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O Sol da Caparica | Plutónio apresenta Lisabona à Caparica

Com um recinto cheio, Plutónio fez questão de mostrar o que de melhor se faz nos bairros portugueses, apresentando Lisabona à Margem Sul.

Logo após o delicioso concerto de Diogo Piçarra, chegava a vez de Plutónio subir ao palco principal d’O Sol da Caparica na terceira noite do festival. Ainda antes de o pioneiro Sam The Kid se apresentar ao público, coube ao rapper do Bairro da Cruz Vermelha mostrar o bom Hip-Hop que se faz nos bairros portugueses. E quase sem pedir licença, o cantor fez questão de mostrar a todos os presentes a dura realidade de quem vive nestas comunidades, mas sempre com uma mensagem de esperança.

Nascido em Lisboa com raízes moçambicanas, João Colaço é o artista que ergue o pseudónimo ‘Plutónio’. Apaixonado pela música desde cedo, em 2000 forma o grupo ‘Atóxicos’, uma banda que viria a durar cerca de cinco anos. No entretanto, o cantor participou em muitos temas de outros rappers, o que lhe conferiu estatuto suficiente para lançar um álbum em 2013. Seguiu-se um novo disco em 2016 e, mais tarde, em 2019, lançou ‘Sacrifício: Sangue, Lágrimas & Suor’, de onde resultaram várias faixas de platina e ouro.

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E foi exatamente com um tema do seu segundo álbum, ‘Preto & Vermelho’, que Plutónio abriu o seu concerto na mais recente edição d’O Sol da Caparica. Apesar de não ter feito uma aparição em palco enquanto se ouvia Ave Maria, à medida que a música tocava, ia-se revelando o cenário montado em cima da plataforma. Em primeiro lugar, uma placa indicava o ‘Bairro da Cruz Vermelha’, o local de origem de Plutónio. E à medida que as luzes diminuiam a intensidade, comçou-se a escrutinar o próprio prédio onde sempre viveu o músico cascalense.

Com o ambiente propício para contar a sua história de vida, Plutónio fez soar a introdução de uma das suas músicas que fala sobre o momento em que o rapper foi baleado. Deixando todos os presentes em estado de alerta, o cantor subiu a palco com a missão de falar abertamente sobre si próprio, como nos tem habituado ao longo da sua carreira. Oscilando entre os temas mais antigos e o os mais recentes, o músico encontrou uma plateia em êxtase que fez questão de o acompanhar até ao fim do concerto.

Plutónio
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Entre os temas interpretados por Plutónio, destacam-se Prada (2019) e 1 de Abril (2019), o single de platina que deixou o público em euforia. Mas um dos momentos altos ocorreu quando o músico de Cascais cantou Lisabona (2021), sendo que esta foi a primeira vez que, devido à Covid, o tema foi tocado ao vivo na Área Metropolitana de Lisboa. Uma vez mais, a plateia não desiludiu e cantou a plenos pulmões.

No meio de uma festa protagonizada por Plutónio, houve ainda tema para o cantor levar a palco o artista Lord XIV, um outro membro da Bridgetown, a editora da qual faz parte o rapper da Cruz Vermelha. Juntos, os cantores interpretaram Paycheck (2020) antes de João Colaço avançar para os seus temas de grande sucesso. Fazendo uma retrospetiva da sua carreira, o cantor interpretou Por Enquanto, o seu tema mais recente, seguindo-se uma das suas canções mais antigas, Última Vez (2016).

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Para os momentos finais do concerto, ficaram reservadas as canções mais conhecidas de Plutónio, entre elas, Vergonha na Cara (2019), Meu Deus (2019) e Somos Iguais (2019). Ao longo de todo o epsetáculo, houve ainda tempo para interagir com o público, fazendo uma competição saudável entre os homens e mulheres presentes.

Para fechar o concerto em tom de festa, Plutónio selecionou o tema Cafeína (2021), como não podia deixar de ser. A certo momento, o palco foi invadido pelos seus amigos que, de cara tapada, proporcionaram um momento de pura arruaça (no bom sentido da palavra), levando todos os fãs ao delírio.

Assististe ao concerto de Plutónio? Qual a tua música preferida?


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