs. Rebecca Hall, por outro lado, é desperdiçada, apesar do papel fulcral da sua personagem.

Trata-se de um filme muito longe da perfeição. No entanto, diríamos que não há qualquer outro exercício neste franchise que desafie tanto Robert Downey Jr. como ator. Aliás, esta é uma das melhores prestações da sua carreira e até Gwyneth Paltrow mostra ser uma presença luminosa no MCU. Melhor ainda é a sequência meio apocalíptica que resulta na destruição de uma casa de luxo. Com algumas afinações, este podia bem ser um dos melhores filmes da Marvel, mas, presentemente, a equipa MHD não consegue ignorar as fragilidades que se evidenciam por entre a glória.

CA




16. THOR (2011) de Kenneth Branagh

thor marvel cinematic universe
A primeira aparição de um dos melhores heróis e um dos melhores vilões do MCU.

Naquela que foi a sua primeira aparição, e o seu primeiro filme a solo, “Thor” trouxe ao ecrã aquilo que se estava à espera: ação e o magnífico e mítico martelo Mjolnir. O que mais cativou os fãs foi o exímio casting do super-herói. Chris Hemsworth chegou e cativou todos e, talvez tenha sido a verdadeira razão para o desenvolvimento (merecido!) da sua personagem ao longo destes últimos oito anos.

O Deus do Trovão é sem dúvida umas das personagens mais poderosas, mas a sua história de origem revelou-se escura e um tanto distante do universo Marvel. As cenas de humor, tão características do universo, não encaixaram na perfeição e fizeram com que a personagem fosse por vezes encarada como menos inteligente do que é muitas vezes caracterizada. E mesmo o casting de Natalie Portman como leading lady do deus Asgardiano não foi o suficiente para deliciar os fãs na sua plenitude.

Mas, apesar de não consideramos que esteja na primeira metade dos melhores filmes MCU, há que destacar que este foi o ponto de partida para muitas das personagens favoritas. Se não fosse o filme de 2011, não teríamos hoje o Thor e o Loki de que as audiências tanto gostam e anseiam por ver em mais projetos cinematográficos.

MK




15. HOMEM-FORMIGA (2015) de Peyton Reed

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Doce e hilariante, um pouco inconsequente.

Quando os filmes da Marvel se iam tornando cada vez mais sérios com algumas raras exceções, “Homem-Formiga” veio afirmar-se como a primeira comédia de ação do cânone Marvel sem pretensões de maior peso dramático. Nem “Guardiões da Galáxia” é tão desavergonhado em termos de tom paródico. O melhor de tudo é que, na mesma medida em que o filme de Peyton Reed trouxe novo humor ao franchise, também trouxe novas ideias visuais e narrativas, como loucas cenas de ação em banheiras gigantes e monólogos hilariantemente elaborados.

No meio de tudo isso, “Homem-Formiga” reúne um elenco exemplar, bem capaz de sustentar as ambições do filme. Paul Rudd é inestimável como o herói titular e traz humor e complexidade humana a um papel que podia ser facilmente subestimado por atores com menos talento. Michael Peña é uma joia cómica e Michael Douglas encaixa perfeitamente no universo Marvel. É difícil não ficar encantado com este filme, por muito inconsequente que seja. Pelo menos assim é quando não consideramos o que poderia ter sido.

Estamo-nos a referir à conturbada pré-produção do projeto que, originalmente, ia ser realizado por Edgar Wright. Imaginar um filme da Marvel feito sob o controlo do génio que nos trouxe a trilogia Cornetto e “Baby Driver” é sonhar com um milagre cinematográfico. A Disney não partilhou a mesma opinião e Wright acabou por sair do desenvolvimento do filme que, durante anos, ele mesmo tinha dito ser como que um projeto de sonho. Parece que, por muito que gostem de dizer o contrário, os produtores do MCU não gostam muito de autores consagrados em busca de liberdade criativa. Por isso, “Homem-Formiga” pode ser bom, mas viverá sempre na sombra das expetativas que a ideia de um filme da Marvel realizado por Edgar Wright criaram.

