Esta é a razão para os solos de David Gilmour serem lentos e calmos
David Gilmour, um dos melhores guitarristas do mundo, explicou porque é que os seus solos são carregados de uma calma que destoa daquilo que parecia ser “moda” na altura dos Pink Floyd.
Sumário
- Os solos de David Gilmour são conhecidos pela calma e feeling que o guitarrista mete neles;
- Isto destoa muito daquilo que se via, no cenário do rock’n’roll, nos anos 70 e 80, onde parecia que quem conseguisse shreddar mais era o melhor guitarrista;
- Gilmour explicou, à conversa com Rick Beato, que quando era novo tentava solar mais rápido, mas simplesmente não conseguia, e acabou por aceitar a “leveza” dos seus solos.
“Comfortably Numb“, “Time“, “High Hopes“, “Another Brick In The Wall“: tudo músicas com solos carregados de uma alma profunda e assentes numa coisa, a calma. Foi assim que David Gilmour estabeleceu o seu carisma enquanto guitarrista de uma das maiores bandas da história, os Pink Floyd.
E este carisma suportado num brilhantismo incrível e numa forma de abordar a guitarra muito própria perdurou apesar de Gilmour ter entrado na terceira idade: o músico continua a lançar canções e a apresentar espetáculos ao vivo onde entra numa espécie de transe enquanto sola, roubando o palco durante minutos seguidos sem fazer os ouvintes perderem o interesse nas suas construções frásicas no instrumento de seis cordas. Um grande exemplo disto é a tão conhecida atuação de Gilmour ao vivo em 2017, em Pompeii, onde o enorme solo de “Comfortaby Numb” se tornou icónico pela quantidade de emoção e beleza que este carrega.
A razão para a “lentidão” dos solos de David Gilmour
Numa recente conversa disponível no Youtube entre o famoso youtuber Rick Beato e David Gilmour, falou-se sobre a singeleza dos solos do músico britânico.
Aliás, Gilmour destacou que nem sempre teve o intuito de desenhar frases no fretboard da maneira suave a que nos habituámos, e que simplesmente se conformou com essa forma de tocar: “Não fui dotado de uma enorme velocidade na guitarra” (…) Houve anos, quando era mais novo, em que pensei que podia conseguir isso se praticasse o suficiente. Mas isso nunca iria acontecer.”
É interessante ter acesso a este ponto de vista daquele que é visto, nos dias de hoje, como um dos melhores guitarristas da história, tendo até aparecido no pódio dos 100 melhores guitarristas de todos os tempos da revista Rolling Stone, onde David Gilmour conquistou o décimo quarto lugar.
The David Gilmour Interview
Deixamos aqui a entrevista inteira no caso de o leitor ter interessa nela.