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Operação Maré Negra T2, primeiras impressões

A produção ibérica, “Operação Maré Negra”, volta com a segunda temporada, na RTP e Prime Vídeo. Será que a maré continua alta?

Para quem não sabe, “Operação Maré Negra” é a primeira produção luso-espanhola feita especificamente para uma plataforma de streaming, a Prime Video, que conta também com mais uma produção nacional, “Factory of Dreams: Benfica”. Mas ao contrário desta, é uma obra de ficção inspirado em factos reais, quando um navio com toneladas de cocaína foi intercetado na costa da Península Ibérica, entre o Norte de Portugal e Galizia. Com produção da Lighbox e Ficciones Produciones, e ainda com o apoio da RTP, “Operação Maré Negra” chega à sua segunda temporada, trazendo de volta um elenco bem conhecido entre o público português.

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Ao contrário do que acontece na primeira temporada, a narrativa da presente temporada é totalmente ficcionada. Após a inspiração em factos verídicos, vamos ver as personagens “reais” em situações imaginadas. Apesar desta diferença entre temporadas, a história criada podia, de facto, ser os acontecimentos consequentes.

Como na primeira temporada, a forma como os protagonistas dialogam é invulgar, no sentido em que falam português e espanhol ao mesmo tempo, e não apenas um idioma como é habitual. Ao início poderá ser estranho, mas depois acabamos-nos por habituar, além que é interessante ver um ator espanhol passar de um idioma para outro na mesma cena. Contudo, apesar deste ponto curioso que se mantém, a segunda temporada começou a todo os gás, mas ainda no primeiro episódio, perdeu o impulso a meio do mesmo. Ainda mal tinha começado, e já estávamos no meio de uma cena de grande intensidade, com a tentativa de intercessão da polícia marítima a um submarino “recheado” com toneladas de droga, e onde se destaca Dani, interpretada por Soraia Chaves. No entanto, quando estamos “presos” ao que está acontecer, corta logo para uma cena mais calma, e será assim o resto do episódio.

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Nesse sentido, estamos numa constante troca de cenas, entre a prisão e a polícia, com outros lugares pelo meio, que em certos momentos, acaba por ser confuso, e faz com que perca o impacto/velocidade que a série poderia causar. Por exemplo, só perto do final do primeiro episódio é que voltamos a ter alguma adrenalina, com atos de extrema violência (que até certo ponto acabam por ser excessivos). Além disso, certas interações parecem ser (quase) forçadas, não existindo uma naturalidade devido as pausas entre respostas. E, infelizmente, ligado a este ponto, há atores que deviam ter mais tempo de ecrã, dado que só a sua presença já traz outro brilho à cena, como é o caso de Pêpê Rapazote (Bozo), que teve pouco tempo de ecrã, para o devia merecer. No entanto, há uma personagem que merece todo o tempo de ecrã, e que devidamente também o tem. Fernando Barreira, interpretado pelo ator chileno Jorge Lopéz, é o brilho da série, com performance sólida, sobretudo tendo em conta o seu percurso por séries como “Soy Luna” e “Elite”.

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Apesar destes pontos, “Operação Maré Negra” é um marco histórico no que diz respeito à produção nacional, com mais uma entrada nas plataformas de streaming, depois da estreia absoluta de “Glória”. Uma série com um grande potencial, sobretudo com a história em que se inspira e com o elenco que têm. A primeira temporada cumpriu, mas a segunda parece um pouco mais tremida. 

TRAILER | OPERAÇÃO MARÉ NEGRA ESTREIA DIA 10 DE FEVEREIRO

Estás curioso para ver a narrativa criada? Por qual meio vais ver, RTP ou Prime Video?

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