Missão Impossivel: Operação Fantasma, em análise

 

Realizador: Brad Bird

Atores: Tom Cruise, Simon Pegg e Paula Patton

Género: Acção

ZON Lusomundo | 2011 | 2.40:1 | 133 min

Classificação:

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[tab name=”Por Vitor Simao”]

Metade do kremlin foi destruído, o secretário da defesa norte americana está morto, os códigos para activação dos misseis russos nas mãos de loucos, e a organização “Missão Impossível” desmantelada. A esperança do mundo está em Ethan Hunt e na sua equipa de agentes, caso decidam aceitar a missão. Mas, desta vez dependem apenas de si mesmos.

O argumento não é propriamente original, não sendo a primeira vez que o mundo está à beira da destruição, e cuja salvação depende de um agente renegado. Mas, quem tem Tom Cruise como actor e Ethan Hunt como personagem pode-se dar a estes luxos. Relegando o argumento um pouco para segundo plano, “Missão Impossível: Operação Fantasma” regressa à acção alucinadora que foi MI2 de John Woo. Depois de meia hora algo a passo, o filme arranca para hora e meia de acção non-stop, muito graças a um Tom Cruise em excelente forma que, em vésperas de completar 50 anos, parece ter 30.

Novidade neste MI4 é a adição da componente de comédia, protagonizada em grande parte por Simon Pegg, a aligeirar um pouco o sufoco estrogénico provocado por Cruise, e a contribuir para alguma paródia aos clichets da saga (como é o caso das máscaras).

É um facto que MI4, tal como MI2, se afasta bastante da série original de TV na qual se baseia, mas também é verdade que MI ganhou lugar e estatuto próprio no cinema, acabando por ser tudo aquilo que esperamos que Bond seja, mas que este nunca conseguiu ser.

No final do filme a sensação que fica é de tensão e cansaço. Sim é verdade que é Cruise apanha “tareias” e quase morre mais vezes que as vidas que um gato tem, mas a intensidade imprimida ao filme pelo realizador Brad Bird é tanta que esta acaba por passar para o espectador.

É uma incógnita qual o destino de “Missão Impossivel” quando Cruise abandonar o papel de Ethan Hunt, ou se alguma vez conseguirá atingir a longevidade de James Bond, mas até tal acontecer, Cruise, Hunt, e MIF, manter-se-ão como referencias sérias ao que o espectador espera de um filme do género. Afinal, quem precisa de Bond quando tem Hunt?

Nesta época de natal, saia de casa, tire um intervalo entre os filmes de crianças, e delicie-se com Missão Impossivel: Operação Fantasma.

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[tab name=”Por Daniel Rodrigues”]

A saga “Missão Impossível” entrou na monotonia. Não me refiro ao ritmo da ação mas sim aos clichés que tem vindo a adquirir. Tudo já parecia igual. Faltava Brad Bird.

Este “Operação Fantasma” é sem sombra de dúvida o melhor filme de todas as missões que se tornaram impossíveis. Há uma valente lufada de ar fresco que nos prende ao ecrã e que nos permite desejar que o filme nunca mais acabe.

Acusado do atentado terrorista ao Kremlin, o operacional do FMI Ethan Hunt (Tom Cruise) é renegado bem como o resto da agência, quando o Presidente inicia a “Operação Fantasma”. Sem recursos ou apoios, Ethan terá de encontrar uma forma de limpar o nome da agência e prevenir outro ataque. Para piorar a situação, Ethan é obrigado a embarcar nesta missão com uma equipa de colegas fugitivos do FMI, cujos motivos pessoais ele não conhece. Interessante? Muito!

Tom Cruise está irrepreensível mais uma vez. Não há nenhum ator atualmente que seja capaz de o imitar. A sua singularidade traduz-se naquela que é, a meu ver, a melhor cena de ação do ano. Estamos a mirar o edifício mais alto no mundo, o Burj Khalifa no Dubai quando Tom decide que o tem de o escalar! Se vertigens foi o que senti, então nem quero imaginar o que terá sentido o destemido Tom Cruise a 828 metros de altura. Este “Missão Impossível” é também um filme cheio de estilo: a tecnologia de ponta está presente, os grandes carros não faltam e até a rapariga gira toda bem vestida está lá. Mas isso são elementos a que esta saga já nos habituou. A inovação não está nesses elementos, mas sim na maneira como são usados e manipulados.

O realizador Brad Bird foge da Pixar (onde assinou “The Incredibles” e “Ratatui”) para o live action, e consegue a proeza de fazer renascer mais do que uma saga, um filme de ação na sua verdadeira essência. É inadmissível se não for visto no esplendor de uma sala de cinema.

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[tab name=”Making Of”]

Sem CGI, sem duplos e aparentemente sem medos. Veja o Making Of de Missão Impossivel: Operação Fantasma.

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Trailer