CA




14. GUARDIÕES DA GALÁXIA VOL. 2 (2017) de James Gunn

Surpreende pela sua emoção e complexidade.

Em certas medidas, “Guardiões da Galáxia Vol. 2” representa uma reflexão crítica sobre o primeiro filme protagonizado por Chris Pratt no MCU. O modo como a história examina as fragilidades no caráter dos seus heróis, especialmente Rocket e Starlord, revela uma maturidade raramente apreciada nos filmes da Marvel. Como máximo exemplo disso, basta vermos como toda a conceção do antagonista, mesmo o seu nome, remete para a psicologia das personagens e seus dilemas pessoais.

Por falar no vilão, há que admitir que este filme tem muitos melhores adversários para os nossos heróis intergalácticos que o primeiro filme. Kurt Russell é uma avalanche de nostalgia para amantes do cinema de ação e terror dos anos 80 e traz tanta complexidade ao seu papel, como puro carisma. Por outro lado, Elizabeth Debicki coberta de ouro dos pés à cabeça é uma variação cómica do vilão Marvel e mostra, mais uma vez, que é uma das melhores atrizes da sua geração.

Como acontece com muitos filmes do MCU, as cenas de ação, com exceção da abertura da história, nem sempre são grandes exemplos do género e tendem a durar mais do que a criatividade dos cineastas consegue sustentar. Contudo, o que faz brilhar este e outros filmes do franchise é a ligação emocional que o espectador tem para com as figuras em cena. A conclusão chorosa de “Guardiões da Galáxia Vol. 2” é um dos píncaros de todo este universo cinematográfico. Estruturalmente e em termos de humor, o filme original é melhor, mas esta sequela é um justo seguimento às aventuras de Peter Quill e companhia. Além do mais, quem não adora o Groot bebé?

CA




13. CAPTAIN MARVEL (2019) de Anna Boden e Ryan Fleck

Brie Larson e Samuel L. Jackson trazem necessário carisma, humor e humanidade a este filme.

É a mais recente super-heroína do universo MCU e a que mais depressa conquistou os fãs. A primeira protagonista feminina, interpretada por Brie Larson, trouxe uma nova faceta para a Marvel que até agora se tinha focado apenas em histórias de origem dos principais Vingadores. Foi um bom ponto de partida para as protagonistas femininas e parece ser um bom mote para mais filmes do género.

Se por um lado o público fica satisfeito por ver Carol Danvers/Captain Marvel no centro da história, também podemos dizer que os estúdios Marvel não quiseram fugir muito do seu padrão habitual no que diz respeito a storylines e fórmulas já testadas e utilizadas nos seus outros filmes. A história de origem da heroína, os vilões aparentes, os vilões que estão de disfarce e o conflito entre terráqueos e aliens continuam a ser os temas e os elementos centrais da história.

Destacamos, no entanto, o foco que foi dado ao lado emotivo das personagens e nas suas interações. A história não se deixou focar apenas nos poderes de Captain Marvel ou nas cenas de ação e procurou incidir no que ia na cabeça de todos os envolvidos. A par disso, o facto de ter havido uma história origem de Nick Fury (Samuel L. Jackson) camuflada dentro desta história de origem também ajudou a uma maior empatia do público. Quem é que não tinha curiosidade de perceber a origem do sarcástico agente da S.H.I.EL.D.? Nós por certo estávamos interessados em descobrir.

MK



12. VINGADORES: A ERA DE ULTRON (2015) de Joss Whedon

"Vingadores: A Era de Ultron"
Whedon não conseguiu superar a sua primeira aventura Marvel.

Tal como muitos dos filmes que acabaram fora do top 10, “Vingadores: A Era de Ultron” está longe de ser um esforço medíocre. No entanto, quando comparado com o filme que o precedeu, esta sequela acaba por ser meio ofuscada. Pode não ser uma dinâmica particularmente justa, mas enfim, é o que temos.

