Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los, em análise
Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los é a prova de que o mundo da magia de J.K. Rowling consegue sobreviver de forma saudável sem Harry Potter.
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A longa-metragem de David Yates pertence definitivamente ao mesmo universo mágico da obra que encantou uma geração. O realizador, encarregue de concluir os últimos quatro filmes da saga de Harry Potter, aliou-se com sucesso à autora e argumentista J.K. Rowling para montar o palco, daquele que promete ser mais uma, perdão, fantástica aventura mágica.
O filme é na sua essência uma introdução a um novo franchise – em grande parte exagerando o seu drama e a proximidade das personagens, que tal como os espectadores, não tem realmente tempo suficiente para criar qualquer ligação. Newt Scamander (Eddie Redmayne) não é o herói convencional de um grande blockbuster. Redmayne empresta o seu enorme talento, já vencedor de um Óscar de Melhor Actor, a uma personagem curiosa, tímida e extremamente amável, que ironicamente ajuda o filme a tornar-se maior do que o que tem direito a ser.
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O argumento é cativante para o futuro da nova saga, mas como história individual de acção e fantasia falha por tentar demasiado com tão pouco.
A relação entre os improváveis heróis foi hiperbolizada em detrimento de um maior foco nas cenas de acção com nifflers, bowtruckles e outras criaturas mágicas. A cultura norte-americana também ela interessante ficou-se pela tangente e, em momento algum, sentimos que o seu Congresso Mágico e membros têm qualquer influência na trama para além da regra (Rappaport’s Law) de não-mistura total entre feiticeiros e no-majs. Felizmente Newt, Tina Goldstein (Katherine Waterston) e a sua sensual irmã leitora de pensamentos Queenie Goldstein (Alison Sudol), ignoraram este ponto com o padeiro não-mágico Jacob Kowalski (Dan Fogler) – o membro mais carismático e o relevo cómico necessário para todo o filme.
Salva-se aqui também a utilização da exclusão social como principal antagonista do filme. Ezra Miller e Colin Farrell dão vida ao conflituoso excluído Credence e ao respeitado Auror Percival Graves, respectivamente. A sua relação avança aquele que pode ser considerado o cataclismo do filme, e ambas as performances surpreendem – seja pela expressão de sofrimento de Miller ou pela serenidade intensa de Farrel.
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Uma das esperadas valências do filme era a componente artística. David Yates e a sua equipa não desiludiram. A começar pelo mundo escondido da mala de viagem de Newt Scamander e, claro, das criaturas que nele habitam, até ao cenário incrível da cidade de Nova Iorque na década de 20. Aquilo que o argumento complicou em explicar, o departamento artístico facilitou e foi graças ao seu trabalho que pareceu incrivelmente fácil regressar ao universo de J.K. Rowling.
As questões deixadas em aberto no final do filme são a promessa de que o futuro da quintologia tem tudo para ultrapassar a qualidade de Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los. Na mesma medida que a Marvel apresenta as suas personagens num modelo mais previsível para conseguir melhores e mais complexos filmes no futuro, também a equipa de produção deste filme o faz.
Para chegarmos a mítica batalha entre Albus Dumbledore e Gellert Grindelwald (Johnny Depp) este primeiro filme é o degrau necessário, que em toda a noção do seu esforço, pretende semear agora para recolher os frutos mais tarde.
Título Original: Fantastic Beasts and Where to Find The,
Realizador: David Yates
Elenco: Eddie Redmayne, Dan Fogler, Colin Farrell e Katherine Waterstone
NOS | Fantasia | 2016 | 140 min
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MM
Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los: 4*
O melhor do filme é claramente o seu elenco e as variadas criaturas existentes no seu enredo.
Cumprimentos, Frederico Daniel.
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