As melhores cenas de abertura do cinema (VII)

São inúmeras as discussões acerca da relevância das cenas de abertura, mas nós na Magazine.HD não entramos na conversa. Apenas te mostramos as melhores sequências e deixamos a questão para ti.


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Iniciar uma longa-metragem nem sempre é a tarefa mais fácil para um realizador. Despender imenso tempo em construir uma sequência atrativa ou optar por uma cena que não prenda de início o público corresponde a um dilema que os cineastas se debatem nos seus projetos.

Não é necessário que as sequências de abertura captem a audiência desde o início, por vezes, uma simples cena mostrar um plano geral pode ser o necessário para abrir um filme e causar “impressão” nos espetadores.

De seguida, apresentamos-te as consideradas melhores cenas de abertura do cinema, ou seja, as sequências que se destacam não só pela sua espetacularidade, pela carta de apresentação do filme e pela sua apresentação do contexto cultural e social.

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Citizen Kane (1941)

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Citizen Kane é para muitos críticos um dos melhores, se não mesmo o melhor, filmes da história do cinema. E a sua montagem de abertura realça a grandiosidade do título.

A primeira cena da abertura mostra-nos uma antiga mansão e um enorme portão com um sinal de “proibido passar”. De seguida é apresentado Kane (Orson Welles) na cama, no leito da morte. Com um globo de neve na mão, ele murmura a sua última palavra “Rosebud”. Imediatamente, larga o objeto e o globo parte-se…

Esta sequência, além de hipnótica, é a parte crucial da longa-metragem. Com uma montagem sombria e misteriosa e uma palavra enigmática, Orson Welles capta a nossa atenção para este drama.

 

Reservoir Dogs (1992)

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“Excuse me for not being the world’s biggest Madonna fan”. Um grupo de gangsters estão reunidos à mesa e discutem a “Like a Virgin” da rainha da pop, à medida que debatem sobre outros temas mundanos.

Com este resumo genérico, não parece que esta sequência mereça estar nesta lista, uma vez que não capta a atenção pela sua espetacularidade, surpresa ou pelo argumento poderoso. No entanto esta montagem é fundamental para percebermos a longa-metragem e, em especial, o estilo de Quentin Tarantino.

A sequência destaca-se pela apresentação de personagens realistas a viver momentos do quotidiano tal como os “comuns dos mortais”, apesar de serem criminosos. As brincadeiras relativas à cultura da época funcionam como um escape cómico à cena e como forma de nos ligarmos às personagens.

 

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Manhattan (1979)

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“Capítulo um…”

Poucos filmes conseguem captar a ansiedade, o romance e o sentimento de novidade que Nova Iorque consegue proporcionar, mas Woody Allen conseguiu. O cineasta, em Manhattan, conseguiu o casamento perfeito entre a música e a fotografia, destacando a sua ousadia em fazer um filme a preto e branco quando Hollywood só produzia filmes a cor.

Ao som de Rhapsody in Blue, de George Gershwin, o protagonista Isaac Davis (interpretado pelo realizador Woody Allen) abre o filme com um famoso monólogo, no qual o escritor dita vários parágrafos de abertura diferentes para um livro que está a trabalhar.

 

Vertigo (1958)

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A música começa e o público depara-se numa perseguição a pé nos telhados de São Francisco, com o detetive Scottie Ferguson e outro agente da polícia atrás de um criminoso. Os espetadores assistem a uma sequência de disparos e à adrenalina da perseguição, mas sem perceberem a razão. No entanto, a cena não termina da melhor forma quando Scottie falha um salto entre prédios.

A montagem de abertura de Vertigo transmite o melhor que o mestre do suspense é capaz. Alfred Hitchcock apresenta-nos a confusão e o perigo prendendo o público desde o início com uma morte logo nos primeiros 90 segundos do filme. Este estilo de abertura já foi utilizado várias vezes desde 1958, mas nunca com o nível de inovação deste filme.

 

Concordas com as nossas escolhas? 


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