Verdade seja dita, muitos são os filmes que parecem piores do que são quando comparados diretamente com a magnificência do primeiro “Vingadores”, pelo que não podemos ser demasiado ríspidos para com esta história de um robot a ganhar autonomia e virar-se contra seu criador. Ultron é um dos raros vilões do MCU que consegue ser tão ou mais interessante que os heróis. A performance vocal de James Spader e os efeitos visuais expressivos dão ao monstro mecânico uma particular malvadez, que tanto fascina como repugna.

Além do mais, este foi o filme em que os espectadores conheceram várias novas personagens da nossa equipa de heróis favorita, como Scarlett Witch e Vision. Personagens coloridas e amistosas sempre foram a especialidade de Joss Whedon, mas o realizador também evidencia os seus talentos noutros departamentos. O primeiro ato da narrativa, que começa in media res numa estrondosa cena de ação e acaba com o nascimento de Ultron, é mesmo um dos maiores sucessos desta saga. Infelizmente, temos que admitir como o guião é um pesadelo estrutural e o filme é bem mais comprido do que devia ser. Ninguém é perfeito e o mesmo e aplica a blockbusters da Marvel.

CA




11. HOMEM-DE-FERRO (2008) de Jon Favreau

homem de ferro marvel cinematic universe
Robert Downey Jr. em estado de graça.

O filme que deu início ao MCU deve muito do seu sucesso a uma estrutura narrativa de sublime precisão. Enquanto muitos dos outros filmes deste franchise cometeriam o erro de divorciar em demasia os dilemas internos das personagens do grande conflito da narrativa de ação, “Homem-de-Ferro” é, na sua essência, um estudo de personagem sobre Tony Stark. Todas as explosões e lutas devêm do crescimento do bilionário enquanto personagem, enquanto ser humano e herói.

O humor é também derivado da personagem, fluindo organicamente da persona abrasiva e desbocada do protagonista. É claro que essa persona é também ela construída sobre a arma secreta do filme, Robert Downey Jr. O ator abordou o projeto como uma chance de se redimir de desgraças públicas passadas e finalmente voltar ao estrelato mainstream que havia conseguido alcançar nos anos 80 e 90. Os cineastas, ao invés de lutarem contra a imagem pública do ator, usaram-na como base para a caracterização de Tony Stark e a imagem projetada por ele. A sinergia entre ator e personagem é assim perfeita e, como o filme está tão focado na questão “quem é Tony Stark”, também o filme é catapultado para a perfeição.

É evidente, contudo, que “Homem-de-Ferro” não é perfeito. Diríamos mesmo que o filme de 2008 exemplificou logo dois dos maiores problemas que viriam a assombrar muitos dos projetos da Marvel no grande ecrã. Referimo-nos à epidemia de vilões esquecíveis e à obscena quantidade de cenas de ação banais. Convém dizer, contudo, que alguns dos filmes futuros deste franchise conseguiriam superar tais obstáculos, a começar por…

CA




10. CAPITÃO AMÉRICA: O PRIMEIRO VINGADOR (2011) de Joe Johnston

capitao america marvel cinematic universe
Chris Evans é uma obra de Arte.

De longe, o herói da MCU que mais cativa a equipa da MHD é o Capitão América, também conhecido como Steve Rogers. Os três filmes protagonizados pela personagem acabaram no top 10 do Universo Marvel, a começar pela obra que tudo começou em 2011. “Capitão América: O Primeiro Vingador” é a história de origem deste herói e o primeiro filme do franchise a desenrolar-se no passado histórico, algo que os cineastas usaram para dar ao projeto uma atmosfera e tons muito próprios.

Veja-se, por exemplo, como esta maravilhosa aventura tem tempo para deleitar o espectador com um divertido número musical ao estilo da propaganda americana dos anos 40 com letra e música de John Williams. Além disso, esta é uma carta de amor ao patriotismo de outros tempos aliado a valores modernos, tanto em termos morais como tecnológicos. Há tantas cenas de batalha a piscar o olho a clássicos sobre a 2ª Guerra Mundial como há momentos dedicados a desenvolver o elenco de personagens e suas relações emocionais.

