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“É preciso ir ao inferno” | Depois do polémico Paixão de Cristo, Mel Gibson revela novo filme religioso

“É uma viagem ácida.” Estas palavras, vindas de Mel Gibson sobre um filme bíblico, são suficientes para percebermos que não estamos perante mais uma produção religiosa convencional.

Sumário:

  • Mel Gibson prepara um filme bíblico ousado, explorando o universo entre o Sheol e o paraíso;
  • “The Resurrection of Christ” promete inovar com rejuvenescimento digital e uma narrativa épica;
  • O projeto é um desafio técnico e criativo, equilibrando ambição e vulnerabilidade.
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Vinte anos após ter abalado Hollywood com “A Paixão de Cristo“, Mel Gibson prepara-se para uma aventura ainda mais ambiciosa. Durante uma conversa franca e reveladora no podcast de Joe Rogan, o realizador veterano deixou-nos vislumbrar os contornos de um projeto que promete redefinir o cinema religioso – se é que conseguirá concretizar a sua visão apocalíptica.

Das profundezas do inferno aos céus

A Paixão de Cristo
The Passion of Christ © Icon Distribution

O novo filme, intitulado “The Resurrection of Christ”, não se contentará em ser uma mera sequela. Gibson, juntamente com o seu irmão e Randall Wallace (o guionista de “Braveheart“), passou sete anos a criar um guião que, nas suas próprias palavras, exigirá uma viagem desde a queda dos anjos até à morte do último apóstolo.

Imaginem só: uma narrativa que nos leva das profundezas do Sheol (o submundo hebraico) até aos recantos mais luminosos do paraíso.

A ousadia do projeto é ainda mais evidente quando Gibson admite, com uma honestidade refrescante, que nem ele próprio tem a certeza se conseguirá concretizar tudo o que imaginou. “É preciso ir ao inferno”, diz ele. Em Hollywood, poucos realizadores teriam a coragem de assumir tal vulnerabilidade.

O desafio técnico e artístico

Panamá Mel Gibson
©Cinemundo

Jim Caviezel regressará ao papel de Jesus, mas aqui surge um dos maiores desafios técnicos do filme: como apresentar um Cristo ressuscitado quando o ator envelheceu duas décadas desde a primeira interpretação? Gibson planeia recorrer a técnicas de rejuvenescimento digital, um processo que tem dado resultados mistos em Hollywood – desde o inquietante jovem Robert De Niro em “O Irlandês” até ao jovem Mark Hamill em “The Mandalorian“.

Além do rejuvenescimento digital, outra questão intrigante será a abordagem visual e narrativa para retratar a ressurreição em si. Gibson pretende captar não apenas o impacto físico e espiritual do evento, mas também a sua dimensão simbólica. Para tal, planeia combinar efeitos visuais inovadores com uma cinematografia que evoque a transcendência e a eternidade, numa tentativa de transportar o público para o coração do mistério central da fé cristã.

O realizador fala deste processo técnico com a mesma mistura de ambição e receio que caracteriza todo o projeto. “Não vai ser fácil”, admite ele. O objetivo não é apenas mostrar a ressurreição, mas fazê-lo de uma forma que “não seja pirosa nem demasiado óbvia” – um equilíbrio delicado quando se trata de representar milagres no grande ecrã.

Qual foi o último filme que te fez questionar os limites entre o possível e o impossível no cinema? Partilha connosco a tua opinião sobre esta ambiciosa visão de Gibson nos comentários!



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