Talvez por isso, este foi o primeiro filme do MCU que trouxe lágrimas aos olhos de muitos espectadores que nunca esperavam ser assim abalados por uma história tirada de livros de quadradinhos. A chave para esse impacto e para esse sucesso está nesse perfeito equilíbrio entre nostalgia e modernidade, entre o que é espetacular e o que é a humanidade das personagens. A chave é Chris Evans como um jovem idealista de Brooklyn a considerar que vai morrer enquanto ouve a voz da sua amada. A chave é o sentimentalismo que a Marvel tem vindo a exibir como uma medalha de honra e não algo a ser evitado (algo que muito separa o MCU do DCEU).

CA




9. DOUTOR ESTRANHO (2016) de Scott Derrickson

Doctor Strange
Os efeitos visuais são absolutamente deslumbrantes!

Sejamos francos, “Doutor Estranho” não está num lugar tão alto desta lista devido aos seus méritos enquanto uma narrativa funcional. O guião está pejado de clichés e fórmulas e algumas das personagens são tragicamente subdesenvolvidas. Há ainda a problemática de apropriação cultural de iconografia asiática a ter em conta e algumas questões de casting bem politicamente incorretas. Além disso, este é mais um dos filmes do MCU com um vilão tão esquecível que, mal acabam os créditos, é já difícil recordar grandes detalhes sobre o antagonista.

O que eleva “Doutor Estranho” acima de tantos outros filmes do mesmo franchise são dois elementos importantes. Primeiro, temos o elenco. É certo que muitas das personagens são pequenas catástrofes textuais, mas os atores estão sempre prontos a tornar carvão em diamantes. Benedict Cumberbatch é uma estrela magnética, como de costume, enquanto Rachel McAdams faz tudo para encontrar alguma humanidade na sua personagem mal esboçada. Mads Mikkelsen não redime o vilão, mas dá-lhe intensidade, Chiwetel Ejiofor traz peso dramático ao filme e Tilda Swinton é milagrosa num papel cheio de ambiguidade e mistério.

Em segundo, há as imagens do filme. Ver “Doutor Estranho” nos cinemas é ser mergulhado numa alucinação febril, onde espaço e tempo deixam de ser coerentes e tudo parece maleável. Trata-se de um espetáculo formalista do mais alto gabarito. Se o propósito do cinema escapista é materializar o sonho e projetá-lo numa tela para o espectador ver, então “Doutor Estranho” é cinema do mais alto gabarito.

CA




8. HOMEM-ARANHA: REGRESSO A CASA (2017) de Jon Watts

"Homem-Aranha: Regresso a Casa"
Tom Holland é perfeito como Homem-Aranha.

Peter Parker, na história de “Spider-Man Homecoming” é o único super-herói adolescente que figura no top 10 dos filmes MCU, pela MHD, e não será difícil entender a sua posição neste ranking. Tom Holland, a estrela do filme, personifica tudo aquilo que imaginamos num recém super-herói. Um outsider, que não é propriamente solitário, mas que também não se enquadra no quadro popular da sua escola, mas que vê nos novos poderes a oportunidade de ajudar realmente os outros – mesmo que não saiba como o fazer.

O facto da Marvel ter recuperado a personagem à Sony, foi o acrescento que o seu universo precisava. Uma voz e um super-herói novo, mais relatable para muitos dos fãs, e em tudo muito mais cativante do que se poderia esperar. O novo Peter Parker é mais confiante, tem sempre a sua dose de bom humor e a vontade extrema de querer fazer algo, mesmo estando em conflito com as questões inerentes de ainda ser um adolescente à procura do seu propósito.

A introdução de Tony Stark, como elo de ligação ao resto do universo Marvel é a cereja no topo do bolo na medida que ajuda a desenvolver e a elevar a personagem e a história para outros patamares. E é certo que não faz grande ponte para o que aí vem mas mostra desde logo que a reunião do jovem Homem-Aranha com os Avengers será algo inevitável para acontecer. E faz-nos querer ver mais do percurso de Peter Parker com os seus novos poderes.

MK




7. GUARDIÕES DA GALÁXIA (2014) de James Gunn

guardioes da galaxia marvel cinematic universe
Qual é o teu herói preferido?

Com uma banda-sonora cheia de êxitos nostálgicos dos anos 70, um tom cómico muito à base de improvisos inspirados, uma árvore hominídea e um guaxini com a voz de Bradley Cooper, “Guardiões da Galáxia” é um dos filmes mais irresistíveis do MCU. É difícil imaginar alguém que nem um só sorriso esboce face a esta sobremesa cinematográfica. Assim é desde a memorável abertura, onde Chris Pratt entra de rompante no mundo da Marvel ao som de “Hooked on a Feeling” dos Blue Swede.

Depois disso, se possível, o filme só se torna mais empolgante, desdobrando-se num dos enredos mais bem estruturados do MCU e com um dos seus melhores elencos também. Pratt é uma estrela cómica, Cooper faz de Rocket uma das personagens mais psicologicamente complicadas do franchise, Zoe Saldana é uma heroína de ação perfeita, Dave Bautista é hilariante e Vin Diesel consegue dizer “I am Groot” de 50 maneiras diferentes sem nunca deixar de ser adorável.

Além de serem atuadas com brilhante convicção e fervor cómico por esses atores, as personagens também brilham graças ao seu engenhoso design, especialmente Groot. Na verdade, todo o filme representa um exercício em estilos e estéticas da ficção-científica clássica que tanto servem para deslumbrar fãs antigos do género, como jovens descobrir pela primeira vez os prazeres de histórias de aventura no espaço longínquo. Se o vilão fosse um pouco melhor, não temos dúvidas que este filme estaria mais alto na lista, mas, infelizmente, esse é o grande e incontornável calcanhar de Aquiles de “Guardiões da Galáxia”.

CA




6. VINGADORES: GUERRA DO INFINITO (2018) de Anthony e Joe Russo

filmes mais vistos
Um dos finais mais escuros, assustadores e chocantes de sempre.

O terceiro filme da saga Avengers é um dos melhores e, de todo o universo MCU, aquele com o melhor final de sempre. Bem, sejamos sinceros, melhor final não é propriamente em termos cinematográficos. Contudo, no âmbito de sequelas e assegurar uma base de fãs leais, é de génio. Sempre envolto em secretismo,”Avengers: Infinity War” distanciou-se claramente dos dois primeiros filmes de Joss Whedon. Além disso, fê-lo da melhor maneira possível.

Pela visão dos irmãos Russo, “Infinity War” chegou-nos como um filme com cor, com mais estilo e com uma junção de super-heróis que faz qualquer fã ir à loucura. É-nos apresentado num ponto da fase três do universo Marvel onde já nos foram introduzidos Black Panther e Homem-Aranha, garantindo que o grupo dos Avengers ganha uma nova vitalidade que se calhar já estava a precisar há algum tempo.

A estrutura do filme é das melhores deste género pois permite que cada personagem esteja em destaque na medida certa e com um equilíbrio fenomenal entre todas. Não há principais ou secundários – todos são importantes, todos participam na história e todos criam uma relação com o espectador. No final, o mais importante é a história. Pela primeira vez sente-se que a história é algo real, palpável, no sentido que algo está realmente em risco. Não é uma cidade, não é um país, é o destino de um planeta inteiro, e, eventualmente, de todo o universo. A presença de Thanos é indiscutível no peso que tem nesta história e só ajuda a sentir que a ameaça é real e que nem mesmo 20 super-heróis poderão ser suficientes para o parar.

MK 




5. THOR: RAGNAROK (2017) de Taika Waititi

Taika Waititi é um génio.

O terceiro filme da história a solo de Thor é o único que figura no top 5 da MHD e realmente é o melhor da sua saga (na nossa modesta opinião). O primeiro filme da saga a ser realizado pelo peculiar Taika Waititi, “Thor: Ragnarok” é O Filme para aqueles que gostam do deus Asgardiano e de histórias cheias de ação.

De todos os filmes da MCU, Ragnarok enquadra-se perfeitamente naquela que são duas características adoradas pelos fãs: cheio de ação e com uma boa quantidade de humor negro. Apesar de ser o terceiro filme da saga, por já estar no meio dos vários filmes da MCU, permitiu também que se criasse um bom momento para reunir várias das personagens favoritas, incluindo o regresso de Loki e a aparição de Hulk. E, o facto do antagonista da história ser uma vilã – Hela, deusa da morte e interpretada por Cate Blanchett – traz também uma frescura à história em relação a todos os outros filmes da Marvel.

O filme, em termos visuais, é um dos mais apelativos para a audiência. Está repleto de cor, seja nos momentos em Sakaar ou Asgard, os principais palcos da ação, mas, o melhor? Taika Waititi ter permitido que o filme enredasse por uma veia mais cómica, dando alguma liberdade a improvisações por parte do elenco. Não destoou da personagem e encaixou na perfeição na imagem que os fãs têm de Thor.

MK




4. OS VINGADORES (2012) de Joss Whedon

Vingadores 4
O argumento, escrito por Joss Whedon, é perfeito.

Joss Whedon é um perito em negociar elencos de personagens multidimensionais com tanto humor como elegância narrativa. Foi esse talento que fez dele um nome de respeito e poder no mundo da televisão e acabou por trazê-lo ao MCU. Quando a Marvel precisava de alguém para conceber a primeira reunião dos seus principais heróis cinematográficos num só filme, Whedon era a escolha mais lógica. Foi uma brilhante decisão, pois “Os Vingadores” continua a ser não só um dos melhores filmes do Universo Marvel, como também um dos melhores filmes de super-heróis de sempre.

Todo o edifício deste triunfo se apoia no guião que Whedon escreveu, onde os vários arcos de personagens estão perfeitamente integrados na história principal de derrotar Loki e sua invasão de alienígenas em Nova Iorque. Temos três atos bem definidos, temos momentos para cada personagem brilhar individualmente, temos um clímax bombástico e temos até boa coreografia de ação, que é uma raridade nesta particular franchise.

Instantes como o plano circular onde vemos os Vingadores preparados para lutar numa Nova Iorque em ruínas, o voo de Homem-de-Ferro em direção a um portal aberto no céu ou a cena em que a Viúva Negra mostra ser uma mestra da manipulação ainda maior que Loki são inesquecíveis. A leveza adocicada deste épico singular viria a perder-se à medida que o MCU se aventurou por narrativas cada vez mais negras e apocalípticas. Não se trata de algo necessariamente negativo, mas, passados sete anos, já começamos a sentir algumas saudades meio nostálgicas pela simplicidade perfeita de “Os Vingadores”.

CA




3. CAPITÃO AMÉRICA: GUERRA CIVIL (2016) de Anthony e Joe Russo

És a favor da equipa Homem-de-Ferro ou da equipa Capitão América?

O primeiro Vingador, Steve Rogers aka Capitão América, é de facto, o rei do nosso ranking MCU. A sua personagem é uma das favoritas do público e a MHD não fica atrás. O primeiro, e talvez o mais antigo herói da Marvel, é em Steve Rogers que se deposita muito do carácter do grupo dos Avengers e este filme, apesar de ser da saga Capitão América, é esse culminar e junção de mundos diferentes.

Os irmãos Russo foram os responsáveis pelo terceiro filme da saga e revelaram-se exímios na introdução das outras personagens do universo MCU sem, no entanto, prejudicar a principal figura, o Capitão América. No entanto, se, por momentos, parece que o filme é quase uma reunião de super-heróis, o enredo claramente afasta-se disso. “Capitão América: Guerra Civil” é uma crítica à sociedade do modo mais fácil de chegar ao público: super-heróis. No filme vemos, em grande destaque, os ideais políticos e morais das personagens que sabem claramente ter um poder sobre o resto do mundo.

 A crítica feita, perante o modo como Steve Rogers e Tony Stark (Homem-de-Ferro) pretendem lidar com o resto da sociedade, não deixa de estar aliada à fórmula de sucesso de filmes MCU com um toque característico do seu humor. Contudo, se não bastasse uma das melhores performances de Chris Evans enquanto Capitão América, é também neste filme que vemos uma das melhores versões de Tony Stark. E claro que não podemos esquecer que este é o filme que nos deu a conhecer a nova encarnação do Homem-Aranha.

MK




2. CAPITÃO AMÉRICA: O SOLDADO DO INVERNO (2014) de Anthony e Joe Russo

As Melhores Espias do Cinema
Quase recorda os filmes de espiões e paranoia constante dos anos 70.

A apresentação dos Irmãos Russo como realizadores do segundo Capitão América levantou algumas questões aos fãs, como poderiam os realizadores de “Eu, Tu e o Emplastro” e produtores de “Community” dar relevância ao primeiro Vingador? Contudo, a chegada da dupla acabou por causar uma reviravolta no MCU, “O Soldado de Inverno” foi um dos primeiros filmes do franchise a juntar géneros cinematográficos. Descrito como “Capitão América ao estilo de Os Três Dias do Condor”, o filme junta a ação comum dos filmes de super-heróis com uma história inspirada nos thrillers de espionagem dos clássicos dos anos 70.

Os realizadores não perderam tempo, e com a primeira cena exibem um Capitão América como nunca o tínhamos visto. Steve Rogers é atirado de imediato para o meio de um confronto brutal e desigual, onde as suas habilidades de Super Soldado são bem visíveis e a perícia com o escudo deixa qualquer um boquiaberto.

O filme acaba por colocar Rogers num mundo que pensa já conhecer, retira-lhe tudo o que lhe é familiar e confronta-o com o passado. Utilizando a paranóia com grande efeito, a longa-metragem consegue eficazmente fazer com que os espectadores coloquem a lealdade das personagens em questão. O projeto e os realizadores acabaram por conquistar o coração dos fãs – e o nosso – acabando por empurrar o herói titular no topo das listas dos super-heróis favoritos do público.

O tom mais sério, a reinvenção da personagem e do género, dão a esta obra a força que precisa para se encontrar tão alto na nossa lista.

JF




1. BLACK PANTHER (2018) de Ryan Coogler

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O primeiro filme de super-heróis a ser nomeado para o Óscar de Melhor Filme.

Com três Óscares a seu nome, dois galardões do Sindicato de Atores de Hollywood e algumas das melhores críticas alguma vez escritas sobre um filme de super-heróis, “Black Panther” é, de longe, o filme mais respeitado do cânone Marvel. Não é difícil perceber porquê, quando consideramos o modo como esta obra é dos poucos capítulos desta saga que se pode apreciar de forma completamente autónoma dos outros filmes. Mesmo que o resto do MCU não existisse, “Black Panther” funcionaria como uma aventura épica, quase Shakespereana, sobre uma família real mergulhada no caos de um conflito de sucessão.

De facto, o filme deve muito do seu sucesso aos arquétipos quase primordiais que constroem a sua história. Essa base permitiu a Ryan Coogler depois desenvolver a maravilhosa especificidade de “Black Panther” que trouxe, pela primeira vez, o afro futurismo ao cinema mainstream. Essa estética tudo afeta no filme, desde os cenários e figurinos justamente Oscarizados até às paisagens naturais, linguagem e simbologia que o realizador usou para conceber o mundo de Wakanda, seus valores e cultura.

Ainda por cima, o filme tem um elenco exemplar, onde todos os atores estão a dar tudo o que têm sem nunca traírem a estilização e o artifício necessário para uma aventura de super-heróis. Michael B. Jordan é particularmente sublime como aquele que é talvez o melhor vilão do MCU, um vilão cujas ações são monstruosas, mas cujas palavras são perigosamente apelativas. Não é por acaso que este é também o filme mais ideologicamente complexo, politicamente importante e moralmente ambíguo da Marvel. Trata-se de um triunfo indiscutível e ficamos felizes que tenha sido este o primeiro filme de super-heróis a ser nomeado para o Prémio da Academia de Melhor Filme. Em suma, viva “Black Panther” e Wakanda forever!

CA

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